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03 — milkshake de banana e matching tattoos

Noah

Eu estou nervoso, porque acho que vai doer muito. Josh apenas segura minha mão um pouco forte demais.

— Mas você não já fez uma? — sua pergunta me tira um pouco do sério.

— Isso já tem anos. E eu estava dopado de bebida! — exclamo.

Ele arqueia o cenho e resolve respirar fundo.

— Se você não quiser fazer...

— Não, eu que dei a ideia.

— Em partes.

— Ok, a ideia foi nossa em conjunto. Não quero deixar de fazer isso — eu encosto minha cabeça no vidro da janela do carro.

Estamos estacionados bem perto do estúdio de tatuagem. Eu deveria ter imaginado que iria arregar logo na hora do vamo ver.

— A gente pode marcar outro dia...

— Se não for hoje, não vai ser nunca — movimento-me no banco de couro. — Mas agora eu fico com medo de que doa. Por que não vamos beber um bocado e quando eu estiver super hiper mega bêbado, a gente volta para o estúdio e fazemos a tatuagem?

Josh joga sobre mim o olhar mais carinhoso e condescendente do mundo. É um abraço, um carinho em mim. E eu fico mais calmo.

— Meu bem, você quer mesmo isso? — aperta minha mão esquerda mais ainda.

Claro, claro que quero fazer tatuagem combinando. Só Tenho medo de como possa doer, então não quero pensar no assunto.

— Eu quero, juro! Só estou meio com medo da dor.

— Mas não vai doer. Se você pensar que não vai doer, aí você nem sente. E, olha, eu vou estar ao seu lado. Confia em mim? — agora ele agarra minha outra mão e acaricia o dorso com o dedão. — Hm?

— Uhum — balanço a cabeça.

— Vem cá, vem... — ao invés de me esperar ir, é ele quem inclina-se na minha direção e me dá um abraço. — Oh, você tá tão cheiroso, Noahzinho...

Acabo rindo com isso e abraço-o de volta. Ele também está cheiroso. Ele sempre está cheiroso, esse homem é perfeito. Estamos usando roupinhas combinando hoje. Um gorro bege, uma camisa branca de manga longa e gola rolê e uma calça em sarja preta no modelo slim. Além de, claro o nosso tênis de casal, e o fato de cada qual estar com o seu casaco por cima da camisa — estou com uma jaqueta de couro bem larga, enquanto ele está com um sobretudo preto que vai até os joelhos.

No meio do abraço, Beauchamp segura o meu queixo com a mão esquerda e vira meu rosto para o seu. É questão de tempo até nossos lábios se encontrarem, nossas línguas também, e ele dizer que me ama sem nem precisar usar palavras. Um arrepio tosco invade meu corpo e eu não sei por que ainda fico surpreso por eu ser totalmente apaixonado por esse homem.

— Vamos comprar um negocinho pra você ficar mais calmo? — ele interrompe o beijo na melhor parte.

— Vamos, sim — mesmo assim, encosto minha cabeça em seu ombro e ficamos assim por alguns segundos.

Eu tenho gostado de estar com Josh, porque ele é carinhoso quando se dispõe para estar. E ele me compensa. Querendo ou não, aquele lance de não termos contato por determinado período, eu acumular toques e ele compensar é basicamente a nossa rotina. Não oficializamos, claro, isso aconteceu normalmente. Às vezes, quando chego da faculdade, ele está lá fazendo algo superimportante na cozinha ou no computador e só aceita um selinho no máximo. Se eu tento mais que isso ele diz: "Agora não, Noah, mais tarde". E o mais tarde dele muitas das vezes é o horário que já estou dando au revoir ao mundo e brincando de dormir.

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⏰ Última atualização: Sep 19 ⏰

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crises et chocolat  ✰  Nosh  ❖  Now UnitedOnde histórias criam vida. Descubra agora