Prelúdio II: Novo Mundo

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Encontrar-te-ei além do mar, do céu, da terra e do roxo horizonte

Debaixo do teto celeste, onde minha vista alcança abrangentemente
Sentirei eudaimonia constante da fonte
Um lugar etéreo onde possamos descansar a nossa mente

Desfrutaremos a vida boêmia em nosso verdadeiro lar
Pela hora azul, criamos cintilas ao corrermos
A euforia por esse dia que chego a ansiar
O momento da serenidade destinada sentiremos

Ametistas, vocês guiarão a renascença
Uma Utopia verdadeiramente áurea que veio de sua epifania
Fugiremos para uma terra onde só teremos nossa presença

Minhas palavras e suas pinceladas fazem uma decalcomania
Com vida própria e independente, de modo que a si pertença
Por favor, só nós dois acompanhados, vamos juntos para além da ventania


"Escrevi esse poema inspirado pelo lugar inexistente e inalcançável, onde a hora azul governa e carpe diem, fugere urbem, locus amoenus, aurea mediocritas e inutilia truncat são as únicas leis.
O caminho para além do horizonte, encontrado entre a linha que divide o céu e a terra, é nosso destino. O mapa que me levará para lá é visto por ametistas, pois é invisível às obsidianas. O paraíso bucólico, boêmio e pleno onde artistas como nós podem viver, e não somente existir.
O desejo enlouquecedor de encontrar a Arcádia sem precisarmos passar pelos Campos Elísios é o motivo para continuarmos ainda aqui. Não esperamos entrar no Jardim do Éden, queremos navegar até Utopia.
Um dia, nem que seja o último de nossas vidas, seguindo as nuvens azuis e a névoa violeta, você me mostrará seu sonho, que passou a ser o meu também."

- Comentário de Gibril Diobsiana sobre seu soneto "Novo Mundo".

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