Harry era desastrado, isso não era algo que passava despercebido. O maior dos estragos que ele poderia conquistar com suas quedas na calçada era apenas um braço quebrado, ou ao menos era isso que ele acreditava até despencar de um enorme barranco co...
Capítulo enorme, pensei em dividir, mas odeio capítulo dividido, por isso tento sempre evitar. Me digam se vocês gostam de capítulo enormes assim, com 8K?
Capítulo nada adequado para o feriado, então não leiam na reunião de família!!! Ou leiam e treinem a arte de não esboçar reação.
Me digam ao decorrer dele o que estão achando da história, dos personagens, da evolução larry, pq não faço ideia do que vocês estão achando.
É isso, boa leitura!!
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Niall é um doce e exemplar ômega, um contraste em tanto comparado a mim.
Suas bochechas ficam sempre rosadas, suas falas são baixas e sua risada contida, quando estou do seu lado sinto de fato o mundo com o qual estava acostumado colidir com o de agora.
- Você pretende fazer faculdade, Niall? É tão jovem ainda.
- Não, provavelmente não - ele diz baixinho, parecendo não muito confortável com o assunto, sua mão dedicada a pintar minha unha em um tom de rosa-claro.
- Você não parece muito confortável em falar sobre sua vida comigo, Niall - comento, notando o quão tímido o ômega se tornou nos últimos dias.
- É que você é muito diferente de mim, Harry, teve uma educação progressista. Parece julgar e condenar as minhas escolhas para o futuro.
Meus lábios se afastam levemente, minha ficha sobre como ele se sente sobre meus comentários anteriores caindo só agora.
Desvio meus olhos para a janela do meu quarto, observando ao longe os cavalos pastando, a paisagem verde e brilhante do sol sendo plano de fundo para meu pedido de desculpa:
- Me perdoe, Niall. Nunca foi minha intenção, juro que não foi por mal. Quando cheguei aqui estava meio confuso com tudo, a batida na minha cabeça tornou minha visão sobre nossos costumes meio turva - minto, tentando consertar a situação. - Eu não julgo ou condeno suas escolhas, apenas sou curioso sobre elas. Se pareceu assim, me desculpe, não foi minha intenção
- Tudo bem, ômega, não precisa se desculpar - ele diz, terminando de pintar as unhas esquerdas, dando um sutil carinho no torso da minha mão e um sorriso reconfortante para mim. - Imagino que minha vida deva ser um pouco entediante para você, por isso não falo muito.
- Sua vida não é entediante - garanto, pegando o esmalte verde menta e pintando agora as suas unhas, enquanto as minhas secam. - No último baile algum alfa chamou sua atenção?
- Não, você sabe: tinha apenas velhos ou alfas rudes o bastante para rasurarem meu cartão de dança. - Ele parece frustrado, um leve suspiro escapando de sua boca. - Eu sou um romântico incurável, um bobo que ainda tem esperança de casar por amor... mas pelo isso não vai acontecer, Hazz.
