Por Trás das Câmeras - Savany

14. borboleta

oi, voltei. rápidinho, não é?

nem sei se vocês tão merecendo, mas como agradecimento por 2k na fic, eu to postando esse cap. agora eu só volto se baterem a meta de 25 votos e 35 comentários.

boa leitura

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Assim que girei a chave do apartamento de Savannah, a encontrei vestida apenas pelo seu robe marsala assoprando a fumaça do cigarro de menta.

- Oi, meu bem. - disse baixo chamando sua atenção.

Tranquei a porta de madeira e me aproximei dela. Ela parecia distante, presa em seus pensamentos.

Savannah largou o tabaco no cinzeiro e veio correndo pra cima de mim. Dei dois passos pra trás com a pressão do seu corpo contra o meu e sorri abraçando sua silhueta.

- Como eu senti sua falta. Nunca mais fique tão longe de mim. - ela disse e eu senti que ela cheirava meu cabelo.

- Claro. Eu não vou. - a garanti, mesmo sabendo que não poderia cumprir isso.

Dei um selar em seus lábios e a levei para o quarto. Ficamos em silêncio, apenas nos acariciando curtindo a presença uma da outra

Ela estava sentada e eu em pé no meio de suas longas pernas.

- Como foi lá em Paris? Supriu suas expectativas? - perguntou afagando suas mãos no meu quadril.

- Com certeza. E você? Conseguiu viver em Los Angeles sem mim?

- Você sabe que não, Elly. - suspirou. - Fiz uma tatuagem.

Parei o carinho que fazia nos fios ruivos e arqueei a sobrancelha.

- Você está zombando, né? - cruzei os braços.

Savannah se afastou e abriu a peça de seda, virou de costas e apontou pro pequeno desenho.

Meu queixo na mesma hora caiu. Uma minúscula borboleta estava bordada na sua lombar alva. Toquei o lugar delicadamente, com medo de que a causasse algum desconforto, mas ela pareceu não sentir nada.

- Sav... Nossa.

Ela virou a cabeça me olhando por cima do ombro. - O que foi? Não gostou?

- É linda, eu admito. Mas fez assim do nada?

- Eu estava solitária demais sem você do meu lado. Uma colega de equipe notou o quão distante eu estava. Ela me chamou pra fazer algo legal e eu topei, então fomos a um estúdio de tatuagem.

- Ah, nossa... Que bacana. - dei um sorriso forçado tentando não deixar transparecer o desconforto que senti.

- Eu não acabei. - se abaixou pra pegar o robe e o colocar de volta no corpo. - Como foi a minha primeira tatuagem, eu queria fazer algo especial.

- Certo.

- Deixe-me terminar de falar! - bufou. - Isso vai ficar marcado na minha pele até o dia em que eu for para o caixão, nada mais justo do que me tatuar remetendo à algo que eu sei que me marcará eternamente. Eu escolhi a borboleta porque ela me remete a você.

Meu coração errou as batidas por um instante, ela havia feito a tatuagem pra mim.

- Lógico que eu não seria estúpida ao ponto de tatuar "Eu te amo Any Gabrielly", mesmo isso sendo minha vontade. - riu. - Nos conhecemos na primavera de Los Angeles, talvez você não saiba disso e eu não a julgo. As borboletas são um símbolo da primavera, pois é o período de renovação delas.