Garota Encrenca[Concluído]

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Bruna Yene Cristin

Loren voltou estranha, desconversava quando tentava saber o que tinha acontecido e bebia exageradamente, como se nada importasse.

Tínhamos que ter a parado mas não fizemos. Ela subiu encima do palco, dançou ao lado de Spencer, o Dj e cambaleante se desequilibrou na beirada e tombou para frente, caindo com tudo no chão. Logo um alvoroço foi formado envolta de seu corpo desacordado e sangue escorria de um corte em sua testa.

Nick deixou o copo cair no chão e saiu abrindo caminho entre todos. Ele a pegou no colo e seguimos para o carro.

- O que houve ? Ah meu Deus, ela morreu ? - Geysa se desesperou. - Me dê as chaves, onde estão... - Nick lhe deu.

De nós, estavam sóbrios o suficiente para saberem o que faziam.

Eu concordei e entrei, sentindo meu coração acelerar cada segundo.

Nick a deitou no banco de trás e sentou, posicionando sua cabeça encima de seu colo, tirando algumas mechas e cutucando o ferimento.

- Ei idiota, não faça isso - Adverti meio grogue.

Tinha tudo para dar certo mas algo havia dado errado e destrambelhado tudo.

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- Vocês estão bêbados? - A recepcionista indagou, cerrando os olhos para nós.

- É uma emergência. Nossa amiga tá morrendo - Bradei alterada.

Enquanto Loren não parava de jorrar sangue pela testa, aquela mulher se preocupava e questionava o quanto parecíamos bêbados.

Se conseguimos chegar até ali, não estávamos tão ruim quanto aparentávamos.

Enfermeiros logo chegaram com uma maca e a colocaram, adentrando para um corredor que dava a emergência.

- Vou precisar dos dados da paciente. O que vocês são dela ?

- Amigos - Geysa respondeu.

O restante do pessoal chegou e se colocou ao seu lado. Vi Math ao telefone com alguém, andando de um lado para o outro e Rick o acompanhando com o olhar. As meninas conversavam apreensivas com Josh e Nick olhava para os próprios pés.

Todos em seus próprios mundinhos.

Geysa, sendo de maior, se responsabilizou por todos nós e ainda conseguiu com que nos dessem remédios para dor de cabeça.

Como sempre, cuidava de mim e de todos que a rodeavam. Ela tinha ficado feliz ao saber que havia feito amigos, que aceitavam-me como eu era e não me desprezaram e me fizeram motivo de chacota. Foi um choque para nós duas ao saber da decisão que meus pais haviam tomado para me afastar dela mas não adiantou.

"Eu vou querer conhecê-los, até posso pedir para que fiquem de olho em você", ela disse certa vez e ri.

Daniel entrou em disparada e nos encarou com o olhar perdido. Atrás dele, uma mulher e um homem se dirigiam a recepção.