crises et chocolat ✰ Nosh ❖ Now United

nós não estamos trabalhando

⚠️« o atual capítulo contém cenas gráficas de conteúdo sexual. se você for de menor ou não goste desse tipo de coisa, recomendo pular para o próximo capítulo que certamente já está disponível »⚠️

O ar quase falta. Fico encarando a tela inicial do Instagram me perguntando que porra é que devo falar agora. Qualquer coisa. Preciso gerar qualquer coisa urgente!

— É... Mas... Estamos trabalhando, não? — eu digo.

— Nós não estamos trabalhando — ele solta uma pequena risada anasalada.

— Você está.

— Não está no meu horário de trabalho, então tecnicamente é hora extra. Eu posso parar, se eu quiser.

— E a coifa?

— Eu não vou consertar a coifa agora — ele volta a acariar-me por cima da calça jeans.

— Mas você... Você precisa ficar focado para quando for consertar, né?

— Por que vou gastar meu tempo fazendo se posso pagar alguém para fazer?

— Mas, sabe... Hm... O moço do comentário pode querer um resposta... Olha ali... — ergo o indicador direito para o monitor e Josh ri de verdade agora.

— Noah, eu estou te tocando agora. Eu sei que você quer, estou te sentindo...

Malditos hormônios! Não consigo responder, não consigo me mover. Encaro o teclado e sinto que ele me encara de volta também, como quem me pedindo para tomar uma posição ou dizer algo. Que vou dizer afinal? Se eu quero, mas ao mesmo tempo não estou numa zona de conforto para ter mais confiança. Fala sério... No escritório dele? Tudo bem dar uns amassos — nada fora do normal —, só que... Bem... Há algo mais pairando no ar.

Não obstante, metade da minha consciência está mergulhada em pensamentos que envolvem nossos corpos em sintonia no meio do escuro. Quero raciocinar, quero pensar direito... As coisas saem do trilho quando menos esperamos. Não sei se estou fazendo as coisas certas na minha vida, se minhas decisões estão me levando a um bom lugar, se estou realmente orgulhoso de quem me tornei ou estarei no futuro. Mas se trata dele agora, das suas mãos no meu corpo e em como eu suspiro meio fora do lugar com o contato. Sinto-me aquelas esculturas de argilas sendo moldadas, seus dedos mudando minha forma de respirar.

— Como foi seu dia? — ele quer saber, sua mão apertando minha calça.

— Bem... — eu não sei que porra está acontecendo agora. — Foi bem... Eu fiz várias coisas legais e também apareci no seu restaurante mais cedo... Te ver me dá muita energia.

— Hmm... Por quê? — eu sinto o quente hálito dele no meu pescoço e gelo.

— Por que o quê?

— Por que me ver te dá muita energia?

— Porque... Hm... — eu acabo apertando a ponta do tampo da mesa com os dedos, porque eu estou gostando do carinho que ele me faz lá embaixo. — Você me faz feliz e me dá vontade de viver.

— Oh, sério? — uma das suas mãos alcança minha nuca e desde já me arrepio com seu contato.

— Sim... — movo um pouco meu quadril por pura provocação, afinal ele acaba de puxar o meu cabelo levemente e isso me tira dos eixos.

Ele gosta de me tirar do sério, do normal, do comum. Eu gosto de tê-lo pra mim, mas... Sabe, gosto de ser dele. Gosto de sentir seu corpo contra o meu como se estivéssemos prestes a dançar uma música que só nós conhecemos. Ele beija minha nuca, enquanto isso minha tépida braguilha quer voar. Sinto falta de olhar em seus olhos, mas veja bem... Estou me segurando na mesa porque tenho medo de cair fundo demais nesse seu jeitinho. O modo que me aperta, me tem junto a ti, beija bem lentinho e sinto sua respiração contra minha pele... Caralho, faz de mim o que quiser agora e eu juro que sou seu.