53. Ultraviolência

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"Ele costumava me chamar de BD
Isso significava Beladona
Porque eu estava cheia de veneno
Mas abençoada com beleza e fúria."

— Lana Del Rey. 


Louis William Tomlinson - P.O.V

Acordei com um balde de água no rosto.

A água gelada impregnou as minhas narinas, me fazendo afogar ao compasso que eu tossi desenfreadamente. Meus olhos rodaram ao mesmo tempo que a sensação de dor me atingiu por inteiro.

— Hora de acordar, donzela — sussurrou uma voz rouca, bem perto do meu ouvido.

Abri os olhos lentamente, me acostumando com a luminosidade.

— Quem é voc...

Um chute foi desferido contra o meu rosto.

E depois na minha barriga.

E de novo. De novo. De novo.

Até que eu virasse uma poça de sangue.

— Elias Brown — se apresentou com um sorriso expansivo. — Ao seu dispor.

O homem era grande, barba delineada, olhos pretos como a noite, cabelos lisos e escorridos loiros escuros. A pele era de um tom oliva, o sorriso era de tirar o fôlego. Vestia trajes pretos, de alta costura, o porte evidenciava que era um membro honorável da facção.

— Família Brown... — murmurei desconexo. — Não me recordo de nenhum de vocês.

Ele deu de ombros.

— Nem vai precisar, Louis. Estou aqui para um trabalho rápido.

— Me torturar?

— Também.

— Cadê o Harry?

Ele resmungou algo em outra língua que eu não compreendi.

— O Harry está resolvendo a merda que você fez. Longe. Pediu para eu ficar de olho em você.

Ri sem humor.

— Ele sabe que espancamento está incluso?

Ele abaixou rente ao meu rosto, segurando tão forte o meu queixo que eu senti minha mandíbula doer.

— Você se acha muito, não é, Tomlinson? Você achou mesmo que um alfa de verdade como o Harry ia ser passado para trás assim? Só porque você resolveu abrir essas pernas lindas para ele?

— Ah, você acha minhas pernas lindas? — debochei, recebendo um olhar fulminante. Cuspi um pouco de sangue e o fitei antes de complementar. — Funcionou durante um tempo.

Um tapa tão forte foi dado na minha bochecha que abriu meu lábio. Senti meus olhos lacrimejarem.

Alfa de merda. Eu ia mata-lo tão lentamente e me divertiria o vendo afogar no próprio sangue.

Era fácil para esses insetos me machucarem enquanto eu estava sem posse para me transformar, recém saído de um cio extremamente doloroso. Mas uma hora meu lobo viria.

E eu estava sedento para isso.

— Eu vou fazer esse seu sarcasmo sair na marra, seu bastardo inútil. Você não é nada, Tomlinson, nada além de um depósito de porra ambulante que sabe fazer algumas continhas — cuspiu no meu rosto, se aproximando com nojo estampado. — Está na hora de você saber o seu lugar, seu bosta.

Viúva Negra | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora