— Abrace-o, sim? Olhe pra ele. E deixe a manga rente ao cinto para as estampas se completarem. - Gun pediu aos modelos enquanto observava a imagem das câmeras pertencentes a sua pequena equipe.
Era um estúdio claro, com equipamentos de alta qualidade, haviam pessoas trabalhando por todos os lados. Mas todas pareciam realizadas; existiam muitas partes ruins dentro do mundo da arte que frustrava a maioria das pessoas que seguiam por esse caminho, lista-las seria como recitar um longo pergaminho. Porém, não é só de espinhos que se vive a rosa, um dos benefícios recorrentes de trabalhar com o que ama é que: mesmo lotado de responsabilidades você permanecerá feliz. Principalmente quando o assunto é uma área pouco valorizada onde muitas pessoas sequer conseguem emprego.
— Isso está ficando ótimo. - Arm comentou ao diretor, que sorriu para ele e referenciou-o.
— Que bom que gostou, queria agradecer mais uma vez pela oportunidade Arm.
— Sou eu quem te agradeço por aceitar, e o seu preço foi tão razoável. Ainda acho que deveríamos adaptar.
— Não quero cobrar o preço de um profissional sendo um formando, não se preocupe. Isso já é muito.
— Estou ansioso pelos resultados editados, meus parabéns pelo desempenho. Continue com o bom trabalho.
— Obrigado, vou entregar eles o quanto antes.
— Você tem o contato do diretor de marketing, certo?
— Sim, P'Tay me passou.
— Vou deixar você terminar seu trabalho então, não passe do horário, aproveite a sua noite.
— Pode deixar. - Gun agradeceu e como lhe foi indicado, prosseguiu com o serviço até o final da tarde.
O menor não havia comido nada, mas não queria enfrentar um lugar público para comer, devido ao cansaço. Então voltou para a própria residência afim de preparar o jantar, destrancou a sua porta e tentou ascender a luz, mas nada aconteceu, a escuridão permanecia.
Phunsawat ficou confuso, jurava já ter pago suas contas. O pequeno choramingou pouco antes de aceitar a derrota e correr atrás de velas na cozinha, mas quando chegou, viu a mesa pronta com pratos fartos e velas que pretendia usar já estavam acesas.
— Está com fome?
A voz calma atrás de si o fez dar um pulo e virar-se com a mão no coração:
— Papi! Que susto... céus. Você... você fez isso?— Sim, não sou o melhor na cozinha, mas me esforcei.
Atthaphan virou para observar a comida na mesa mais uma vez, e deixou escapar um sorriso frouxo.
— Aliás, não se preocupe, sua luz não foi cortada. Eu só desliguei o disjuntor para fazer a surpresa, estamos completando mais um mês de namoro hoje. E você está trabalhando tanto, foi mais um motivo para me incentivar a fazer isso.
O menor apertou o passo para roubar um beijo e um abraço apertado do seu parceiro, afogou-se em seu cheiro como uma onda que o atingia desprevenido. "Como podia alguém ser tão bom para si mesmo após anos terem se passado? Como pode alguém nunca enjoar de seu jeito por vezes tão tolo quanto um animal cujo o único sistema de defesa é se esconder?" - Ele pensava sobre isso com pudor, enquanto encarava em silêncio o homem tão belo e alegre na sua frente.
— Obrigado, Papi.
Jumpol acariciou o rosto bem desenhado, e esfregou a pontinha de seu nariz com a dele, encostando suas testas.
— Como foi hoje?
— Estou um pouco cansado, mas foi bem produtivo. E o jogo?
— O que achou dos modelos? O jogo foi bom, mas os jogadores pareciam nervosos em sua maioria.
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Admiração | OffGun
FanfictionGun Atthaphan é um jovem estudante de fotografia, apaixonado por seu melhor amigo de infância, Off Jumpol, um rapaz popular e desejável. - Através da arte de fotografar, se esconde a ternura e o desejo mútuo, que aos poucos se revela, como uma polar...