Um silêncio absoluto se fez presente na sala vazia. Atthaphan respirou fundo antes de se virar, ainda sentindo os braços firmes de Off o abraça-lo com cada vez mais força. - Ou talvez fosse apenas sua mente lhe colocando em uma realidade claustrofóbica.
— Não importa o que eu seja, sendo seu, já é o suficiente.
— Se sente meu sendo apenas o meu melhor amigo? — Jumpol calmamente inclinou a cabeça para o lado, intrigado com a resposta.
— Eu não sou?
— Eu não divido o que me pertence. - A voz sútil parece ter mudado seu tom, tornando-se séria o suficiente para fazer o corpo de Gun tremer.
— Papi... - Chamou novamente, engolindo seco e desviando o olhar: - Onde quer chegar com isso?
— Quero que olhe pra mim... — Respondeu, segurando firmemente o queixo de Gun, o suficiente para impedi-lo de desviar seu olhar, antes de completar sua sentença: — E me diga que sou apenas o seu amigo.
Ao ouvir o final da frase, o primeiro sentimento a tomar o corpo de Gun e consumi-lo por inteiro, foi a raiva e a inebriante indignação.
O mais novo então, apertou o pulso de Jumpol, e com um impulso o fez soltar seu rosto.— E você não é? - Deu a resposta: — Não me lembro de ser tratado diferente por você, P'Off. Em algum momento você o fez? — Intimou, franzindo o cenho.
— Eu tive vontade. - Foi sincero, fazendo Atthaphan perder seu ar por instantes.
— Mas não teve coragem.
— Eu fui o único covarde? — Jumpol riu cinicamente, revirando os olhos antes levar seus dedos até a gravata de Phunsawat, o puxando para perto. Enquanto, que com a mão posta sob a cintura de Atthaphan, impulsionou o corpo dele até que Gun batesse contra a quina da mesa, onde estavam anteriormente sentados.
Dessa vez, Atthaphan não teve resposta; Ele foi tão acovardado quanto o homem em sua frente. Que o encarava da forma mais fria possível, fazendo com que seu corpo quente entrasse em uma onda de choque térmico.
— Diga, Atthaphan. — Suplicou novamente, arrastando sua mão até a coxa do mais novo, apalpando sua carne e o impulsionando brutalmente para que ele se sentasse em cima da mesa, fazendo com que ela se movesse e arranhasse o chão.
— Você é o meu amigo, Jumpol Adullkttiporn. — Disse seriamente, antes de lançar para Off um sorriso aberto, e dar a ele uma chave de pernas, o puxando para mais perto e tombando a sua própria cabeça para os lados lentamente. — Mas eu não quero que seja.
— Então eu não serei.
Transbordando seu desejo como uma cachoeira em uma tarde chuvosa, Jumpol ficou a centímetros de distância de Gun, mergulhando seus dedos por seus fios de cabelo, antes de aproximar-se e tomar sua boca como se ela o pertencesse. As línguas raspando uma contra a outra tomadas pela doçura do frescor de mente da bala que Gun sugava com uma fome insaciável a minutos atrás, e o cheiro bruto de Jumpol embriagando ambos os corpos sedentos, que esconderam por anos um sentimento selvagem, que se tornavam cada dia mais incontrolável.
Phunsawat sugou os lábios finos de Off, antes que sua boca descesse até o pescoço do mais velho, e o molhasse com a saliva quente de um beijo áspero, que segundos depois o faria suspirar.
— Gun... estamos na faculdade.
— Você quer que eu seja seu, Papi? — Sussurrou, intencionalmente fazendo com que Off sentisse o ar quente tocar o seu pescoço.
— Sim, Gun...
— Então prove pra mim. E me torne seu, aqui e agora.
— Mas...
— Mostre pra mim, Papi. — Gun tocou o rosto de Off, enquanto sussurrava para ele, com seus rostos ainda em uma distância perigosa. —Mostre pra mim que me quer tanto, que está pouco se fodendo com o lugar.
Phunsawat já não poderia mais ser considerado uma pessoa sã; escrúpulos e limites não faziam mais parte de seu vocabulário, tendo em vista que aquele homem que Gun tanto desejou tomar para si estava entre suas pernas, pronto para fazê-lo se esquecer de qualquer outro homem ou qualquer outra mulher que havia o tocado antes de Off Jumpol.
Homem no qual respeitou o comando, beijando o mais novo com ainda mais vontade, enquanto lentamente abria o zíper da calça de Atthaphan, dando passagem para que sua mão pudesse tocar o pau e apalpa-lo rente a pele quente.
Gun agarrou com sua palma o ombro de Jumpol, o apertando com força enquanto que sua outra segurava firmemente na carteira. Um gemido arrastado saiu dos lábios rosados, quando Off retirou sua mão de onde estava e a lubrificou com sua própria saliva, para aumentar a velocidade de seus movimentos, estimulando cada vez mais a extensão de seu pau enquanto pressionava a glande com o polegar.
— Papi...
O apelido clamado em um tom jamais ouvido por Off o levava ao delírio. Apenas a voz fraca e arrastada sussurrando seu adorável nome fazia Jumpol se sentir cada vez mais inerte, ele sentia seu próprio pau pulsar por dentro de sua calça, lhe causando uma tortura nebulosa.
Enquanto Jumpol o masturbava, Phunsawat lentamente levava uma de suas pernas para baixo, as centralizando no meio das coxas fartas de Adullkttiporn, pressionando seu joelho contra o membro do mais velho, coberto pelo tecido, mas quase saltando para fora.
Adullkttiporn não conteve seu gemido, mas não perdeu o ritmo da masturbação, sentindo o pré-gozo sujar seu dedo, enquanto eles pressionavam e sentiam as veias latejarem. Com mais alguns movimentos, o ápice de Gun transbordou de seu eu, fazendo com que a mesa quase se partisse quando seu corpo foi para trás.
Ofegando, com os olhos marejados, Phunsawat percebeu que as coisas não haviam acabado, Jumpol precisava de ajuda e Gun não deixaria que ele partisse sem entregar ao mesmo o que ele desejava.
— Papi... eu quero te fazer sentir isso também, por favor. - Implorou; a voz ingênua já não se fazia presente em seu atual eu, a rouquidão tomou conta de seu tom enquanto sua mente borbulhava e o levava para outro lugar.
— O que você quer fazer? — Perguntou, sussurrando no ouvido do menor, dando uma mordida fraca em seu lóbulo, sentindo Gun estremecer. — Quero que diga em voz alta.
— Eu quero chupar você.
Com um sorriso fraco surgindo no canto dos lábios de Jumpol, o mais velho puxou Gun para fora da mesa, o assistindo se ajoelhar em sua frente.
As mãos trêmulas fazendo o trabalho de retirar tudo que o impedia de realizar seu impuro desejo. Abrindo a calça e abaixando só o suficiente para que o pau de Jumpol saltasse para fora, fazendo Gun instantaneamente salivar.
A língua quente tocou a glande, em movimentos de vai em vem como um parafuso, enquanto que com sua mão ele massageava a extensão que não havia tomado por toda a sua boca. Sentindo o gosto do pré-gozo, Gun enfim engoliu o membro por completo, o sentindo tocar o fundo de sua garganta com força, e ser brutalmente sugado. Não engasgar foi quase impossível com a rapidez em que a estocada foi dada.
As mãos de Off foram instantaneamente postas sobre a cabeça de Atthaphan, apertadas com força o suficiente para fazê-lo sentir dor. Jumpol o chamava de olhos fechados, sons viciantes nos quais Gun queria ouvir cada vez mais, e para isso estava disposto a tudo.
— Papi... — chamou após se afastar, sentindo a saliva escorrer por seu queixo, vendo o mais velho o encarar embriagado. — Fode a minha boca.
O pedido chegou como um baque que Adullkttiporn não esperava. Mas ele não precisou se preocupar, Gun tinha maestria com o que fazia, ele estava ciente do que viria a seguir e desejava aquilo mais do que nunca. As estocadas vieram com o movimento do quadril, os olhos marejados de Atthaphan não o permitiam ter a visão de êxtase no qual seu amante se entorpecia, mas ele se negava a fechar os olhos, e aquilo deixava Off ainda mais excitado.
Por fim, na última estocada, quando Gun sentiu o pau inchado atingi-lo o mais fundo possível, o mais novo comprimiu sua garganta, fazendo com que ficasse mais apertado e obrigasse Off a encher a boca do mais novo com o líquido quente, que foi engolido de imediato.
Quando ambos conseguirem voltar em sua imparcial sanidade, eles novamente trocaram olhares, percebendo o que fizeram tudo pareceu decair lentamente em sua volta. - Eles haviam ido longe de mais.
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Admiração | OffGun
FanfictionGun Atthaphan é um jovem estudante de fotografia, apaixonado por seu melhor amigo de infância, Off Jumpol, um rapaz popular e desejável. - Através da arte de fotografar, se esconde a ternura e o desejo mútuo, que aos poucos se revela, como uma polar...