XXXIV x Vermelho carmesin.

2.3K 326 95
                                    

Capítulo não revisado.

#FuracãoRoxo

As ruas de Seul pareciam infinitas enquanto o Jimin dirigia até a mansão Park. Era virada atrás de virada, sem contar que o engarrafamento parecia péssimo para aquele horário.

Era uma quinta-feira a tarde e o trânsito estava terrível aos olho ansiosos do Park.

O volante era constantemente apertado, o ômega estava descontado toda a sua ansiedade e raiva no objeto. Não via a hora de poder descontar em palavras com sua mãe, se ela confirmasse o que ele tinha descoberto.

Jimin não queria acreditar naquilo tudo. Era muita coisa para manter a calma. Ele se sentia violado, decepcionado e o pior, era que ao mesmo tempo ele parecia não sentir nada.

Nada. O choque fazia com que um estranho sentimento de vazio percorresse todo o seu corpo. Era perturbador e ele se sentia triste e revoltado. A raiva era nítida para quem olhasse para ele.

Quando o carro finalmente passou pelo portão da propriedade dos Park, ele respirou fundo antes de estacionar o carro e sair dele, correndo para dentro de sua antiga casa.

Ele não pôde deixar de se sentir nervoso ao estar ali novamente, sabendo de todo o seu passado e agora, do que faziam com ele sem ele saber.

— Mãe! — O ômega chamou Sooyoung, procurando por ela na sala e na cozinha, andando de volta para o corredor da sala, encontrou a mulher descendo as escadas.

— Jimin? O que faz aqui? Por que não me avisou que vinha, filho? — Sooyoung perguntou surpresa, encarando seu filhote de cima a baixo.

Faziam duas semanas que Sooyoung e Jimin não se encontravam. Desde o incidente em que ela contou todo o passado do Park com os Jeon no apartamento do filho. Sooyoung não tentou contato com o ômega, deixou com que ele tivesse seu tempo e digerisse tudo, afinal, não era algo bobo que ela tinha revelado.

Jimin também não a procurou, mas isso ela já esperava. Sooyoung pediu a seus homens que protegessem seu filho de longe, ainda sim se mantinha zelosa e cuidadosa com seus filhotes.

— O que foi? — A Park perguntou confusa pelo modo como ele a encarava. Jimin estava quieto, seus olhos estavam vermelhos, mareados. Sooyoung conseguia ver que seu filho estava triste e com raiva, ela o conhecia o bastante para se preparar para seja lá o que tivesse acontecido. — Jimin?

— Eu já sei da Sohyun. — Ele respondeu, com a respiração pesada e sem desviar o olhar da mais velha. Sooyoung engoliu em seco, piscando os olhos rapidamente. — Eu já sei da Sohyun, mãe! Como vocês puderam mexer até com isso? Isso não é possível!

— Calma... Como assim, você sabe da Sohyun?

— Não tente fingir que não entendeu. — O Park riu, irônico e desacreditado. — Você sabe muito bem do que eu estou falando.

— Ela te falou? — A mulher desviou o olhar, olhando para baixo. 

— Sim, eu... Eu fui me encontrar com ela, acabei desabafando e ela me contou tudo. — explicou — Como vocês puderam fazer isso?

— Jimin, era pra sua prot-

— Minha proteção? Era pra minha proteção fazer até a minha psicóloga me manipular? Fazer com que eu não acreditasse nas próprias coisas que eu não sentia? Mãe, vocês manipularam até isso e não tinham direito algum! 

Jimin tinha ido ao encontro de Sohyun. Ele estava se sentindo extremamente sufocado e angustiado. Já tinham se passado duas semanas desde o dia em que recebera um bilhete em seu café favorito e aquele não fora o último, tinham mandado mais dois. A sensação constante de estar sendo observado não passava, Jimin até mesmo evitava ficar sozinho com medo de algo e por conta disso, estava sempre na presença de Taehyung quando possível.

PLAYBOY | jikook.Onde histórias criam vida. Descubra agora