58. O Casamento Vermelho

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"Eu vou te machucar por isso. Vai chegar um dia em que você vai achar que está segura e feliz, e sua alegria irá se transformar em cinzas na sua boca. E você saberá que a dívida está paga."

— George R. R. Martin.

Harry Edward Styles - P.O.V

Acordei com carícias sendo deixadas em minha mandíbula. Beijos sendo depositados ao longo do meu pescoço. Mãos descendo e subindo pelo meu corpo, como se o explorasse.

Mas... estava errado. O toque parecia errado.

Abri preguiçosamente os olhos, tentando me localizar em meio ao estado bêbado de sono, e me deparando com as mãos presas por algemas. Tentei puxar meu pé, mas também tive o mesmo resultado. Aguçado pela energia de estar preso, rapidamente acordei, tendo a visão de Cassandra Brown em cima de mim com um sorriso malicioso que preenchia seu rosto.

— Olá, marido — saudou evidentemente bêbada. — Que tal uma brincadeira horas antes do amanhecer?

Franzi o cenho.

— Por que me prendeu?

— Para ser mais divertido.

Algo me disse que não era exatamente a razão pela qual essa louca tinha feito isso. Tentei usar minha força lupina para puxar com mais força e arrebentar as algemas, mas não consegui.

— Me solta, Cassandra.

— Ah, vamos lá! Você não pode ser tão santinho assim.

— Eu vou repetir apenas uma vez: me solta!

Ela pareceu se sentir ainda mais encorajada a me beijar, pois rasgou minha camiseta e começou a descer com a língua em direção a minha cintura com uma dedicação assídua. Eu estava começando a entrar em desespero.

— Vamos, Harry, se permita — pediu com a voz decibéis mais baixa, tentando soar com algo parecido ao sensual.

Meu peito batia tão forte que eu engoli em seco. Eu não queria. Mas não podia negar.

Ela era minha esposa, afinal.

O toque era errado, meu corpo não respondia a ela, me sentia completamente diferente do que eu me senti em toda minha vida tendo relações sexuais. O sentimento era horrível.

Mordi o lábio cada vez mais forte, tentando raciocinar.

— Eu sou um alfa de princípios, me solte e deixe-me conduzir.

Que mentira.

— Você deve estar brincando com a minha cara, né?

— Esse não é o importante agora. O importante é...

Ela me calou com um beijo que tinha gosto de terra e álcool. A língua era dura, parecia que estava obstinada em me fazer vomitar. O gosto de vinho atingiu minhas papilas gustativas, assim como a minha bile na garganta.

Não percebi que meus olhos marejaram, pois ao menos conseguir fechá-los eu consegui. Cassandra estava com uma camisola azul bebê bem sensual, os seios expostos praticamente na minha cara, sentada bem em cima do meu pau enquanto rebolava.

Ela logo perceberia que eu não conseguia ficar duro, não por ela.

— Que boca maravilhosa.

Viúva Negra | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora