Eles se gostaram desde a primeira vez que se viram.
Ela acreditou que viveria um conto de fada dentro de seu mundo cor de rosa.
Ele, decidiu ir contra todos para viver esse amor.
Mas, pode um amor transpor barreiras tão enraizadas quanto o preconcei...
Como eu havia falado no capítulo anterior, Estou postando outro. Vamos ver o desenrolar dessa história... Boa leitura!
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Meu coração, sem direção, voando só por voar. Sem saber, onde chegar, sonhando em te encontrar... E as estrelas, que hoje eu descobri no teu olhar. As estrelas vão me guiar... (Se eu não te amasse tanto assim/ Ivete Sangalo)
Lívia
Já passa das 15 horas e nada se resolve. Não consigo falar com Diogo, Diana também não entra em contato, será que leu meu bilhete? Mas aflita que um dia eu pudesse imaginar estar, ligo o rádio pra tentar me acalmar um pouco. -Música sempre me relaxou-, quando a campainha toca, meu coração dispara, corro pra atender acreditando ser Diana. Mas nada me prepara para o que está diante de mim. Dona Maura e Catarina, as duas com seus olhares altivos. _ Vocês...- minha voz sai como um sussurro. _ Podemos entrar? - Catarina pergunta. - Abro a passagem para as duas. - Nunca pensei em ter que pisar num lugar como esse- Diz Dona Maura com ar de nojo, na mesma hora meu sangue ferve - Ao julgar por suas palavras, não preciso oferecer nada as visitas indesejadas, fique à vontade pra ir embora.
-Menina petulante! - Catarina resmunga.
- Quer dizer que você está tentando dar um golpe em Diogo?- D. Maura, fala com uma fúria contida. - Golpe? - Ora, menina! Não se faça de boba, esse é o truque mais velho que existe. - Realmente não sei do que a senhora, está falando. - Eu li, seu bilhete!- meu coração gela.
- Realmente achou, que poderia nos enganar com isso? Deixe Diogo em paz! - Teremos um filho dona Maura, a senhora querendo ou não. - Faça-me rir, menina. Onde já se viu, um sangue negro na linhagem dos Andrade de Albuquerque! -Mamãe! - Catarina tenta repreender
- Sangue, só tem uma cor Dona Maura. Vermelho! - Não se faça de desentendida, menina! – Aliais, quem me garante, que esse bastardo é de Diogo!?
- Meu filho, não é nenhum bastardo! - Exaspero- - Pois vou logo lhe avisando, se pensa que pode nos tirar algo com esse tipo de golpe, está muito enganada. _ Se for provado, que esse ser tem nosso sangue, eu a tomarei de você! E a criarei junto a criadagem, como o bastardo que é. - A senhora, não pode fazer isso! – Falo já colocando as duas mãos no ventre, já protegendo alguém que acabei de saber a existência e já amo demais.
- Não !?- ela arqueia a sobrancelha - Pois pague pra ver. Se continuar com essa história estupida, aguarde as consequências, afinal que juiz nessa cidade, não cederia a um pedido de Maura Andrade e Albuquerque!? - Está avisada. Vamos Catarina. – Com isso, elas saem batendo a porta atrás de si. O desespero começa a tomar conta de mim, penso no meu filho, como o protegerei? – Ainda sou uma estudante, que força terei, contra a família de Diogo? - Tenho que conseguir falar com Diogo, ele vai saber o que fazer ...- Volto para o quarto, pegando o celular discando mais uma vez pra Diogo, a ligação nem completa. Tento mais três vezes, com os nervos à flor da pele, taco o celular na parede que se quebra todo tamanha é a minha raiva. Com mais lágrimas que posso suportar, ouço a música de Ivete Sangalo ao fundo, e tomo a mais difícil decisão:
Eu me lembro sempre onde quer que eu vá. Só um pensamento, em qualquer lugar Só penso em você. Em querer te encontrar Só penso em você Em querer te encontrar
Lembro daquele beijo, que você me deu e que até hoje, está guardado em mim E quando anoite vem, fico louco pra dormir Só pra ter você, nos meus sonhos me falando coisas de amor Sinto que me perco no tempo, debaixo do meu cobertor.
Eu faria tudo, pra não te perder assim... mas, o dia vem e deixo você ir deixo você ir ...
Tenho que tomar uma das decisões, mais difícil da minha vida. Deixar Diogo, e focar nessa criança...- A dor que dilacera minha alma, é tão grande que penso que não vou suportar.
Mamãe chega do trabalho e ao entrar no meu quarto, me olha assustada.
-Lívia! O que aconteceu? _ Mãe... já não consigo completar a frase, só chorar... _ O que foi querida? Se machucou- fala me examinando. _ Não mãe! Eu tô grávida - Grávida! Oh, Liv, você é tão jovem, te falei para tomar cuidado! _ Nessa história de que queria se despedir, de que ficaria fora todo esse tempo, fui com ele sem me lembrar de tomar a pílula. Só queria me despedir de Diogo...
- Bem; Isso não é tão ruim assim, já contou pra ele? - Esse é o problema, não consigo falar com Diogo, e pra piorar sua mãe esteve aqui me ameaçando. - Como assim!? – mamãe se altera. Conto toda a história pra ela, e sobre minha decisão. _ Depois disso, não tenho como permanecer nessa cidade. Estou indo criar meu filho no Rio de Janeiro. _ No Rio Liv? - Sim mãe, o mais longe possível, vou trabalhar, criar meu filho, quando der início a faculdade.- Mamãe me acarinha e com um olhar emocionado diz: _ Iremos juntas. Surpresa respondo: _ Mãe! - Claro que vou Liv! – Só temos uma a outra nessa cidade. Quando seu pai morreu, achei que seria o lugar ideal pra te criar, por ser uma cidade calma. Mas vejo que me enganei, não há mais nada que me prenda aqui. Vamos para o Rio, Sua Tia Deise, vai amar, eu voltar depois de tantos anos, ela sempre quis, que eu voltasse. _emocionada a abraço. _ Obrigada! - Somos uma família ela diz: uma pela outra, nem em pensamento, que irei deixar você e meu neto sozinhos! – assinto e respondo: _ Rumo a uma nova vida! Tenho que pensar nessa criança no meu ventre. _ Com certeza querida. E não esqueça, sempre vou estar do seu lado. Mas ainda continuo achando que Diogo, devia saber. _ Não fui eu quem fui embora, mãe! - Não sou eu que, não atendo telefone. - Não sou eu, que tenho uma família louca, que sai por aí ameaçando as pessoas, como se fossem donos do mundo! - A minha história com Diogo, acaba aqui e agora! - Está certo, querida, não se exalte, não faz bem para o bebê. Lembre- se que tudo o que você sente, ele sente também.
E assim, fecho esse ciclo, na minha vida. Não muito certa do que virá, mas com a certeza, de que farei tudo por essa criança, fruto de um amor verdadeiro, pelo menos da minha parte.
É só eu, que peguei ranço da família do Diogo? Oh, povinho metido a besta. E Liv, grávida se sentindo sozinha e ameaçada. Onde foi parar Diogo? ( Quem leu o prólogo sabe rsrsrs...) Será que foi o fim desse amor ...? vamos acompanhar, até quinta.
