Sexta

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Os dias passaram tão arrastados depois que finalmente senti seus lábios novamente contra os meus que precisei me desdobrar para encontrar formas de superar sua ausência. Você, Andrea, é inebriante. Apenas por imaginar seus grandes olhos castanhos e penetrantes em mim, meus pelos se energizam.

Tento, a todo custo, não pensar muito em quando te terei outra vez em meus braços para que não me sinta ainda mais ansiosa. Preciso me concentrar no trabalho e em minhas filhas, mas tudo me leva a você. Um simples café me lembra de você.

O despertar tornou-se um dos meus melhores momentos, especialmente quando finalmente ouço sua voz me desejando "bom dia". E, de fato, sempre é um bom dia. Ainda que o caos se instaure no trabalho, ainda será um bom dia.

A tecnologia, que antes eu repudiava, agora faz parte da minha rotina apenas para conseguir estar um pouco mais perto de você. Nem as meninas, tão distantes vivendo seus dias na universidade, conseguiram tal feito. 

Mas nada é como seu toque, Andrea. Nada é como seus olhos curiosos que me encaram em busca de respostas. Nada é como seu toque protetor por todo o meu corpo. Nem como seus gemidos tímidos que tomam proporções inesperadas se alimentados da forma correta.

Nada é como o som da sua voz rouca dizendo que me ama.

E nada nunca será como amar você.

Para sempre sua,

Miranda. 

Please Notice | Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora