13- Distância ✿

4.8K 413 375
                                    


🌸

Meus olhos estavam pesados, forcei eles a abrirem o barulho de meus batimentos que a máquina indicava estava me dando dor de cabeça. Tentei me sentar na cama mais tudo doía, estava com o abdômen enfaixado.

— Ela acordou. - uma enfermeira falou.

E nesse momento que meus pais entram.

— Eu estava tão preocupado. - meu pai falou e estava mais pálido que o normal.

Tentei me ajeitar para abraçar, mais acabei soltando um gemido de dor oque me obrigou a deitar novamente.

— Descanse meu bebê. - minha mãe falou nitidamente preocupada.

— Cadê o monstro? - perguntei tendo flash da noite anterior... eu acho.

— Não pense nisso agora. - minha mãe falou tirando meu cabelo do rosto.

Uma enfermeira entrou e acabou me tirando do soro e disse que traria algo para mim comer.

— Pai... eu comprei um livro.. - estava falando mais parei assim que vi seu sorriso.

Era estranho acordar no hospital e a primeira coisa que pergunta é sobre um livro, eu não queria pensar no ataque, não queria pensar na forma ameaçadora daquela coisa.

Quando estava lá vi minha vida passar diante dos meus olhos.

— Eu sabia que perguntaria sobre o livro, trouxe pra você. - ele tirou das suas costas o mesmo livro que perdi aquela noite.

Peguei o livro e me sentei novamente, passei a mão pela capa e me virei sorrindo pro meu pai novamente.

— Você sabia que não precisava pagar. - ele falou fingindo estar bravo.

— Eu sei... - falei segurando o sorriso.

Eles ficaram ali comigo até a visita acabar, a enfermeira voltou e me disse que eu ficaria ali por mais alguns dias oque não me animou.

O hospital estava um silêncio, olhei para o relógio e ali já mostrava ser quase oito da noite. Peguei o livro me sentando novamente na cama e começando minha leitura.

Só parei quando uma figura próximo a ponta chamou minha atenção.

— Não é horário de visita sabia. - falei desviando o olhar do livro e o encarando.

Sua expressão não era nada boa, mais senti um aperto no peito ao vê-lo ali.

— Eu precisava ver você. - ele falou baixo.

Se aproximou até minha cama se sentando na cadeira ali e segurou minha mão dando um beijo nela.

— Eu estou bem. - falei ignorando as dores, com certeza havia quebrado alguns ossos.

Já conseguia identificar que por mais que repetisse essa frase pra ele, o mesmo não acreditaria pois me olhava desconfiado como se pudesse sentir as minhas dores.

— Eu surtei quando soube Max... - ele sussurrou.

— Eu já falei que estou bem. - estiquei minha mão segurando a dele novamente.

— Você está ferida, eu não admito isso. - falou frio.

Era rara as vezes que pra mim suas frases suavam frias, Muzan não era o tipo de pessoa que gostava de demonstrar sua raiva.

Ele ficou ali do meu lado, mais eu sentia que o mesmo não estava bem, havia uma veia nítida em sua testa.

— Você está me deixando nervosa. - falei depois de um tempo em silêncio.

Minha Cura | Muzan +18 Onde histórias criam vida. Descubra agora