Rebecca é uma jovem que sonha com o príncipe encantado, mas vivendo no Chapadão esse príncipe nunca apareceu. Até que um dia ela foi salva pelo Ligeiro, no qual ela tinha já uma quedinha. Foi assim que eles engataram em um relacionamento.
Ligeiro er...
Nota da Autora:Algumas pessoas estão me perguntando sobre a idade dos personagens e quanto tempo se passou depois que a Rebecca foi para Bahia.
Rebecca tinha 15 anos quando ficou com o ligeiro pela primeira vez, se casou com 18 anos e ficou quase 2 anos na Bahia. Atualmente ela tem 20 anos. Já o ligeiro tem 30 anos.
Pra quem já leu os primeiros capítulos, eu mudei a ideia da Júlia e depois vocês vão entender. Quando o Nono tentou abusar da Rebecca, eu escrevi que ela tinha 2 anos, mas mudei para 10 anos. Atualmente ela tem 15 anos.
Espero que vocês tenham entendido, boa leitura!!!!
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Ligeiro Narrando
— Essa prima do Chacal é gostosa, ela não estava na Bahia? — Encarei o Mineiro de cara fechada, o filho da puta estava mesmo cobiçando a Rebecca.
— Tu não tem amor a sua vida mesmo Mineiro, tá querendo conhecer o capeta mais cedo, só pode.—O Talibã falou rindo.
— Tá pegando Talibã, não sabia que ela era tua cara.— Eu fechei o meu punho tentando controlar a minha raiva.
— Tá maluco? A mina é amiga da minha mulher porra.— o Talibã fechou a cara puto.
— Ah qual? Vai dizer que tu não reparou nas amigas da tua mulher? — ele riu negando.— Só cego que não ver duas gostosas andando com a Thaís.
— Acho melhor tu ter mais com as minas, eu vou te dar o papo. Não quero tu chegando nem na Jandira e muito dando ideia pra Rebecca.— Ele sorriu de lado e a minha vontade era socar dele até arrancar aquele sorriso.
— Pode deixar patrão, apesar delas serem lindas. Não faz muito estilo.— Ele acendeu um cigarro de maconha.
— Seu tipo é as novinhas de 15.— um dos meninos falou rindo.
Se tem uma coisa que eu não gosto é homem barbudo pegando essas novinhas. Tô ligado que o Mineiro só pega essas novinhas por que eles jogam na cara. O que mais tem aqui no Chapadão é novinha querendo sentar pra bandido. Se eu contar quantas fotos eu já recebi dessas meninas se tocando, vídeos delas com vibrador falando que está pensando em mim. Eu seria preso por pornografia infantil. Eu apago tudo, nunca mostrei pra ninguém. Já peguei muito novinha quando era mais novo. Mas hoje em dia, eu prefiro mulheres mais velhas.
— Isso é nojento.— o Talibã falou.
— Quantos anos minha irmã tinha quando tu começou a pegar ela?— Ele mandou dedo do meio.— Hipócrita do caralho.— neguei com a cabeça.
— Não estou infringindo nenhuma regra da favela, só pego as novinhas que me dão condições. Nunca forcei nenhuma delas e jamais faria isso.— O mineiro se defendeu.
— Sei lá cara, eu tenho duas filha mulher e não ficaria nada contente sabendo que um marmanjo tá comendo elas sendo de menor, eu mato o desgraçado sem dor nem piedade.— eu comecei a rir.
— Sabe Mineiro, o RG ainda está vivo.— o Mineiro também começou a rir.
— Vai tomar no seu cu Ligeiro, eu sou soube o que estava rolando entre eles agora...
Eu estava colocando pilha nele, e ele já estava ficando puto. Até o Mineiro estava gastando ele, mas nosso brincadeira foi interrompida quando eu vimos o Chacal puxando a Rebecca.
Ele estava drogado pra caralho, provavelmente passou o dia cheirando como sempre faz. Quando nos aproximando dele, deu pra perceber que a pupila dos olhos dele estava dilatada, ele estava fungando e coçando o nariz várias vezes.
Ele conseguiu arrumar a maior confusão, e se não fosse pela Rebecca o Talibã teria matado ele, ali mesmo.
Depois que ele finalmente foi embora, aproveitei e puxei a Rebecca pra trás da quadra.
Eu queria que o mundo parasse naquele momento, beijar essa mulher é como está em outro mundo. Eu estava com saudades de cada parte do corpo dessa mulher.
Ela estava relutando com o sobre o que ela sente, eu quero essa mulher na minha vida e vou te-la a todo custo.
Encarei o rosto daquela mulher linda, com o coração acelerado, aproximei meu rosto do dela, até sentir a respiração acelerada dela no meu rosto, as mãos da Rebecca estavam frias em meu pescoço.
— Vamos viver o momento, eu sei que você ainda não me esqueceu.
Ela fechou os olhos e respirou fundo, eu não tinha certeza se ela ia aceitar. Rebecca sempre foi muito certinha, eu sei que estou totalmente egoísta. Mas eu não posso e nem quero abrir dessa mulher.
Rebecca é a única mulher que conseguiu tirar o melhor de mim, o tempo que nós dois ficamos juntos eu não fiquei com mulher nenhuma. Ela dominava a minha vida, os meus pensamentos e deu sentido a minha vida.
Depois que a gente terminou, eu me fechei no meu mundo, passei a me importar menos ainda pelo sentimento das outras pessoas. Assumi a Tauane só por causa da gravidez, eu queria ser um pai presente. Mas não consegui largar a putaria, essa vida que eu levo é fudida demais. É muita mulher jogando nada cara e eu nunca me importei de foder com uma mulher diferente a cada noite. Mesmo tendo uma mulher em casa, eu pegava qualquer uma que jogava a minha cara.
Mas agora que a Rebecca voltou, é só ela que eu quero. Não existe outra mulher, ela domina todo o meu ser.
— Pelo menos essa noite, seja minha mais uma vez.— Joguei a minha última carta.
Se ela falasse não, mesmo sendo contra a minha vontade, eu respeitaria a sua decisão.
— Vai ser apenas hoje.— Sorri alegremente.
Puxei ela pela mão indo em direção ao meu carro, não estava nos meus planos ficar com ninguém hoje. Por isso que eu vim de carro, hoje eu só marcaria um 10 no baile e depois iria pra casa.
Mas quando eu cheguei na quadra, contemplei a visão mais linda desse mundo. Eu mudei de ideia, fiquei mais tempo do que eu pretendia. Esse maldito vestido vermelho realçou ainda mais a sua beleza. Essa marquinha perfeitamente alinha me deixa louco.
— Pra onde estamos indo? — Ela perguntou assim que saímos do Chapadão.
— Vou te fazer uma surpresa, vamos passar o final de semana juntos.— Ela me olhou assustada.
— Eu disse que seria apenas essa noite, não posso ficar o final de semana fora e muito menos você.— Eu sorri de lado.— Eu não tenho roupa pra passar um final de semana fora e nem você.
— Isso é mole pra mim, eu tenho dinheiro pra caralho e posso um guarda roupa inteira pra tu.
— Você é maluco Isaac, você não pode ficar ausente do morro, é perigoso.— Eu ri.
— Relaxa, eu não sou fixado e ninguém sabe eu sou traficante fora do chapadão.— Continuei dirigindo enquanto ela reclamava.
Depois quase duas horas na estrada, finalmente chegamos ao nosso destino.
Eu tenho uma casa em Angra dos Reis, nunca trouxe ninguém pra cá. Nem mesmo a Tauane sabe sobre essa casa. As vezes eu venho pra cá sozinho e passo o final de semana inteiro na paz.
— De quem é essa casa? — Ela perguntou assim que entramos.
