48. Xeque-mate

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Oi! Antes de prosseguirem: esse capítulo é a revelação do Viúva, então evitem spoilers no twitter porque tem gente que não leu. Podem surtar, mas sem citar quem é o Viúva!

Mais uma: como VN tá no final, postei um novo dark romance beeem mais pesado e de suspense com magia. Espero que gostem, TEMOS LOUIS COM TORNOZOLEIRA ELETRÔNICA E GOSTOSO DE CICATRIZ. Se chama O Colecionador de Sussurros!

Não esqueçam de comentar e votar, por favor!

Leiam com Only Love Can Hurt Like This.
Tenham uma boa leitura, y'all.





"Não me sobrou ninguém em quem acreditar."

— Queen.

HARRY EDWARD STYLES - P.O.V

Corri a plenos pulmões, sentindo todo a real cerne do meu ódio se espatifar em decepção e amargura.

Eu não conseguia enxergar nada.

Respirar era uma tarefa muito difícil, pois toda vez que eu tentava, o bolo de dor vinha junto e me devorava a cada fungada. Eu queria mesmo que tudo fosse mentira.

O fogo consumia meus olhos, minhas vistas se embaçaram perante as lágrimas que nublavam a minha visão. Procurei cegamente pela minha arma na cintura, engolindo em seco antes de dar o primeiro passo para longe do prédio que era engolido pelas chamas.

O choro era copioso e sentido, e só um pensamento passava em minha cabeça naquele momento:

Eu finalmente descobri quem era o Viúva Negra.

Algumas horas antes...

— Quero todo um comboio na saída do quarteirão. Harry vai entrar sozinho, mas vamos ficar de guarda ao redor — informava Louis, totalmente sério com a equipe tátil.

Enquanto eu organizava o armamento que levaria até o ponto de encontro, aproveitei para memorizar o rosto dele. Não sabia se poderia voltar dessa missão vivo.

— Sem pausa para descanso. Olhos atentos na saída e em hipótese nenhuma, deixem Harry sair dali sem ser escoltado. Entendidos?

A voz imperiosa reverberou pelo ambiente e eu me senti arrepiar diante do tom autoritário, sorrindo de lado pela forma protetora que ele estava agindo. Louis quase não demonstrava sentimentos, porém parecia fazer um esforço desde o dia que fui envenenado.

Os sons das teclas despertou minha atenção da cena ao longe, mirando meus olhos nos dedos longos de Haila que digitavam furiosamente no computador ao mobilizar a equipe dos caçadores. Andei calmante até estar atrás da garota, me abaixando levemente para acompanhar todas as rotas e planos de fuga que ela elaborava agilmente.

Me impressionei que em tão pouco tempo, Haila conseguiu ser uma chefe tão grande quanto Lauren.

— Ela me ensinou tudo o que eu sei — informou a ômega, sem desviar os olhos da tela, parecendo ler meus pensamentos.

— Achei que não tivesse escutado eu me aproximar — comentei despreocupado, erguendo um dedo até o ponto vermelho que piscava. — O que é isso?

— Sou uma caçadora, quase nada me assusta. E isso — bateu em minha mão para espantá-la. — são as bombas implantadas em caso de tentarem fugir pelas matas. Agora tire o dedo daí.

Recolhi a mão, me erguendo levemente para pegar a caixinha que eu guardava todos meus comunicadores, procurando o transparente que quase era imperceptível por debaixo dos meus cachos. Sentei ao lado de Haila no sofá, ouvindo o som de seus dedos deslizarem como música de fundo do meu caos interno.

Viúva Negra | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora