A biblioteca

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POV JOSH BEAUCHAMP

Os dias passavam, a neve foi chegando com toda a sua imensidão, o frio foi tomando o lugar do calor que o sol  causava, e eu estava aqui, a mercê dos meus sentimentos...

O que aconteceu comigo?

O que ela faz comigo?

Por que desde que a conheço meu coração acelera de uma forma estranha? Por que sinto vontade de estar a cada segundo com ela? Por que os lábios dela não saem da minha mente? Por que minhas mãos soam quando estou perto dela? Por que sinto frio na barriga? E por que ela me faz rir feito um idiota?

E o principal, por que me acostumei com a presença dela?

Sinto falta das risadas exageradas dela, do jeito durão dela, sinto  falta do cheiro de morango que ela tinha, sinto falta do pouco contato físico que tivemos.

E sinto que precisava mudar tudo aquilo, e precisava tomar uma decisão.

Passei dia após dia, faça chuva ou faça sol, faça frio ou calor, lá estava eu e meu cavalo em frente a casa dela.

Tive tanta vontade de bater na porta, mas respeitei o tempo dela.

Até ver aqueles olhos castanhos me encarando.

Os olhos castanhos que aceleram meu coração de uma forma que nunca me aconteceu.

Só de ver o sorriso dela, já me senti um pouco melhor, mas não era o suficiente, eu sentia que faltava algo...alguma atitude, algo que mostrasse para ela, que ela mexia comigo e abalava todas as minhas estruturas.

Voltei para casa debaixo de uma tempestade de neve, mas assim que me aqueci, corri para o quarto de Sina, ela sempre soube o que falar para me ajudar, e ela com certeza deve saber o que uma mulher gosta de ouvir e viver.

- Sininho?- falei batendo na porta

Sina: fala loirinho

- Posso fazer uma pesquisa de campo? - falei rindo e entrando no quarto, me jogando na cama dela

Sina: a vontade

- você adora estudar sobre medicina...pode me dizer qual a doença quando o coração acelera, sente frio na barriga, mãos soando, a memória em um único acontecimento...

Sina: paixonite aguda

- É sério sina - falei rindo e rolando na cama- o que eu tenho?

Sina: eu tô falando sério Josh

- Não está não - falei rindo e sentando de frente para ela, vendo a mesma séria - não está, né?

Sina: não brincaria com isso

- Certo...supondo que, hipoteticamente, eu esteja apaixonado, como eu falo isso para uma pessoa que está querendo que eu suma?

Sina: seja sincero, diga pra any o que sente por ela..

- Quem disse que é ela hein?

Sina: eu não sou idiota, vi ela todos os dias na frente do castelo quando você sumiu, li as cartas, e você nunca se arriscaria por qualquer pessoa

- E me viu beijando ela...é, o único idiota dessa história sou eu...mas, o que eu falo com ela? Ela disse que queria falar comigo amanhã na festa de inverno

Sina: só a beija como se fosse a última vez, e de flores do campo da mamãe pra ela

- Certeza que não vou levar um tapa dela?

Sina: talvez leve, mas certeza que ela vai querer a mesma coisa

Eu ri negando com a cabeça e me jogando na cama, lembrando do beijo angustiante que tivemos e suspirei fundo:

- Espero que de tudo certo - falei sorrindo

(...)

A carruagem estacionou em frente a casa da cacheada, atrás de várias outras carruagens, indicando que a casa estava lotada.

Assim que coloquei os pés para fora do veículo, senti a brisa fria se misturar com meu nervosismo.

Respirei fundo e junto com minhas irmãs e meu pai, entramos na casa, vendo aquela multidão rindo e conversando, bebendo e comendo.

A cacheada estava em um canto, linda,  com um vestido de baile azul, cabelo preso em um meio rabo, enquanto ria com a Sabina

Nossos olhares se interligaram, e um sorriso brotou em nossos rostos, mas antes que eu pudesse ir até lá, Nour veio até mim e me informou que a parte de baixo da casa seria para os adultos conversarem sobre os negócios do reino, e os filhos iriam para o terceiro andar da casa, para conversarmos e distraímos, então assim fiz, fui em direção ao terceiro andar.

Conforme subia, pude ver Noah junto com Any e Sabina, e algo me fez sentir um aperto no peito, muito diferente de tudo, algo ruim e raivoso.

Como minhas irmãs estavam conversando com as filhas de viscondes aleatórios, fui direito para uma mesinha de comida e bebida, e lá fiquei.

Bebi um copo, e lá estava os três, cantando e dançando enquanto uma música animada tocava na vitrola.

Bebi mais um copo, e Any e Noah continuavam rindo e dançando.

Bebi mais outro, e mais outro, simplesmente fui esquecido num canto da festa, isso porque ela falou que queria falar comigo.

Acho que tantos copos foram de mais, o que me fizeram ter vontade de ir ao banheiro, quando no meio do corredor da enorme casa, eu vi algo que eu com certeza não queria ver, algo que fez meu coração se encher de… raiva

A música alta, o calor das pessoas ao meu redor, a bebida fazendo efeito em mim, me deixando um pouco zonzo, e para piorar a visão dos infernos.

Noah e any se beijando, no meio da festa, ele com as mãos na cintura dela, as dela no rosto dele...

Por um segundo desejei estar no lugar dele, mas, o ódio corria pelas minhas veias, junto com a vontade de chorar.

Fiquei ali parado, vendo tudo congelado e apenas os dois se beijando, e quando finalmente aquilo acabou, os olhos dela se cruzaram com o meu.

Eu era um idiota mesmo, imbecil sem tamanho!

Sai correndo da sala em que estávamos, desci os dois lances de escadas correndo e fui rumo ao jardim, me sentando na neve úmida do chão.

Meu coração estava acelerado e meus olhos só expulsavam essa dor em forma de lágrimas.

Alguns minutos depois, a any aparece no jardim, ofegante, como se estivesse corrido uma maratona

Any: Josh

- Sai daqui Gabrielly, por favor - falei afundando meu rosto nos meus braços

Any : não vou sair daqui

- Porra era isso que você queria me mostrar? HEIN? CARALHO ANY, QUE MERDA FOI ESSA? - acabei gritando, talvez por conta do álcool misturado com o ódio

Any: EU NÃO QUERIA BEIJAR ELE TÁ LEGAL?

- A NÃO? VOCÊ ESCORREGOU E CAIU NA BOCA DELE?

Any: ELE ME BEIJOU, MAS NÃO ERA NELE QUE EU ESTAVA PENSANDO

- ERA EM MIM?- eu ri alterado- sério? Como você mente mal gabrielly, e o pior de tudo que eu quero acreditar em você

Any: ERA, ERA EM  VOCÊ, EU O EMPURREI QUANDO VOCÊ SAIU

- Engraçado...me pareceu bem real

Any: era você que estava ali ? Não. Não era

- Eu só vim nessa merda por você, porque você disse que queria falar comigo, e me deixou sozinho o tempo todo e ainda por cima agarra o teu melhor amigo...TEM NOÇÃO NO QUANTO DOEU VER AQUILO?

Any: doeu ? E doeu por que ? VOCÊ ME DEIXOU UM MÊS SOZINHA, SEM RESPOSTA

- COMO CARALHOS VOCÊ NÃO SABE O POR QUE? EU TENHO QUE PINTAR NA MINHA TESTA PARA FICAR CLARO?

Any: Eu não faço a mínima ideia do porque

- Não?- perguntei arqueando a sobrancelha

Any: não

- Não mesmo?

Any: não mesmo -ela diz cruzando os braços-

Olhei para o céu negando com a cabeça, como se estivesse pedindo a ajuda do universo.

Como alguém tão lerdo pode existir?

- Meu deus como Você é burra gabrielly - falei puxando a mesma pela cintura, fazendo nossos corpos se chocarem, e colocando uma mão em seu queixo, a trazendo para mim, selando nossos lábios em seguida.

A cacheada me olhou assustada e logo depois cedeu ao beijo, levando uma mão para a minha nuca e uma na minha cintura, me puxando cada vez mais perto

E foi assim que minha raiva foi por ralo abaixo, nossos lábios em uma sincronia perfeita, nossos corpos colados, e meus pés andando para trás, me fazendo bater as costas no carvalho atrás de mim.

Aquele beijo era diferente dos outros, tinha uma mistura de raiva e saudade, talvez até...necessidade um do outro

Any: eu falei.. não estava pensando nele..

- E...agora eu acredito em você...- falei com um sorriso idiota nos lábios, com minha testa ainda colada na dela, e com os olhos quase fechando novamente

Any: não deveria ter me deixado…

- realmente não deveria...mas agora não vou para lugar nenhum...a não ser que seja com você, eu quero entender tudo o que eu sinto por você, com você

Any: eu tenho uma pintura sua quando criança…

sorri abraçando a mesma pela cintura ainda com as testas coladas:

- Ah é? E o que você fazia com essa pintura?

Any: ficava a vendo.. inclusive ela está cheia de gordura

Eu ri negando com a cabeça:

- O que significa que desde pequena foi fissurada pelo príncipe - falei rindo- escuta, você não quer entrar, está frio

Any: você quer entrar ?

- quero mas...não para aquela sala cheia de adolescentes, inclusive com o cara que quer roubar você de mim

Any: e quer ir pra onde?

- Não sei, qual o único lugar onde ninguém vai entrar bêbado ou que não irá ter barulho?

Any: na biblioteca

- Eu topo, só...- falei cortando minha fala e dando um selinho nela- se me prometer que não vai desgrudar mais de mim

Any: e por qual motivo eu prometeria isso ?

- por que eu tenho total certeza que gosto de você, e dói muito te ver longe

Any: é… eu sei que dói

- Ei...- falei levantando o queixo dela com uma mão- eu não vou mais embora, ouviu?- falei roçando meus lábios com o da cacheada

Any: eu agradeço por isso

Sorri bobo roçando meu nariz no dela e olhando no fundo dos olhos:

- Vamos entrar?

Any: vem, vou te levar pro meu lugar preferido da casa

Separamos nossos corpos e fomos correndo de mãos dadas para dentro da casa, passando no meio da multidão sem soltar as mãos nem por um segundo.

Até que ela parou em uma porta de duas folhas, a abrindo e me mostrando uma biblioteca consideravelmente grande, com um piano no meio

Aquilo parecia um universo incrível para mim, minha vontade era sair correndo para dentro daquele lugar como uma criança em uma venda de doces.

- Any isso aqui é fantástico - falei sorrindo e entrando na biblioteca- você toca?- perguntei vendo a mesma ir em direção ao piano

Any: não sou boa, mas eu tento

- Duvido que não seja boa- falei fechando a porta sem trancar, e indo até a mesma, que estava sentada no banco do piano

Any: quer pegar algum livro para ler ?

- Não, eu quero ver você tocando

Any: quer me ver tocando ?

Concordei com a cabeça, me apoiando com o cotovelo na lateral do piando

A cacheada ficou me olhando por alguns segundos e então respirou fundo e começou a tocar o instrumento

Era a melodia mais doce que já tinha ouvido, era suave e calma, com certeza ela tinha talento, mas não consegui focar muito na música, logo me perdi naqueles olhos castanhos.

Era impossível prestar atenção na música tendo um lindo par de olhos castanhos e uma boca coberta por um batom marrom cintilante, aquilo me hipnotizava de um jeito...

Foi então, que coloquei minhas mãos por cima das da dela para ela parar de tocar, e cheguei mais perto possível dela

Any: fui tão mal assim ?

Neguei com a cabeça olhando fixo para os olhos dela por alguns segundos, e depois descendo o olhar para a boca dela, era como se algo me puxasse sempre para perto dela, como se ela roubasse todos os meus sentidos e consciência, e me hipnotizasse com seu olhar.

- Não...você não...foi

Any: e então… o que foi ?

Não respondi nada, apenas coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, e ergui o queixo da mesma com uma mão, fazendo carinho nele.

Cheguei perto dela ao ponto de sentir sua respiração contra a minha, e o mais incrível era ver aquele olhar calmo me encarando com curiosidade; e finalmente selei nossos lábios.

Era como uma explosão de felicidade em meu estômago e coração, ao mesmo tempo que me sentia ansioso me sentia tranquilo, confuso não?

Ela colocou uma das mãos na lateral do meu rosto, fazendo um carinho gostoso ali, até que um simples selinho se tornou um beijo, um beijo calmo, mas cheio de sentimentos

Beijar a gabrielly faz meu coração entrar numa sequência de batimentos acelerados que eu nem sequer sabia que era humanamente possível, sentir os lábios dela nos meus é sentir um universo só nosso, como se tudo parasse e existisse apenas aquele momento.

Caramba, eu estava realizando o sonho do Josh de 15 anos, definitivamente ela estava me beijando, como sempre repudiei mas sempre quis.

A sua língua explorava cada centímetro da minha boca, e a minha na dela, se eu pudesse viveria apenas esse momento eternamente.

E derrepente de calmo nosso beijo virou intenso, a mesma se levantou sem separar nossas bocas e me puxou junto ao seu corpo, me levando para uma das enormes estantes de livros.

Ela me colocou contra a estante sem soltar nossos lábios por um minuto, ela me puxava pelo pescoço como se eu fosse o maior tesouro dela, como se eu fosse algo que ela sempre quis

Abri meus olhos me separando do beijo ofegante, por alguns segundos e sorri para a mesma, voltando a beijá-la e tirando o manto real dos meus ombros.

O que estava acontecendo? Eu não sei, seguia apenas o meu coração, foi isso o que minha irmã ensinou não foi?

A cacheada soltou o cabelo , que por mais que estivesse preso antes, ele continuava totalmente impecável

Sorri para ela abrindo minha camisa, me deixando um pouco a mostra, e voltando a dar atenção aos lábios dela e percorrendo minhas mãos pelas costas dela, sentindo quantos botões aquele vestido tinha

- Gabrielly, quantos malditos botões essa coisa tem?- falei rindo com nessas testas coladas

Any: muitos -ela diz rindo- péssima ideia usar esse vestido hoje

Concordei com a cabeça rindo e começando a desabotoar os botões com certa urgente, enquanto a mesma voltava a me beijar

Any: não deveríamos fazer isso na biblioteca, você como um amante de livros deveria se sentir ofendido -ela diz colocando a mão por dentro da minha camisa, arranhando levemente -

- Eu presenciei tantos casais juntos nos livros, invadindo tantas vezes as privacidades deles, que acho que agora é minha vingança - falei rindo fechando os olhos e sentindo meu corpo se arrepiar com o toque dela, enquanto tentava ter concentração para abrir todos os botões do vestido

Any: São só livros - ela diz rindo e beijando meu pescoços-

- exatamente- falei rindo finalmente abrindo o último botão a ajudando a mesma a tirar a primeira camada de duas camadas de tecido do vestido - você com certeza não escolheu a roupa certa

Any: não achei que chegaríamos a esse ponto

- Nem eu, mas se você quiser eu quero - falei encarando a mesma sério

Any: se eu não te quisesse, não teria ido atrás de você -ela diz me olhando e fazendo um carinho em meu rosto-

- Então eu também quero- falei dando um selinho demorado nela e voltando minha total atenção ao pescoço dela.

Eu não sabia absolutamente nada do que eu estava fazendo, na prática na verdade, então fui seguindo meu coração, dando beijos por toda a extensão do pescoço e deixando pequenos chupões que na minha cabeça sumiriam assim que aquilo acabasse, num passe de mágica

Any: antes.. quero te mostrar uma coisa

- claro, o que você quer mostrar? - perguntei prestando atenção nela

A cacheada me olhou sorrindo, e então tirou um papel dobrado do bolso do vestido, e me dando

Peguei o pequeno tecido e desdobrei, sorrindo ao ver minha pequena versão parada ao lado do meu cavalo, que continua o mesmo, imponente e cheio de classe.

- O mine Josh- falei sorrindo e dedilhando a pintura que havia algumas manchas antigas

Any: acho que eu preciso de uma nova

- Vou providenciar uma exclusiva para você - falei sorrindo e devolvendo a pintura - se sinta importante, é um saco posar para essas pinturas - falei rindo

Any: e eu não sou?

- Com certeza é importante...a pessoa mais importante que já conheci que não sejam minhas irmãs - falei fazendo carinho no rosto dela

Any: que exagero

- Não é exagero quando se sente isso que estou sentindo, ou quando está vivendo o que estamos vivendo- falei finalmente tirando minha camisa e tirando a outra camada do vestido dela, a deixando apenas de espartilho e calcinha.

Com certeza a escultura mais perfeita feita pelo escultor mais talentoso que existe, cada curvinha, cada pinta, cada centímetro dela era perfeito.

Any: você é lindo sem camisa, na verdade de qualquer maneira

- E você é linda, não importa se iluminada pela luz do sol, da lua ou então, nesse caso, pela luz da uma biblioteca - falei sorrindo e fazendo carinho nela

Any: eu.. queria te falar uma coisa.. promete não sumir ?

- Prometo, pode falar

Any: eu te amo -ela diz beijando meu pescoço-

Sorri sentindo meu coração acelerar, e se aquecer como se fosse a frase mais linda do mundo

- Eu também te amo, marrentinha- falei sorrindo desamarrando minha calça e tirando a mesma, ficando apenas de cueca na frente dela.

Certo, a partir daqui eu não sabia o que fazer, só precisava ter calma, certo?

Puxei a mesma pela cintura, e iniciei um beijo intenso enquanto caminhávamos para o sofá da biblioteca

Any: você o que ? -ela diz sorrindo deitada no sofá, enquanto eu estava por cima dela-

- Eu também amo você - falei sorrindo e olhando cada centímetro dela.

Meu coração faltava pular pela boca, mas é fácil né? Tudo na vida tem uma primeira vez e, está tudo bem

Any: eu te amo, te amo, te amo -digo sorrindo- posso ir no meio daquela festa e gritar pra todo mundo quando eu amo você

- Eu poderia gritar para o reino todo, mas eu prefiro esse momento, só nosso...poder te olhar, ver cada centímetro de perfeição que você tem- falei dedilhando o busto dela até chegar no nó do espartilho- se você deixar

Any: fique a vontade

Assim que estava prestes a desfazer o nó do espartilho, as portas da biblioteca foram abertas com tudo, mostrando minha irmã com os guardas dela:

Joalin: Josh, o papai está chamando para irmos...- ela falou rápido e parando assim que viu a cena, ficando parada nos olhando assustada

Any: Joalin. -ela diz se levantando e se cobrindo com a minha capa que estava no chão-

- Merda Joalin! Merda- reclamei- desculpa any

Any: Jo.. não conta nada para ninguém

Joalin: Eu não....- ela falou piscando várias vezes- vou contar...

Maldita hora que fui esquecer de trancar a porta.

- O que meu pai quer? Fala e vaza

Joalin: pra… irmos embora

- certo...é...an...vai descendo e fala que eu já vou- falei sério vendo ela concordar e sair do quarto, do mesmo jeito que entrou

Fiquei alguns segundos olhando para o chão e depois voltei o olhar para a cacheada do meu lado, coberta com meu manto:

- Me desculpa, de verdade

Any: tá tudo bem -ela diz segurando o riso-

- É sério? Risada?- falei tentando ficar sério e começando a rir

Any: foi engraçado vai -ela diz soltando a capa e indo pegar o vestido dela-

- Não acho- falei fazendo um biquinho e rindo- pelos menos...estamos bem? Ninguém vai sumir amanhã?

Any: eu garanto que não vou sumir

- Ótimo, porque eu também não vou, mas agora, eu preciso ir- falei me levantando e dando um selinho de surpresa nela- espero que o rei não perceba que minhas roupas estão amassadas, que meu manto está com cheiro de mulher e que meu cabelo está bagunçado- falei rindo colocando minha calça e minha camisa, vendo quão amassadas elas estava por terem sido jogadas de qualquer jeito no chão

Any: nos vemos amanhã ? -ela diz acabando de se vestir-

- Nos vemos amanhã, marrentinha- falei rindo- mas sem ser na sua casa e muito menos na minha, me surpreenda

Any: pode deixar, já está pronto ?

- Estou- falei pegando meu manto e colocando o mesmo - acho que não estou esquecendo nada- falei abrindo a porta da biblioteca

Any: está sim, sua coroa vossa chatice real -ela diz rindo e pegando a coroa que estava sob o piano-

revirei os olhos, negando com a cabeça e rindo:

- Obrigada, moranguinho- falei rindo e dando um beijo na testa dela, finalmente saindo da biblioteca, colocando minha coroa, certamente torta

Any: ei, esqueceu de mais uma coisa -ela diz vindo atrás de mim-

- E o que eu esqueci agora?

Any: eu te amo -ela diz me dando um selinho demorado-

Abracei a mesma pela cintura e sorri, sussurrando baixinho:

- eu também amo você - falei saindo do abraço e indo até as escadas - se descermos os dois juntos vão entender

Any: vai primeiro, eu vou pro meu quarto e depois eu desço

- Certo, até amanhã, marrentinha- falei descendo os dois lances de escadas e chegando no primeiro andar da casa.

A casa já estava vazia, e as empregadas limpavam tudo com muita rapidez.

Sai o mais rápido possível para não atrapalhar a limpeza, e fui para o lado de fora, vendo minhas irmãs na carruagem e meu pai andando de um lado para o outro, estressado

Ron: Posso saber onde estava ? Por que tá com as roupas assim e por que sua irmã me falou que você sumiu a festa toda

- Ah...é...- merda, o que eu falava agora?- eu estava...an...lendo, na biblioteca...e...an...minhas roupas...fiquei com sono e acabei dormindo no sofá por isso estou todo amassado, você sabe que eu odeio barulho então decidi ir para a...é...varanda respirar um pouco

Varanda? Eu falei biblioteca!  Droga Joshua! Droga!

Sina: mas você não estava na biblioteca ?

Joalin: é que lá tem varanda, ele estava lendo na varanda da biblioteca, não está Josh ?

- É, isso, claro, ai eu não vi a hora passar, sabem como é, leitores

Joalin: podemos ir ?

Rei Ron: claro

Entrei rápido na carruagem e me sentei ao lado de Joalin, olhando para ela assustado:

- Obrigado...- sussurrei baixinho

Joalin:   Conversáramos depois

- minha irmã mais nova não vai me dar broca- retruquei baixinho

Joalin: vou sim

- eu mereço, baixa a bolinha, Joalin

Joalin: se falar assim comigo de novo, eu abro o bico

- Você não ouse, e outra, eu não fiz nada de mais

Joalin: a não ?

- Não- resmunguei vendo a carruagem estacionar na frente do castelo - direto para o meu quarto - falei saindo do veículo.

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Nota da autora: espero que tenham gostado,não esqueçam de votar e comentar, Nos desculpem os erros.

Beijinhos doces, Milla <3

27/03/2022

Vossa Chatice Real - Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora