14. Sob Rédeas Curtas

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Ooi!

Leiam com "The Real Slim Shady - Eminem"

Boa leitura, y'all.


Se essa rua, se essa rua fosse minha

Eu mandava, eu mandava ladrilhar

Com pedrinhas, com pedrinhas de puro sangue

Só para o meu, só para o meu amor assustar

Nessa rua, nessa rua tem um bosque

Que se chama, que se chama solidão

Dentro dele, dentro dele mora um demônio

Que roubou, que roubou meu coração...

HARRY EDWARD STYLES - P.O.V

Bach tocava ao fundo quando um tilintar de taça despertou a minha atenção da xícara estupidamente quente de café que estava em minhas mãos. O sono ainda arrastava-se como um leve sopro no meu corpo e eu pisquei duas vezes para afastar as pálpebras pesarosas.

Estava com muito sono.

Coloquei um pouco de açúcar no café, tão pouco que o amargo ainda era presente na garganta e passei geleia na minha torrada que estava meio queimada nas pontas. Eu definitivamente tinha cagado naquele café da manhã.

Não que eu cozinhasse mal, dava até para o gasto, porém eu não tinha dormido nenhum pouco bem ao saber que Louis estava do meu lado. Ele era incrivelmente insuportável dormindo.

Roubava a coberta, chutava durante o sono e pior: ele falava!

Esfreguei as têmporas, soltando um gemido de dor com a leve pontada que eu sentia na cabeça. Tinha ainda que estudar para sair para meu "trabalho" na empresa que eu deveria espionar durante um tempo para manter a imagem de bom samaritano.

O bom de cidade pequena é que todo mundo se conhece e, devido as informações que tiramos do alfa que Margot pegou para salvar Louis, era que o suposto Viúva Negra era conhecido por todos.

Era uma informação que podia estar falsa, mas nada melhor do que achar um gênio da tecnologia dentro da única empresa de computadores e instalações de softwares de toda Doncaster, certo?

— Tem chá? — Louis perguntou rudemente, chamando minha atenção da torrada.

Só de ouvir a voz dele eu tinha vontade de enfiar a faquinha de serra na garganta.

— Bom dia, primeiramente — corrigi ríspido e ele deu de ombros, obviamente com sono demais para me mandar para o inferno.

— Tem chá ou não?

— Sei, não. Procura aí — dei de ombros.

Eu sabia que tinha na terceira gaveta do lado do fogão. Talvez se ele tivesse sido educado, teria ganhado uma resposta delicada da minha parte.

— Você mapeou essa casa inteira, Styles — suspirou cansado. — Onde está a porra do chá?

Ri baixinho, o encarando com diversão. Seria sempre essa perturbação? Céus. Não sei se aguentaria mais que duas semanas ao lado dele sem matá-lo durante o sono.

Talvez um herdeiro só seja melhor...

— Para de arquitetar a minha morte e me diz onde tem.

Ergui as sobrancelhas e ele revirou os olhos, a blusa larga de time de futebol que chegava no meio das suas coxas subiu um pouco. Eu já tinha desistido de opinar sobre qualquer coisa sobre as vestimentas dele, afinal, ele estava na sua atual casa e deve usar o que for confortável.

Viúva Negra | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora