Capítulo 23

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Os flashbacks no início do capítulo estão chegando ao fim, ou seja, a vida da Sinu também kk

Mas eu ainda vou deixar alguns contando algumas coisas sobre a Camila depois que a mãe morreu, eu acho.

Eu fico muito feliz quando vocês comentam, sabe? Me motiva a escrever mais capítulos e mais rápido, se vocês soubessem o TANTO que me motiva, usariam isso ao seu favor (tentando manipular vocês, mas é verdade).

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Ele quer ver você.

Quando Sinu ouviu aquelas palavras, pode jurar que seu corpo desfaleceria ali mesmo e, desta vez, não teria nada a ver com o tumor crescendo em seu cérebro.

— Diga a ele...

— Ele disse que não vai sair, querida. — Sua mãe explicou. — Ele descobriu que você não está fazendo o tratamento.

A mulher expirou, recostando a cabeça nas mãos geladas.

Manuel não deveria saber disso nunca.

Tendo uma súbita onda de coragem, ela se ergueu, caminhando para o lado de fora, onde a silhueta já conhecida a esperava.

Sinu não achou que seria um baque tão grande vê-lo depois de tantos meses.

Manuel parecia o mesmo. Exatamente o mesmo.

Era intimidante saber que, enquanto isso, ela parecia alguém completamente diferente. E soube que o reconhecimento disso o havia afetado quando percebeu a expressão em seu rosto ao observar o rosto magro e pálido dela, o corpo de aparência desnutrida, coberto por camadas de roupas, a cabeça coberta por um pano para esconder a ausência dos cabelos escuros que antes a decoraram.

O homem pareceu perder a fala por um momento, porque, foi ali que ele reconheceu o fato de que ela estava morrendo.

Sinu estava morrendo.

Por sua culpa.

Porque ele foi covarde o bastante para não defendê-la, para não tomar partido de nada, porque, mais uma vez, deixou Karen fazer seu jogo de chantagem e crueldade.

Manuel não conseguiu esconder a tristeza em seus olhos, o sentimento sendo refletido nos da pessoa à sua frente.

E era curioso como, em nenhum desses momentos, eles notaram Camila observando os dois.

A menina se escondeu atrás da cortina da janela da frente no momento em que viu a mãe sair para conversar com Manuel.

Curiosa, como sempre foi. E esperta ao ponto de compreender o que eles diziam, ainda que não tivesse a maturidade para absorver tudo.

Mas ela teria um dia. Felizmente, Camila possuía uma boa memória.

Boa o suficiente para lembrar o que os dois haviam conversando naquele dia.

— Você... Disse que ia fazer o tratamento. — Manuel disse, os olhos levemente arregalados.

— Não consigo pagar. — Foi tudo o que a mulher respondeu.

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