Capitulo 6

299 29 327
                                    

1 de maio

Eu e Manuel dormimos juntos. Não se o que dizer sobre isso... Exceto que tudo parece ser tão certo quando eu estou com ele.

Foi perfeito, ele foi perfeito. A cada dia eu me sinto mais envolvida. Manuel me trata tão bem, cuida tanto de mim.

Eu nem me importava mais com as tentativas de Lydia de me humilhar, ou em como as pessoas ali eram maldosas. Dentro daquela casa, com ele, eu me sentia segura. Feliz.

9 de maio

Trouxe Camila para conhecer ele.

Sentia tanta falta da minha menina. Ela era tudo pra mim. E eles se deram tão bem.

A forma como ele foi carinhoso com ela... Consigo imaginá-lo em nossas vidas.

— Diário de Sinu Cabello


— Aaliyah? — Bati na porta.

— Pode entrar. — Ouvi o murmúrio baixo.

Empurrei a porta, olhando ao redor quando entrei no quarto. Para minha surpresa, as cortinas estavam abertas e Aaliyah sentada na cama, o rosto entre as mãos.

— Eu nunca mais vou beber. — murmurou, fungando.

Pelo tom de voz, ela claramente estava doente.

— Você está bem?

Balançando a cabeça, ela pegou um pedaço de papel, assoando o nariz com uma careta de nojo.

— Me desculpe. — começou — Eu te chamei para a festa e te deixei sozinha. Depois você ainda teve que me trazer bêbada pra casa.

— Não tem...

— Tem sim. — interrompeu — Foi extremamente rude e inconveniente. O que posso fazer pra compensar você?

Era ali. Aquele era o momento.

Se eu respondesse algo no sentido material, iria ser como qualquer uma redor dela: apenas alguém que quer tirar vantagem do seu dinheiro.

Se fosse sentimental demais, soaria invasiva e ela recuaria.

— Que tal um lugar menos... caótico da próxima vez? — sugeri, dando de ombros.

Aaliyah sorriu.

— Você não curte muito isso de festa, né? — Abri um sorriso mínimo, negando com a cabeça. — Tudo bem. Você está livre hoje?

— Vou sair com seu irmão, desculpe. — murmurei, como se o fato de estar saindo com Shawn me envergonhasse.

Vi a leve careta que ela fez ao ouvir o nome do irmão, mas não perguntei nada sobre, apesar de deixar claro pela minha linguagem corporal que eu me sentia curiosa para saber mais.

— Você precisa limpar o quarto e eu estou aqui atrapalhando. — disse, levantando da cama, meio zonza pela ressaca.

— Não tem probl...

— Claro que tem. — disse, entrando no banheiro.

Já longe dela, fiz o meu trabalho, limpando seu quarto, que já era bem limpo e organizado, portanto, não demorou muito.

Fiz o mesmo com o resto da casa e, como sempre, o escritório de Manuel Mendes estava trancado, para minha infelicidade.

Por volta do meio-dia, almocei e fui para meu quarto tomar um banho e me arrumar. Lavei os cabelos, me perguntei e vesti um vestido azul escuro, com mangas transparentes caídas nos ombros. Deixei o cabelo secar naturalmente, me maquiei de leve e saí.

VENDETTAOnde histórias criam vida. Descubra agora