24 | sєrмασ

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Viemos o caminho em silêncio. Sabia que meus pais estavam se controlando para não começar com um bombardeio de perguntas. Então, me adiantei e dei início a um diálogo amigável.

Durante minha conversa com Bruna e Nick, pude saber tudo que acontecerá, desde minha volta até minha queda. Não tinha dúvidas de que tinha exagerado e causado uma preocupação desnecessária em todos.

- Vocês quietos, é pior do que falantes.

- Sua diretora nos ligou - Papai comentou.

Claro que ela ligaria. Numa hora daquelas, eu estaria , com Bruna em meu encalço, tagarelando.

- O que foi tudo aquilo ? - Mamãe questionou.

- Eu exagerei nas doses de diversão- Ri sem humor. - Sabe como é, jovens...

- Essa diversão Loren, poderia ter levado sua vida e acabado com a dos outros - Advertiu meu pai.

Papai nunca se alterava, sempre buscava manter a calma perante as situações.

Suspirei, revirando os olhos.

Estacionou e descemos, adentrei a residência e subi direto para meu quarto.

Não tínhamos muito o que conversar. Havia como reparar e era não fazendo de novo ou com moderação.

Peguei uma camisa desgastada que ia até os joelhos e segui para o banheiro. Me despi e liguei o registro, indo para debaixo da água morna, dando uma relaxada.

Após terminar o banho, desci para comer algo decente. Esquentei uma lasanha no micro-ondas e subi.

Terminei de comer, escovei os dentes e me deitei, fitando o teto.

∴━━━✿━━━∴

Acordei na manhã seguinte com a luz do sol batendo na minha cara. O sol sempre sendo o primeiro a me dar o ar da sua graça. Ainda sonolenta, sentei na cama e cocei os olhos, bocejando.

Fiquei algum tempo comtemplando o nada, até me dar conta de que precisava sair da cama e enfrentar a realidade lá fora. Saltei da cama, rumo ao banheiro e em vomo todas as manhãs, fiz minha rotina matinal e troquei a camisa velha por um short azul, uma regata preta e coturnos escuros. Prendi os cabelos num coque e desci para a cozinha, sentindo minha barriga dar sinal de vida. Era automático.

- Filha você está linda - Mamãe elogiou assim que entrei na cozinha.

Senti que aquilo foi por pura educação ou carinho, pois minha cara amassada e com olheiras, deixava claro que minha aparência não estava das melhores.

Mas mães sempre achavam seus filhos lindos mesmo que eles se parecessem com aliens.

- Bom dia - O babaca se juntou á nós.

Não ia me deixar abalar facilmente com sua presença ou com seu olhar sobre mim.

- Bom dia bebê - Mamãe lhe deu um beijo na bochecha e ri.

- Não acha que esse "bebê" - Fiz aspas, os olhando. - É crescido demais ?

- Eu não sou mais um bebê mãe, pare com isso - Ele a repreendeu.

- Pra mim nunca - Ela apertou novamente. - Vocês serão sempre os meus bebês.

- Ah melação demais pela manhã, é prejudicial à saúde.

- Loren, vá tomar seu café da manhã. Você ainda irá voltar para o colégio hoje - Ela conseguiu desmanchar meu sorriso. De doce, ficou amargo.

Garota Encrenca[Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora