9. Apodyopsis

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Bem, jurei que não ia dividir esse capítulo, porém ficou muito maior q esperava. Então cá está a primeira parte com quase 7K, espero q gostem. Boa leitura!!

 Boa leitura!!

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Inicialmente eu não confiava muito em Harry em cima de um cavalo andando acima de dez quilômetros por hora. Qualquer um faria o mesmo, dá para imaginar que alguém que despencou de bicicleta por um extenso morro e veio parar aqui pode ser tão bom em cima de um cavalo?

Sua técnica no último mês melhorou notavelmente, ele estava certo ao dizer que só precisava de mais contato com o animal para melhorar, é um autodidata nato, atento aos seus erros para trabalhar neles. Agora, enquanto observo ele se aproximar da minha casa montado em Júpiter, posso perceber seu corpo mais firme sobre a sela, suas coxas na posição correta, seus olhos sempre focados a frente.

— Eu não achei um chapéu — é a primeira coisa que ele diz ao descer do animal. Eu o ignoro, puxando-o pela cintura até ter meu nariz enfiado em seu pescoço.

Abstinência, essa é a única palavra que encontro para definir a forma que me sinto agora. Completamente dependente de seu cheiro, de seu calor, dos seus cabelos macios entre meus dedos. Meus instintos parecem se acalmar, satisfeitos por terem Harry em meus braços, seu doce aroma tranquilizando toda agitação que escorre por todo meu corpo.

— Senti falta disso também — ele sussurra como uma confissão, me apertando forte também. — É bobo, não é?

— Não, não é bobo, só porque não entendemos ainda não significa que seja tolo — eu sussurro de volta, as pontas dos meus dedos deslizando entre seus cabelos. — Eu pensei muito no que está acontecendo entre nós, Harry, tentei entender cada variável que nos tornou tão próximos tão rapidamente. Eu ainda não sei, não achei a resposta, mas com certeza a razão não é boba.

— Você está sexy com botas de cowboy — ele brinca, suavizando o clima. — Realça suas coxas.

— Estou ridículo — corrijo. — Me sinto em uma daquelas apresentações tolas que era obrigado a apresentar na escola.

— Gostei do chapéu também — ele elogia, pegando a peça branca em minha cabeça e colocando na sua. — No meu closet tinha uma dezena no mínimo de botas, mas nenhum chapéu.

— Eu devo ter outro em casa. — Ele sorri para mim, deslumbrante em sua camisa rosa-claro coberta por brilho, junto a uma calça branca de cintura alta, com botas de cowboy no mesmo tom por baixo dela, em sua cabeça meu chapéu cai perfeitamente com o resto da roupa.

— Depois você nega que é um promissor acumulador, vamos, me diga algo que você não tenha dentro daquela casa?

— Você — respondo simplista, dando as costas para ele, indo buscar o outro chapéu.

Enchanté I l.s. I ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora