Seu por inteiro

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Gun sorriu para o próprio celular. Ele estaria disposto a enfrentar a tempestade por ele, mas era penoso ambos não darem ao menos um tempo para sentirem falta um do outro.

O menor disse ao telefone que talvez fosse, ou talvez não. O toque de mistério e o tom de uma esperança vazia não fez Jumpol se sentir tão confortável, ele queria uma certeza que Gun não parecia disposto a dar.

Por mais que a intenção fosse exatamente essa, não demorou muito para Atthaphan cair na estrada, e as rodas daquele carro limpo jogarem água por onde passavam.

O rapaz também tinha acesso livre para o apartamento do namorado, o porteiro o conhecia bem, e até sorria amigavelmente quando o homem passava pelo térreo em direção ao último andar

As batidas na porta levantaram Jumpol automaticamente, ele girou a maçaneta e o rosto cansado agora parecia brilhar.

— Talvez sim. - Off comentou sorrindo.

— Talvez sim. - Repetiu como um tom fleumático, e Jumpol sinalizou para que ele entrasse. Foi o que o fez, deixando a bolsa pendurada sob o cabideiro ao lado da porta. — Você ainda está com o uniforme. - Apontou, passando os dedos por cima dos botões.

— Não tive disposição para levantar e trocar. Foi um treino pesado.

— Vá tomar um banho para que eu faça a massagem que você quer, sim? - Ele comentou, acariciando o rosto cansado.

— Me espera no quarto?

— Eu vou.

Com um olhar grato e devoto, Jumpol se virou e entrou no próprio aposento. Gun o assistiu escolher suas roupas e em silêncio sorriu, mas aquele homem não notou, pois não se virou para ver o que seu namorado via. - Algo que definitivamente ia além do visível.

Poucos minutos depois ele saiu, estava com uma calça de moletom e os pés cobertos, mas seu tronco estava despido, e foram agraciados pelas mãos longas e macias que apertava e massageava sua pele naquele instante tão sensível. Gun estava sentado atrás de Jumpol sob a cama, o homem no qual mantinha as pálpebras coladas e aproveitava o feito de Atthaphan com bom grado.

— Está cheio de nós. Você deu tudo de si hoje, queria ter assistido.

— Vou ter um teste para decidir as posições de cada jogador na próxima semana, segunda-feira. Você vai ter a chance de me assistir, aí sim será importante.

— Eu vou estar lá, com certeza. - Foi o que ele disse, completando com um selinho macio nas costas do mais velho, que sorriu ao sentir. - Está melhor?

— Muito melhor.

Off se virou e segurou a cintura do pequeno com um a mão, tocando sua coxa e puxando sua perna com a outra, fazendo com que ele se deitasse no colchão e permitindo que o mais velho ficasse por cima. O susto atingiu Atthaphan em cheio, ele não esperava o ato repentino.

— O que está fazendo? - Perguntou confuso, sentindo os dedos de Adulkittiporn acariciar sua coxa que estava coberta pelo tecido fino do cetim vermelho.

— Apenas observando. - Off tinha entendido o que Gun quis dizer, mas mesmo assim ele havia feito a pergunta errada.

— O que você quer fazer? - Corrigiu.

— Eu quero ter você.

— Eu já sou seu.

— Eu quero dar mais de mim para você. Quero ter você. - Repetiu. - Quero ser seu inteiramente. Eu permiti que você me visse e me sentisse de muitas formas diferentes nos últimos vinte e cinco anos, entreguei quase tudo de mim a você.

Admiração | OffGunOnde histórias criam vida. Descubra agora