Capítulo 15

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Rebecca Narrando

Duas semanas depois...

Eu estava terminando de atender o último cliente da parte da manhã, estava esterilizando minha maca, quando a porta do Studio foi aberta.

— Não que aqui ficou legalzinho.— ouvi a voz da Tauane e fui até ela.

— Em que eu posso ajudar vocês?— a amiga dela olhou pra dos pés a cabeça e fez uma cara de nojo.

— Então é a Rebecc? — perguntou.

— É a própria.— ela cruzou os braços.— Eu vim fazer uma tatuagem, eu quero escrever o nome do marido bem aqui.— Ela abaixou um pouco a short e mostrou a área da virilha.— Eu quero escrever Ligeiro e colocar uma coroa, será que você consegue fazer isso?— perguntou num tom de deboche.

— Sim, já tem alguma arte em mente de como vai querer a escrita do nome?

— Não, prefiro deixar você escolher.— ela sorriu.

— Tudo bem, vou fazer o decalque então.— ela só assentiu com a cabeça.

Enquanto eu fazia a arte do decalque, ela começou a passear por todo meu Studio.  Confesso que eu estava incomodada com a presença dela ali. Mas eu seria profissional.

— Terminei, podemos começa.— levei ela até a maca, assim que ela deitou coloquei o decalque no local que ela escolheu.

Comecei a fazer o meu trabalho, eu estava concentrada no que eu estava fazendo. Mas prestando atenção no que elas estavam falando.

— O Ligeiro vai amar amiga.

— Claro que vai, ele vai ver o nome todo vez que ele for me chupar.— eu me mantive firme pra não revirar os olhos.— Sabe Jeni, o meu marido tem uma boquinha deliciosa e me chupa tão bem que eu chego a ficar excitada só de lembrar.

Tauane é do tipo que gosta de se exibir, ela sempre foi assim. Ela se enganou se veio aqui pra esfregar na minha cara que ela está com o Isaac.

Eu não me importo mais com ele, não vou mentir falando que não sinto mais nada por ele. Mas desde que eu saí da casa de praia, eu saí decida que eu não ficaria mais com ele. Não vou me sujeitar a ser amante, não quero isso pra minha vida.

Quando a Thaís me trouxe até aqui, ela me entregou a chave falando que tinha sido o Isaac que me mandou me entregar. Eu não queria aceitar no início, mas a Jandira falou que ele me devia pêlos três meses que ficou me enrolando.

Então eu aceitei o lugar, na mesma semana me mudei pra casa de cima que também já estava mobiliada.

— Terminei.— mostrei pra ela como ficou.— Foi em 500 reais tudo.— ela começou a rir.

— Amiga, vai pagar como?— a tal da Jeni falou rindo.

A Tauane se levantou da maca rindo.

— Olha você tem um equipamento de primeira aqui, várias tintas caras e importadas.— Ela passou a mão por tudo.— Dar a buceta pro meu marido te fez bem, ele montou um ótimo Studio aqui pra você.

— Olha Tauane...

— Olha aqui você piranha, tu achou mesmo que eu não sabia do seu caso com o meu marido, seu depósito de porra ambulante.— ela jogou todas estande com a minhas tintas no chão.

— Você é louca olha o que você está fazendo.— eu ia pra cima dela, mas a amiga dela me segurou.— Me solta agora.— me debati.

— Anda Tauane, ela muito forte.— a Tauane socou o meu rosto.

Entre Nós, o crime 3Onde histórias criam vida. Descubra agora