Eles se gostaram desde a primeira vez que se viram.
Ela acreditou que viveria um conto de fada dentro de seu mundo cor de rosa.
Ele, decidiu ir contra todos para viver esse amor.
Mas, pode um amor transpor barreiras tão enraizadas quanto o preconcei...
Olá pessoal, tudo bem com vocês...? Espero que sim. Hoje vamos dá início a uma nova fase da vida de Lívia. O que será que vem por ai...? Preparados ?
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Capítulo 08
Me perdi, pelo caminho, mas não paro, não.
Já chorei mares e rios, mas não afogo não.
Sempre dou o meu jeitinho
É bruto, mas é com carinho.
Por que Deus, me fez assim.
Dona de mim... (Dona de Mim / Iza)
6 anos depois...
Lívia
Terminando o dia, agradeço mentalmente que hoje, não tenho aula, a semana foi extremamente cansativa e para piorar, Ana Luiza, teve infecção no ouvido, que a deixou mais manhosa, minha florzinha ficou tão murchinha que fez com que minha mãe toda hora me ligasse, ou manda- se mensagem de 30 em 30 minutos, pra ela ouvir minha voz. - Desligo o computador, e me preparo pra sair, quando Manuela vem ao meu encontro. - E aí, Liv... - Oi Manu, finalmente Sexta Feira. -É isso ai gata! Sextou – Manu fala com tanto entusiasmo que nem parece que carrega o mundo nas costas.- Manu, é uma menina esforçada, que faz de tudo pela família, sua mãe sofre com alcoolismo, e seus irmãos de 10 e 8 anos, de alguma forma, acabam sendo criados por Manu. - Qual é a boa pra hoje?_ Manu me pergunta. _ A boa pra hoje, é: ir pra casa mais cedo, já que não tenho aula na faculdade. _ AH! Para com isso! – Manu retruca.
- Uma menina linda e jovem como você, não tem como ficar em casa em plena Sexta feira. Reviro os olhos, com a forma engraçada que Manu pronuncia linda e jovem. - Aninha, se sentiu mal a semana toda. _ O que ela tem?
_ Teve infecção no ouvido, nem foi pra escola essa semana.
_ Mas, agora tá tudo bem? - Sim, sim- uno as mãos em forma de oração- a infecção foi controlada e agora minha florzinha está melhor, manhosa como sempre, mais melhor- Manu já conhece a peça.
- Então, não temos com o que nos preocupar. Vamos pra Night! _ Nem pensar! - Ah, Liv! Quanto tempo, você não sai pra se divertir? E quando digo diversão, não estou dizendo levar as crianças em parque ou shopping. Divertir mesmo! Dançar, beber, beijar no boooca- estica essa última palavra fazendo menção a outras coisas. _ Pra ser sincera, nem lembro mais... - Tá vendo como eu tenho razão? – Hoje não aceito desculpas, vamos conhecer uma boate nova, tenho entradas.- Manu fala com um sorriso, de quem aprontou... - Como conseguiu? _falo arqueando a sobrancelha. _ Chicão! - ela simplesmente responde.- Então..., ele me ofereceu as entradas da casa que ele vai fazer segurança, e eu que não sou boba aceitei- ela dá de ombros.- Afinal se não conseguir nada essa noite, tenho o Chicão ... - Nada mal, pra um fim de noite- brinco, ela respira fundo e diz: _ Fazer o que né... – Caímos na gargalhada, ainda bem que a empresa já está vazia, todos já indo embora.
Chicão, é meu primo, filho da tia Deise, um rapaz forte e lindo, que trabalha como personal e também como segurança e casa noturna. Ele e Manu tem um rolo, mas nunca se assumiram, costumam dizer que são amigos com benefícios, ou *P.A, como Manu, defini. -Penso um pouco-, já me encaminhando pra saída, junto a Manu, trabalhamos na mesma empresa a 4 anos. _ Tudo bem, eu vou ...- Manu me abraça, comemorando _ Sabia...- grita dentro do meu ouvido, me abraçando e pulando, acabo pulando com ela.
Quando cheguei nessa cidade, com minha Mãe e completamente assustada com tudo que vinha junto: Cidade nova, vida nova, e com uma criança no ventre. Criança a qual foi rejeitada pela família do pai, não tinha como viver mais na mesma cidade que eles. Talvez Diogo nem tenha voltado da sua missão no Haiti, talvez ele nem saiba da existência do fruto do nosso amor. Mas ,com certeza, foi melhor assim. –Balanço a cabeça com a tentativa de afastar as lembranças do pior dia da minha vida.
Conheci Manu, quando fomos morar na mesma rua que ela, num bairro que infelizmente é esquecido pelas autoridades e só é lembrado na época de eleição.
Mas, a menina espevitada, cheia de sonhos e determinada em dá uma vida melhor para seus irmãos, acabou cativando não só a mim, mas a Mamãe também. Eu por ter sofrido algumas desilusões, acabei me fechando na defensiva. Sei que preciso viver! Que não posso ficar presa ao passado, que nem todos acreditam que valemos pelo que temos e sim, pelo que somos, ou somos melhor que os outros pela cor da pele. Mas já sofri na pele o que é ser descriminada e se depender de mim, minha florzinha nunca irá passar por isso! - Passo na sua casa as 22 hrs, - diz Manu assim que descemos do ônibus. - Ok, te vejo mais tarde, beijos.
Será que realmente Lívia conseguiu, virar a página e seguir em frente...? Vamos ver nos próximos capítulos Um ótimo final de semana a todos.
