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Medo, tristeza, raiva... esses eram os sentimentos que tomavam conta de mim. Que me doía o corpo todo, desde à ida de Ryujin.
A angústia de estar perdendo o amor da minha vida por preconceito, o medo do julgamento da internet e de todo o meu país, a empresa da minha família, meu verdadeiro sentimento, tudo isso se equilibrava em uma grande balança e eu não conseguia enxergar quem pesava mais.
Minha cabeça não parava por um segundo, sempre pensando em maneiras de conseguir meu amor de volta e não manchar a imagem da minha família.
É triste ter que mudar algo que veio com você por julgamento de pessoas que ao menos pagam suas contas. Mas agora é assim que as coisas funcionam, e devemos apenas aprender a lidar com esse tipo de situação.
Meu corpo doía, não sei se psicologicamente ou fisicamente, mas sinto como se ele estivesse inteiramente remendado.
Encaro o teto do meu quarto. O vento sopra da janela bagunçando as cortinas, minha porta não fica fechada mais, e eu não tenho forças para encarar o começo do meu trabalho na empresa.
Meu pai fez questão de logo achar algo para eu fazer, e eu não repúdio isso, vai ser bom para eu me distrair, apenas não queria ficar perto dele.
Ouço batidas na porta, não me viro para olhar quem é mas o perfume me entrega a resposta.
ㅡ Bom dia. ㅡ Disse ríspido. ㅡ Estou te esperando para tomar café, logo depois iremos até a empresa, então se arrume logo.
Sinto que ele deixou o quarto e então solto um suspiro alto. Limpo rapidamente as lágrimas que brotaram de repente em meus olhos e caminho até o closet.
Separo um conjunto social preto, com uma calça, uma regata com gravata, e um blazer por cima. Tomo rapidamente um banho, visto a roupa, e também bem depressa faço uma maquiagem. Por fim, calço meu salto alto preto e desço para tomar café.
Lá embaixo só tinha eu e o pai, e eu me arrependo amargamente de não ter passado para dar um beijo de "bom dia" na Hyo, já que a bichinha tem sono leve e desceria para o café comigo.
Mas também ainda é cedo demais para ela estar acordada.
Em silêncio, nós comemos.
Não foi fácil ter que aguentar meu pai o dia inteiro naquela empresa, mas também pude aprender um pouco sobre como as coisas funcionavam por lá, e eu gostei.
Aprendi sobre o processo de preparação das roupas, sobre de onde vem a maioria dos desing's, ㅡ vem da minha mãe, o que não me surpreendeu.
E também entreguei todos os desenhos que eu já tinha guardado, e apenas um foi aprovado logo de cara, e resto foi para a análise ㅡ que é a minha mãe. Então eu entendi, os desenhos que eu entregar vão passar por uma análise da minha mãe e depois vão para a produção.
