CAP XI | traidores sangram;

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B O A   L E I T U R A

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Ashura Uzumaki recebeu os guerreiros do Exército Norte-japonês que, assim lhe viu junto a Gaara, obedeceram suas ordens para que prendessem aqueles que estavam envolvidos no sequestro de Naruto. Todos, sem exceção, apesar do Visconde Sai Shimura estar recebendo tratamento especial; havia sido golpeado duramente várias vezes depois de acordado, sendo preso em uma jaula de animal logo em seguida.

— Eu preciso ir na frente — disse Ashura a Gaara. — Tenho certeza que a confusão já se espalhou pelo Palácio e também preciso confirmar algo, antes de revelar ao Imperador.

Gaara estreitou os olhos, mas como sabia quem era Ashura, seu parentesco e também a afinidade que conquistava com seu líder, não tinha motivos para desconfiança.

— Suspeita de algo?

— Receio que Sai não trabalhe sozinho — confessou. — Nos conhecemos há muito tempo e posso afirmar que ele jamais agiria tão confiantemente se não tivesse algo ou alguém que lhe protegesse.

Ele rapidamente entendeu a suposição do príncipe.

— Vá com meu cavalo — ofereceu. — Ele é o mais veloz que temos e então eu irei com o seu. Os homens que ficaram por lá irão lhe ouvir ao vê-lo montado em um dos nossos e, caso ainda precise, utilize isto. Estará seguro em nome do Norte, se assim necessário for.

Ofereceu não só o cavalo, mas também uma moeda norte-japonesa com o brasão da família do Imperador do Norte, algo que havia sido dado de Sasuke para Gaara em sinal de confiança.

— Obrigado Gaara, sempre lembrarei desta atitude — disse, despedindo-se em seguida.

Ashura não tardou para montar no cavalo alheio e já avançou pela estrada em retorno ao seu lar. Realmente estava agradecido pela atitude daquele guerreiro que sabia possuir tanta confiança do Comandante Uchiha e, agora, admitia também ter ficado em dívida com este.

Apesar da movimentação e barulho que estava do lado de fora do estabelecimento, o interior encontrava-se quieto e, subindo as escadas, podia facilmente esquecer dos sons já abafados. O que claramente era o que Sasuke Uchiha fazia, focando-se totalmente no ômega que tinha nos braços.

Naruto havia adormecido em seus braços e ressonava tranquilamente, como se não tivesse acabado de vivenciar um trauma. Ele dormia tão confortavelmente que Sasuke se sentiria um monstro caso se movimentasse e despertasse aquele anjo de seu descanso.

Haviam muitas coisas a fazer e a serem ditas, porém o Uchiha aproveitaria cada segundo ali ofertado enquanto protetoramente garantia que Naruto Uzumaki continuasse de olhos fechados como se o mundo já não estivesse em confusão.

Poucos minutos depois, a porta do quarto é aberta lentamente e o guerreiro Gaara entra assim que percebe ter recebido permissão.

— O príncipe Ashura foi a frente e já temos os homens como prisioneiros — anunciou. Ambos os alfas observaram ao redor, antes de Gaara mais uma vez chamar a atenção de seu líder. — Ele teme que Sai não esteja agindo sozinho.

Sasuke rangeu os dentes.

— Confesso ter suposto o mesmo — contou. — Se tivesse tido a presença dele por mais de cinco minutos, com certeza também desconfiaria disto. O Visconde não é um modelo de confiança.

— Mas teve contato com alguém que possa ser aliado dele?

— Não, e nem poderia chegar a tanto. Infelizmente acredito ser uma guerra política e, nestas circunstâncias, não temos armas para lutar. Se estiverem em busca do trono, isso põe não só o Naruto em perigo, mas Ashura também.

Ômega Guerreiro || ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora