Capítulo 8

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Thaís Narrando

Antes...

Tudo que eu queria era fugir dessa conversa, mas eu sei que isso é necessário. Eu sempre lutei pela minha família, mas agora estou pouco me fudendo se essa família vai ficar bem ou não.

O jeito que  a Suzana e o Alex me fizeram se sentir, eu não vou perdoar tão cedo. Eu me senti humilhada, fui tratada como se fosse uma puta e ainda quase fui sequestrada por um louco.

Correndo o risco de perder o meu bebê, mas graças a Deus isso não aconteceu.

— Eu sei que não tem como eu justificar nada do que eu fiz, eu só posso pedir perdão pra vocês duas pelo mal que eu causei.– a Suzana abaixou a cabeça falando o quanto arrependida que a Suellen começou a chorar.

— A gente errou pra caramba, eu sei que as coisas pra você Thaís.– eu revirei os olhos cansada dessa ladainha.

— Nada que vocês falarem vai mudar o que aconteceu, vocês não se importaram como eu ia me sentir  quando me trataram como se eu não fosse nada.– fiz um coque no cabelo.— Eu sei que deve ter sido difícil pra caramba pra você Suzana, mas se você tivesse me contado ou contado para o Alex o que estava acontecendo, tudo tinha se resolvido, mas não, você ficou com medo do seu ex, mas se esqueceu que é casada com um traficante mais poderoso do que ele.– eu comecei a falar tudo que estava engasgado.— Eu não estou com raiva de vocês, mas no momento eu não posso perdoar o que vocês fizeram...

— Thaís, vamos resolver as coisas como família.– o Alex falou.

— Família?– eu ri ironicamente.— Vocês nunca ligaram pra essa família, se não fosse por mim, isso aqui.– apontei pra nós quatro.— Nunca iria existir se eu não insistisse tanto, se não fosse por mim Suzana, você não seria a mulher do Alex, eu te ajudei pra caralho na criação da Suellen e enquanto a você Talibã.– meu estômago começou a revirar.— Eu fui mulher pra caralho, ia nas visitas dia e noite antes da Suzana aparecer, fiquei anos sem falar com o meu irmão pra que? Pra você me tratar como se eu fosse uma puta, como foi mesmo que você disse?– me senti um pouco tonta.“— Agradeça por eu não te matar, por que vagabunda igual ao a tu o destino é a morte.”

— Eu falei da boca pra fora...

— Mas falou, me ofendeu, e  doeu pra caralho...

— Thaís, tudo bem com você?– ele me segurou pra eu não cair, meu irmão entrou no quarto.

— O que está acontecendo aqui? O que tu fez com a minha irmã?– ele empurrou o Alex pra longe.

— Eu preciso vomitar...– meu irmão me levou até o banheiro, levantou a tampa da privada. Eu coloquei tudo que estava no meu estômago pra fora.

— Isso querida, a Jandira foi fazer um cházinho que melhorar esse enjôo.– a dona Glória falou segurando o meu cabelo.

—  Ela está bem?– ouvi a voz do Alex do outro lado da porta.

— Sim, ela está ótima!– a dona Glória falou.

— Eu estou grávida Alex.– me sentei ao lado da privada.

— É sério? Eu vou ser pai?– eu assenti com a cabeça.— Caralho, eu vou ser pai e avó? Tô fodido.– ele estava feliz que ia ser pai.— Tu vai voltar pra Penha comigo, eu quero acompanhar de perto a sua gravidez.– eu me levantei, lavei o meu rosto.

— Eu não vou voltar pra Penha, eu vou ficar aqui por um tempo e já está decidido.– ele abriu a boca pra falar.— Não adianta falar nada, eu preciso desse tempo e vai ser bom pra você e pra Suzana acertarem as coisas antes do seu filho e do seu neto nascerem. Se é pra gente voltar a sermos uma família, tudo que precisa está no lugar e o tempo que eu vou ficar vai ser o suficiente pra vocês se acertarem.– saí de dentro do banheiro e fui pra sala.

— Você está melhor Thaís?– a Suellen perguntou preocupada.

— Estou sim, é só os enjoos da gravidez.– ela abriu um sorriso.

— Eu vou ganhar mais um irmão ou irmã?– eu confirmei com a cabeça.

— Tu tá querendo ser o próximo Catra? – meu irmão perguntou num tom brincalhão e o Alex mandou dedo do meio pra ele.— Vamos comemorar, tu vai ganhar um neto e um  filho quase que ao mesmo tempo, parabéns.– eles apertaram a mão.

— Tem uma pizzaria ótima aqui no Chapadão, podemos ir lá Ligeiro.– a Jandira sugeriu.

— Fechou então, vou em casa trocar tomar banho, a gente se encontra lá então.– ele deu um beijo na minha cabeça e depois foi embora.

*****

Quase uma hora depois estávamos em uma mesa, meu irmão chegou e se sentou do lado da Rebecca. Estávamos bem, rindo e falando de coisas aleatórias.

Eu achei que seria uma noite tranquila, mas nada é acontece comi queremos.

A Tauane chegou sem ser convidada, encarando a Rebecca.

— Estou esperando pra saber sobre o que vocês estão rindo.– ela cruzou os braços, o meu irmão se levantou e foi até ela, levando ela pra longe.

— Tem certeza de que quer ficar aqui, passando estresse com a sua cunhada ?– o Alex perguntou no meu ouvido.

— Eu só quero ajudar uma amiga, isso não significa que eu não vá voltar você.– ele alisou a minha barriga.— E eu também preciso desse tempo, vai ser bom.– ele assentiu com a cabeça.

— Tu tá ligada que eu vou vir aqui sempre pra ver vocês?– eu ri negando.

— Mas se esqueça que a Suzana também precisa de você...


Entre Nós, o crime 3Onde histórias criam vida. Descubra agora