bônus II | o que nos move pt. 1

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ALERTA DE GATILHOS: violência infantil, depressão, alcoolismo, tragédia

B O A   L E I T U R A

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A escolha da sua família de sair do país em que nasceram não foi atoa. Eles passavam dificuldades, não tinham oportunidade de trabalhar e estavam sendo despachados de suas casas, até que tiveram forças para se unirem e tomar uma decisão que mudariam suas vidas por inteiro.

Há duas gerações, a família Senju buscou refúgio no Japão-Norte. Passaram anos complicados no início, mas tinham sonhos e fé de que ali construiriam um bom lar. Butsuma já era adulto, e foi a força de seus pais enquanto estes, muito idosos, viveram. Ele trabalhou e lutou pelo bem estar da sua família, conheceu a beta de seus sonhos, Kimi, e casou-se; uma cerimônia simples, mas no meio da cidade, na praça, onde a festa era aberta a todos. E o casal foi muito aplaudido. 

O primeiro filho do casal, Hashirama Senju, nasceu com lindos fios castanhos, como sua mãe, e no ano subsequente, nasceu Tobirama Senju, herdando os fios grisalhos de seu pai. Eram as duas joias da família. Então, cinco anos depois, nasceu Itama Senju, com o cabelo metade castanho escuro e metade grisalho. Por seus irmãos, foi considerado a combinação perfeita deles. 

Hashirama era o mais energético e criativo, sempre com uma ideia diferente para brincarem ou uma estória nova para contar, além de, como mais velho e alfa, ser muito protetor. Por outro lado, Tobirama era mais sério e até mesmo maduro, sendo considerado o mais responsável. E Itama, o caçula ômega, era muito mimado pela família, mas principalmente por seus irmãos, que o rondavam todas as horas disponíveis do dia e não permitia ninguém ser maldoso com ele.

— Vamo' brinca? — perguntou, ainda um pouco embolado enquanto ainda ostentava seus quatro aninhos de idade.

— Vamos — recitou Tobirama, já pegando seu irmão no colo. Este, entendendo a intenção do irmão, repetiu a palavra da melhor forma que conseguia. — Brincar — disse também.

O caçula obedientemente repetiu, e acertando, ganhou um afago do irmão mais velho na cabeça. Ainda para provocá-lo, Tobirama cheirou o seu pescoço fazendo este sentir cócegas e rir.

— Do que quer brincar?

— Num sei.

— Quer chamar o Ashi? — perguntou. 

Itama não conseguia pronunciar o nome de Hashirama, ou apenas Hashi, pois a pronúncia da letra H puxando o som do R ainda lhe era considerado difícil, então Ashi, às vezes parecendo "Ati", tornou-se o novo apelido do primogênito. E obviamente que Hashirama sempre se derretia ao ser chamado daquela forma pelo menor.

Naquele dia, os três brincaram até quase o final da tarde, onde Tobirama lembrou que precisava comprar as frutas que sua mãe pediu e acabou ganhando a companhia dos irmãos na feira. Objetivo como era, Tobirama foi centrado para comprar o orientado, não desviando de seu caminho, mas Hashirama, ostentando o mais novo ao seu lado, ia sempre nas barraquinhas de brinquedos. 

— Para de atiçá-lo! Não temos dinheiro — repreendeu o grisalho.

— Só estamos vendo, Tobi! 

— Ele é uma criança, não vai entender isso — defendeu. — Me ajuda a achar as carambolas e vamos embora. 

— Você é um ômega muito emburrado e chato, sabia?

— Creio que isso não tem nada haver com minha casta — sorriu.

— 'Tá bem — rendeu-se Hashirama. — Temos dinheiro para comprar cogumelos? Eu amo a sopa que a mãe faz.

Ômega Guerreiro || ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora