8. Abulia

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Capítulo curtinho, porém superimportante para ser uma ponte para o próximo que está enorme e incrível.

Espero que gostem, boa leitura!!

Os meus estágios da faculdade ficavam muito longe dela, e muitas vezes eu tinha que ir até as obras que eram mais longes ainda

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Os meus estágios da faculdade ficavam muito longe dela, e muitas vezes eu tinha que ir até as obras que eram mais longes ainda. Isso me rendeu uma longa experiência em pegar ônibus e, com certeza, uma das minhas experiências favoritas era ouvir a conversa dos outros.

Ninguém pode me julgar, não é como se tivesse outra opção. Se dormisse perderia o ponto, e a bateria do meu celular fodido não durava o dia inteiro nem comigo economizando, imagina então se eu me desse o luxo de ouvir músicas.

Então, criei o mal hábito de ouvir conversas dos outros. Eu sei, eu sei que não é educado, mas eu simplesmente sou fascinado pela interação humana, me sinto aqueles observadores de animais camuflados em meio às árvores em uma floresta.

Um dia fui dispensado do serviço mais cedo, saindo no exato horário que o grupo de adolescentes de uma escola também foram liberados e estavam lotando o ônibus. Eles estavam conversando sobre um livro, um em que um príncipe tinha encontros com várias e várias garotas para escolher dentre o grupo uma com quem iria se casar, mas, no fim das contas, ele se interessou justo por quem não queria ele.

Eu nunca descobri o nome do livro, não é como se tivesse me aprofundado. Mas na época me perguntei como seria ter vários caras disputando meu coração, meu lado narcisista adorou a ideia e agora, já que o estúpido destino gosta de brincar comigo, estou nessa exata situação.

O estúpido barão de não sei da onde, gaba-se sobre sua propriedade, de sua grande produção, de sua grana e grande conhecimento do mundo agrícola.

- Eu sei que alguns acham estúpido eu ser o barão da Alface, mas eu me orgulho muito. Sabia que antigamente usavam a alface para consagrar o deus Min? Eles ofereciam as folhas mais bonitas a ele, davam grande valor a horta...

- Sabia que nos séculos passados as pessoas usavam folhas de alfaces para limpar a bunda? - pergunto, bebendo minha xícara de chá, erguendo meu mindinho rindo baixinho da minha própria bobice.

O alfa entreabre seus lábios, suas sobrancelhas ruivas se erguem, ele parece perder a fala. Mabel se aproxima, abastecendo o bule de chá.

- Obrigado Mabel, tudo está delicioso como sempre - elogio, dando tempo para o alfa recuperar a fala.

Ela sorri, murmurando é generosidade da sua parte, como sempre me responde. Mabel desaparece depois entre as flores do jardim com árvores altas e vários arbustos proporcionando um clima agradável, mesmo que esteja fazendo por volta dos 27 graus.

- Como estava dizendo, eles davam muito valor a hortaliça, acreditavam que ela era afrodisíaca e cultivá-la agradava a Min, o deus da virilidade e fertilidade, se for assim eu já garanti lençóis quentes e muitos filhos para nós, senhor Styles.

Enchanté I l.s. I ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora