CAP VI | fragrâncias naturais e viciantes;

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B O A   L E I T U R A

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Não era surpresa que Naruto Uzumaki não gostaria em nada de saber que havia sido seguido pelo Comandante e, muito menos ainda, aceitaria a desculpa deste de dizer que era por segurança.

Ele prezava por sua liberdade e se guiava muito pela própria curiosidade, pois após tanto tempo privado de certas coisas, Naruto sentia-se motivado a explorar. Queria cavalgar por campos intermináveis, aprender a escalar montanhas, desvendar trilhas, caçar animais e se aperfeiçoar na espada, assim como queria relaxar e ler muitos livros, fazer novas amizades e conhecer mais sobre seu reino.

Tanto tempo escondido devido ao rancor de seu pai, o Imperador, Naruto via neste momento de sua vida a oportunidade que nunca teve de simplesmente sair e aproveitar da própria companhia.

No terceiro dia, ao qual acreditava que seu silêncio e sumiço estavam irritando o Comandante, vislumbrou uma fumaça subir para os céus não estando tão longe de sua atual localização. Do Palácio, nada podia se ver pela redondeza, então não lembrava-se que havia algum outro local próximo, tanto que surpreendeu-se ao saber da aldeia. Ele então ficou determinado a visitar, mas sabendo que todos iriam desaprovar, ou no mínimo enviariam quatro homens junto a si, Naruto teve a — nem tão — brilhante ideia de fugir.

Ele só não contava que o Uchiha iria procurar justamente neste dia e, ainda mais, no momento em que havia escolhido fugir.

Talvez fosse muito azar de sua parte, mas o Uzumaki estava determinado a culpar o outro pela sua atitude inútil de escapar do Palácio Honmaru. Afinal, estava buscando algumas horas com a própria companhia, sem preocupar-se com um alfa prepotente lhe seguindo.

Após alguns segundos intermináveis onde nem um dos dois sabia o que falar, Naruto simplesmente ignorou a multidão e puxou Sasuke para longe dali. Conhecia um pouquinho o local por já ter passado e por isso não foi difícil encontrar um lugar mais reservado e pouco utilizado, uma área residencial que iria garantir um pouco de privacidade a eles.

— Eu não sou um príncipe em apuros! — exclamou, contendo a voz apenas para não chamar atenção de quem estivesse próximo.

— Simplesmente fugiu do Palácio, Alteza, sem dizer para onde iria para uma mísera pessoa.

— Não é perigoso.

— Você é um príncipe! — rangeu os dentes.

— Mas não estou me comportando como um — justificou. — Estou usando roupas comuns para me camuflar, diferente de você que decidiu se exibir como um soldadinho pelas ruas.

— É difícil pensar em trocar de roupa quando você percebe um príncipe rebelde fugindo de casa — provocou.

— Eu nem mesmo lhe pedi para seguir!

— Com certeza não o faria.

— De acordo, afinal, pior que sua companhia, só o fato de achar que não sei me defender.

— Ter manejo com espadas não lhe faz superior aos alfas, sabe muito bem que poderia ser ferido, sequestrado e, no pior dos casos, morto!

— Que preocupação incrivelmente ridícula — debochou. — Não há um alfa nesta aldeia que conseguiria me ferir.

— Claro, e a quantidade? Já pensou se dois ou mais alfas lhe cercassem? E acho que nem preciso lembrar que você não está com espadas — retrucou, totalmente irritado.

Ômega Guerreiro || ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora