27. Aeipathy

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Olá queridos leitores, voltei mais cedo que esperava. O da semana tá pago!!

Espero que gostem, é um dos meus capítulos favoritos. Boa leitura!

 Boa leitura!

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Eu franzo minha testa, confuso, percebendo que o atendimento de um cachorro foi designado a mim. Calvin e eu temos um acordo, eu topo cuidar de absolutamente qualquer animal, desde os mais esquisitos como um pato até os mais comuns, como um gato, enquanto ele fica com os cachorros nojentinhos e folgados.

Não entenda mal, eu amo todos os animais, mas alguns eu amo menos que outros e, definitivamente, o último colocado nesse ranking de amor são cachorros. Por isso fico tão surpreso quando recebo a ficha de um na minha sala.

Eu aviso à secretária que estou pronto para atender, pedindo que diga ao tutor que ele pode trazer o animal à sala.

— Boa tarde — desejo ao ouvir a porta abrir, não escondendo minha expressão de surpresa ao erguer meu rosto e dar de cara com Harry, sim, Harry, o meu Harry, com um pequeno Yorkshire em seus braços que rosna sem parar.

— Olá, Lou — ele diz sorrindo para mim, desviando seus olhos depois para o cachorro. — Vamos lá monstrinho, diga oi também.

O animal apenas rosna, tremendo nos braços cobertos por um blazer xadrez do ômega.

— Harry, onde você arranjou esse animal? — questiono confuso, encarando o bicho que definitivamente não parece gostar dele. — O coloque no chão, ele está estressado.

— Eu queria vir te visitar no seu trabalho, mas não podia chegar simplesmente e pedir para ver o veterinário Tomlinson sem um animal, se fizesse isso eles achariam que o animal era eu. Eu até que sou, apenas metade, mas eles não podem saber, né? E eu prefiro assim. Aí eu vi esse cachorrinho de rua e pensei... por que não dar a ele uma consulta com o melhor veterinário da cidade? — ele supõe, deixando o bicho no chão.

— Esse cachorro com certeza não é de rua — opino, me aproximando dele, envolvendo sua cintura com meu braço. — Há poucos animais de rua, a probabilidade de um animal como esse, de raça e tão bem tratado, ser de rua são mínimas, ômega.

— Eu achei ele no parque aqui do lado, estava sozinho, então não deve ter dono — ele conta, observando ao redor curioso, me olhando dos pés à cabeça, sorrindo maliciosamente ao me ver dentro do pijama cirúrgico veterinário da clínica.

Eu o beijo, acariciando seu cabelo e aperto sua cintura macia, matando a saudade acumulada desde o momento que nos separamos na estação de metrô. Entretanto, somos obrigados a nos separar por causa dos latidos do animal.

— Eu não acredito que você roubou um cachorro, pela Lua, Harry. Vamos ter que ler o chip dele e ligar para o dono e explicar a situação.

— Eu não o roubei, eu tenho certeza que é um cachorro de rua, Lou. Ele fede! — Como se ouvisse, o cachorro rosna para ele, nos encarando com seu olhar psicopata.

Enchanté I l.s. I ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora