Gun gostava da casa de Off, tinha um ar de nostalgia, já que o homem gostava de manter memórias do chão ao teto. Os móveis em sua maioria foram presenteados, haviam retratos de sua família e amigos por todo lugar, uma estante de troféus em seu quarto, materiais espalhados na escrivaninha, e uma estante com livros e jogos desnivelados. Era um furacão, mas, extremamente familiar, com muita personalidade.
— Esse lugar me lembra a casa em que eu vivia enfurnado.
— A da minha mãe?
— Sim, mas sem o cheiro de peixe apimentado pela manhã que ela adorava fazer.
— Claro que ela adorava, era o seu favorito. A minha mãe nunca fazia quando você não passava a noite lá.
— É sério? - Ele riu: - Sinto um pouco de falta dela, as vezes sinto falta de onde crescemos.
— O interior era agradável, mas não me passava uma ideia de futuro. Tão pequeno...
— Você gosta da cidade grande, se acomodou bem a capital. - Comentou se sentando na cama: - Está frio aqui.
— Vou fechar a janela. - E ele assim o fez, ligando a luz para que não ficassem no breu: - Você não gosta?
— Eu penso como você, não via muito futuro morando afastado de tudo. Mas gostaria de ver, aproveitamos muito a infância por precisarmos usar a criatividade acima de tudo.
Off suspirou e caminhou até Phunsawat, se sentando ao seu lado:
— Mesmo assim, ir para Paris era uma ideia que te acomodava.
— Eu vou admitir que ouvir a palestra da professora Jenn me abalou um pouco. De manhã eu estava confuso, com as emoções a flor de pele, eu sei que você não quis me chatear com a nossa conversa, tão pouco dizer que o nosso relacionamento não importava tanto quanto o meu futuro, quer dizer... mais ou menos. Mas eu entendo, seu futuro também importa pra mim, eu odiaria ver você recusar uma proposta incrível só para não acabar com o nosso relacionamento. Afinal, se pertencermos mesmo um ao outro o universo da um jeito de fazer com que nossos caminhos se cruzem mesmo que precisemos nos afastar. Mas eu não quero que isso aconteça, já perdemos tanto tempo, Papi. - Gun suspirou: - Eu sou paciente, mas... não aguentaria esperar mais.
Adulkittiporn o encarou em silêncio, tocou seu rosto e aproximou-se. Beijando sua bochecha e dispondo um selinho na boca macia, que parecia sempre tão receptiva para ele. Aquele beijo lento que agora sentia com tanto gosto era como uma porta trancada à qual Jumpol tinha a chave. Não demorou para Phunsawat tê-lo por cima de seu corpo mais uma vez.
— Ainda sou um pouco adolescente quando estou com você. Tudo parece ser a flor da pele, o medo de perdermos algo que demoramos tanto para conseguir... - Off sussurrava, como se estivesse contando um segredo que somente Atthaphan poderia ter acesso.
— Nos tira um pouco de maturidade, eu sei.
— É difícil, precisamos trabalhar nisso.
Gun acenou, o puxando mais uma vez. Sentindo os lábios tocarem sua mandíbula, e então o pescoço, escutando e sentindo a risada e Jumpol rabiscando sua pele.
— Isso faz cócegas. - Phunsawat riu também.
— Desculpa, acabei de sentir um gosto forte de perfume.
O menor riu mais alto, cobrindo os olhos.
— Não tenho culpa, não esperava te encontrar hoje.
— Que bom que estava errado. - Respondeu, beijando a região mais uma vez, sem se importar com o amargor. Sentindo os dedos de Atthaphan acariciar e arranhar a sua nuca, descendo até a barra da blusa que tirou pacientemente.
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Admiração | OffGun
Fiksi PenggemarGun Atthaphan é um jovem estudante de fotografia, apaixonado por seu melhor amigo de infância, Off Jumpol, um rapaz popular e desejável. - Através da arte de fotografar, se esconde a ternura e o desejo mútuo, que aos poucos se revela, como uma polar...