Viúva Negra | L.S

43. As Rosas Não Falam

Oi!

Leiam com "Ocean Eyes - Billie Eilish"

Boa leitura, y'all.

Aviso de gatilho a abuso físico e violência.

NÃO esqueçam de votar e comentar, por favor.

O mal é subjetivo.

O que pode ser mal para você, pode não ser para terceiros. O que entra na sua concepção de pesadelo, para alguns, pode se igualar a um sonho. Uma realização perfeita.

Por isso, para compreender o rumo dessa história a partir de agora, você precisa entender que o mal muda. Dependendo da perspectiva, o mal pode ser simplesmente o que você é.

Já aviso de antemão, que todos os males, caminham para a mesma direção aqui:

A usurpação do trono. A domínio. A poder.

A guerra.

LOUIS WILLIAM TOMLINSON - P.O.V

Todo meu corpo parecia entrar em uma espécie de frenesi. Eu não conseguia parar de fazer inúmeros cálculos, gritar e me sentir ao extremo sem ao menos piscar.

Ao meu lado, Lottie mantinha a postura centrada enquanto analisava todos os comandos e diretrizes que meu pai havia deixado para que ela seguisse na minha ausência e na dele. Tínhamos cerca de trinta minutos antes de meu pai sair das fronteiras inglesas, rumando para o México por um tempo indeterminado.

Não foi fácil driblar a segurança do país, e para isso, tivemos que contar com nossos espiões mais secretos dentro do serviço da armada britânica.

Meu pai tentava fingir que todo aquele recado do Viúva, toda sua Ordem despedaçando e a rebelião implantada dentro da sua própria facção, não o estivesse levando a loucura de preocupação. Por isso, como se fosse um antídoto de calmaria, minha mãe e as gêmeas foram levadas da falsa moradia Tomlinson para a nossa real casa escondida de volta.

Meu pai poderia ser a pior das pessoas do mundo, contudo, o amor tão singular que ele tinha por Phoebe e Daisy era a única coisa que mantinha aquele fio de humanidade dentro de si. As gêmeas eram tão protegidas que até mesmo sobre a facção elas não sabiam.

Diferente de mim e de Lottie.

— Meu menino bonito, você precisa descansar. Sua aparência está acabada — aconselhou minha mãe, me distraindo da sequência de códigos que eu digitava.

Mal pisquei quando senti um tapa estalado na cabeça, reconhecendo o cheiro da minha irmã.

— Toma. Você precisa comer. Tente não grilar, a rebelião está sendo remediada por Harry e Lauren. — Lottie jogou um sanduíche de peito de peru e um suco de laranja, sentando no sofá enorme de forma desleixada.

— Lottie, tenha modos, querida.

— Ah, por favor, deveria estar preocupada com o bundinha aí que ao menos piscou e já é o quinto cigarro que fuma.

— Louis! — repreendeu minha mãe e tirou o cigarro da minha boca.

Joguei um pedaço do pão no rosto de Lottie com força, escutando sua risada.

— Parem de jogar comidas um no outro, crianças!

A voz glacial e imperiosa cortou o ambiente, fazendo todos nós encararmos a próxima pérola que sairia dos lábios rachados de Horan: