Capítulo 21

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Estou voltando!!!!!

Um capítulo pra matar saudades, e se preparem que vamos entrar na fase das revelações!!!!!!!

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Tauane Narrando


Eu estava sentada no centro do círculo, com muitos homens a minha volta. Meu coração batia forte, enquanto aqueles homens discutiam sobrr qual seria a minha punição.

— A lei da favela tem que ser pra todos, ela sempre soube o que ia acontecer.— eu neguei com a cabeça quando o Talibã começou a falar.

— Não, por favor não...— eu chorava enquanto implorava.— O Ligeiro me traia, eu.. eu.. só queria dar o troco nele.

Ligeiro me olhava com raiva, era nítido o quanto ele me odiando. Desviei dele olhando pra o meu pai tentando lhe implorar por ajuda. Mas ele nem pra mim olhava.

— A decisão é sua Ligeiro, mas vou te dar o papo.— a voz do Talibã chamou a minha atenção.— Tu cobrou do Chacal, que te talaricou. Ela merece ser punida também. Mas é você quem escolhe.

Eu engoli a seco quando o ligeiro se levantou e caminhou  em minha direção. Ele andava lentamente, como uma serpente pronta para dar o bote na sua presa, ele mantinha suas mãos atrás da costas. Só quando ele chegou mais próximo de mim, que eu vi a Glock prateada em sua mão.

Ele colocou o cabo da arma em minha cabeça, seus olhos transmitam puro ódio.

— Quais são suas últimas palavras piranha?

— Por favor, não faça...

Acordei suada, com meu coração acelerado. Meu corpo inteiro estava tremendo, passei a mão na minha barriga que já estava começando a aparecer.

— Foi só um sonho, foi apenas um maldito pesadelo.— respirei fundo enquanto me sentava na cama e olhei para o lado do ligeiro.

Não era novidade nenhuma que ele não estava lá. Aposto que nem pra casa veio de novo.

Me levantei da cama e fui até a cozinha beber um copo d'água.

Será que esse sonho foi um aviso?

Balanço a cabeça em negação, isso só foi um pesadelo e nada mais. O ligeiro nem sonha que eu tenho um caso como Chacal e muito menos que a criança que eu estou esperando não é filho dele.

Se ele descobriu, é bem capaz do meu sonho se tornar real. Ligeiro vai matar nós dois sem dó e nem piedade.

Termino de beber a minha água e decido voltar para o meu quarto. Subo o último degrau da escada, quando estou passando por um dos quartos de hóspedes, ouço um som semelhante ao um gemido feminino.

Eu paro próximo a porta e fico em silêncio. E novamente escuto uma mulher gemendo.

Meu sangue ferve em minha corpo, eu não acredito que ele teve coragem de trazer piranha pra dentro da minha casa.

Abro a porta do quarto na força do ódio, mas paro no meio da vendo a cena horrível da Janaína de quatro enquanto meu pai comia ela.

Entre Nós, o crime 3Onde histórias criam vida. Descubra agora