21 | último, pt².

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HWANG YEJI, uma hora depois.

ㅡ Ryujin.. amor... ㅡ Eu faço pressão em sua barriga, tentando ao máximo estancar todo aquele sangue.

Minha cabeça estava inteiramente zoneada, não conseguia ouvir claramente as coisas ao meu redor, todo mundo falava ao mesmo tempo, barulho alto de sirene, choro e minha visão completamente borrada. Tudo isso me deixava zonza.

Aquela poça enorme de sangue começava a manchar o meu vestido, assim como minhas mãos e braços também estavam repletos de sangue.

ㅡ Filha, vem. Yeji, eles vão cuidar dela.

De repente eu fui puxada para longe de Ryujin, diversos paramédicos rodearam-a e a levaram para dentro da ambulância, logo saindo disparado em direção ao hospital.

Minha cabeça explodia e eu não conseguia pensar em nada, só se concentrava nas minhas mãos repletas de sangue.

O sangue da minha namorada, da minha Ryujin.

SHIN RYUJIN, no momento.

Assim que estaciono o carro em frente a casa de Yeji, ela me olha com uma feição preocupada.

ㅡ Ryu, esse.. é o carro do meu pai.

Eu suspiro e seguro sua mão, puxo-a para mim e lhe pressiono a pele, deixando um beijo molhado.

ㅡ Vai dar tudo certo. ㅡ Ela assente. Ainda sinto a preocupação em seu rosto ㅡ Eu te amo.

ㅡ Eu também te amo. ㅡ Ela responde.

Então eu saio do carro, me agarro a Ji e logo entramos em casa.

De primeira não vemos ninguém em casa, mas logo ouvimos uns gritos vindo da cozinha. Corremos as duas para lá, entrando desesperadas.

Meu coração se acelera ao ver meus pais chorando, sentados no canto da cozinha, assim como o resto do pessoal. Jihyo estava escondida atrás de Jieun e dona Hwang, e eu conseguia ouvir o seu chorinho baixinho.

Yeji logo entrou na minha frente, e quando fui perceber seu pai estava com um revólver apontado para nós duas.

ㅡ VOCÊ! ㅡ Ele grita, apontando a arma para a gente.

Parecia meio zonzo, estava com roupas rasgadas e sujas, e, nossa, como fedia a bebida, mesmo de longe o cheiro exalava.

ㅡ Pai... Por fav-

ㅡ NÃO YEJI. Eu não mandei você... se separar dessa... vagabunda.

ㅡ Não chama ela assim, você não tem o direito de se meter na minha vida.

ㅡ Yeji, vão embora... vão, saião daqui. ㅡ Escuto a voz de Jieun, e ainda mais o chorinho de Jihyo.

ㅡ Filha, por favor ㅡ Minha mãe pediu baixinho.

ㅡ CALA A BOCA! ㅡ O homem grita alto, apontando agora, a arma para dona Hwang.  Puxo Yeji mais para trás, para perto de mim.

Eu estava incomodada com o fato da morena estar na minha frente, meus lábios secos estavam me deixando inquieta e ainda mais ansiosa.

Estava todo mundo ali, sofrendo e podendo se machucar, justamente por minha causa, apenas por minha culpa.

Meus olhos começam a arder, minha boca treme e a sensação de ofegação toma conta de mim, e quando eu percebo jogo Yeji para cima da poltrona que havia ali perto, e tento impedir o homem de fazer algo de ruim.

to your kisses, ryeji. Onde histórias criam vida. Descubra agora