34. Como Atlas

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Oi! Feliz 350K! Amo vocês.

Leiam com  "I'm Tired - Labrinth" no início e ao final quando ele encontra o Harry, leiam com "Sacrifice - Black Atlass" SÉRIO! NÃO VÃO SE ARREPENDER!

Aviso de gatilho quanto a menção a tortura física e uso de narcóticos.

Não esqueçam de comentar e votar, por favor!

Tenham uma boa leitura, y'all. 






E... eu tento. Por todos os deuses no mundo, eu juro que eu tento.

Eu levanto todos os dias, eu me arrumo, eu trabalho e tento ter vida. Tento parecer que estou vivo.

Só escuto o apito final no meu ouvido, onde sinaliza a inexistência de batimentos cardíacos e de luz dentro de mim.

Sinaliza que eu já estava do outro lado há muito tempo.

A valsa da morte que encanta e me arrasta dia após dia para o juízo final.

LOUIS WILLIAM TOMLINSON - P.O.V

Segunda-Feira, 5 dias para a Luta de Iniciação

O branco se destacava na mármore preta que tinha pequenos pontos de luz. Apoiei minhas mãos espalmadas ao redor da pia e me encarei no espelho, observando o sangue escorrendo do meu nariz.

Minhas pupilas pareciam mais dilatadas que o normal e eu fechei os olhos, segurando a notinha antes de dar meu último tiro no pó que restava. Impulsionei para trás, sorrindo extasiado com a puta sensação de relaxamento e euforia que me dava. O quente do sangue começou a escorrer e molhar meus lábios, e eu simplesmente tirei minhas roupas e me joguei dentro da banheira.

Mergulhei na água e fiquei um bom tempo, sentindo meu corpo tremer e a sensação de euforia explodir no meu peito. Abri a garrafa de vinho e enchi minha taça, bebericando uma dose grande antes de sentir as lágrimas queimarem o meu rosto.

Meu pai tinha me feito matar duas ômegas hoje numa captura a uma gangue que estava dando problemas demais. As duas tinham por volta dos dezessete anos e achavam que estava curtindo a vida na adrenalina, machucando outras ômegas e uma era da Ordem.

Foi uma morte nada rápida já que eu não usava armas, porém eu precisava ser fatal. Se eu fechasse os olhos, ainda conseguia ouvir o grito dela pedindo misericórdia ao ser estrangulada.

Fechei minhas orbes, bebendo mais um gole.

Tinha feito outra descoberta: Harry não sentia mais nada de emoção pelo laço comigo usando drogas, apenas a nossa conexão normal. O alucinógeno bloqueava a nossa conexão e isso evitava que ele soubesse quando minhas dores eram fortes demais ou um prazer intenso quando usava droga.

Não era qualquer coisa que passava pelo laço e muito menos qualquer emoção, precisava ser muito intenso para isso sem o sexo antes. E se eu me concentrasse, conseguia impedir que a luz do laço fluísse para ele. Isso era algo bom, pois assim ele não descobria como realmente eu estava naqueles dias.

— Louis! — exclamou uma voz aguda, agitada, e eu arregalei os olhos ao perceber que era de Stacie. — Posso conversar com você?

Nem fodendo. Ela perceberia na hora o meu estado alterado.

— Hã... Pode voltar outra hora?

— É rapidinho.

— Estou no banho, Tatá.

Viúva Negra | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora