Os flashbacks no início do capítulo estão chegando ao fim, ou seja, a vida da Sinu também kk
Mas eu ainda vou deixar alguns contando algumas coisas sobre a Camila depois que a mãe morreu, eu acho.
Eu fico muito feliz quando vocês comentam, sabe? Me motiva a escrever mais capítulos e mais rápido, se vocês soubessem o TANTO que me motiva, usariam isso ao seu favor (tentando manipular vocês, mas é verdade).
.
.— Ele quer ver você.
Quando Sinu ouviu aquelas palavras, pode jurar que seu corpo desfaleceria ali mesmo e, desta vez, não teria nada a ver com o tumor crescendo em seu cérebro.
— Diga a ele...
— Ele disse que não vai sair, querida. — Sua mãe explicou. — Ele descobriu que você não está fazendo o tratamento.
A mulher expirou, recostando a cabeça nas mãos geladas.
Manuel não deveria saber disso nunca.
Tendo uma súbita onda de coragem, ela se ergueu, caminhando para o lado de fora, onde a silhueta já conhecida a esperava.
Sinu não achou que seria um baque tão grande vê-lo depois de tantos meses.
Manuel parecia o mesmo. Exatamente o mesmo.
Era intimidante saber que, enquanto isso, ela parecia alguém completamente diferente. E soube que o reconhecimento disso o havia afetado quando percebeu a expressão em seu rosto ao observar o rosto magro e pálido dela, o corpo de aparência desnutrida, coberto por camadas de roupas, a cabeça coberta por um pano para esconder a ausência dos cabelos escuros que antes a decoraram.
O homem pareceu perder a fala por um momento, porque, foi ali que ele reconheceu o fato de que ela estava morrendo.
Sinu estava morrendo.
Por sua culpa.
Porque ele foi covarde o bastante para não defendê-la, para não tomar partido de nada, porque, mais uma vez, deixou Karen fazer seu jogo de chantagem e crueldade.
Manuel não conseguiu esconder a tristeza em seus olhos, o sentimento sendo refletido nos da pessoa à sua frente.
E era curioso como, em nenhum desses momentos, eles notaram Camila observando os dois.
A menina se escondeu atrás da cortina da janela da frente no momento em que viu a mãe sair para conversar com Manuel.
Curiosa, como sempre foi. E esperta ao ponto de compreender o que eles diziam, ainda que não tivesse a maturidade para absorver tudo.
Mas ela teria um dia. Felizmente, Camila possuía uma boa memória.
Boa o suficiente para lembrar o que os dois haviam conversando naquele dia.
— Você... Disse que ia fazer o tratamento. — Manuel disse, os olhos levemente arregalados.
— Não consigo pagar. — Foi tudo o que a mulher respondeu.

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VENDETTA
RomanceMinha vida foi dedicada para isso. Cada momento, cada mísero segundo, cada escolha foi feita para que eu estivesse aqui. Nunca me senti tão viva como naquele momento. Eu faria os Mendes se destruírem, assim como fizeram com a minha família. Talvez...