Sentimedos II

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Daniel

Depois das palavras da minha mãe, fui para o quarto e me deitei. Todas as palavras ecoavam na minha cabeça repetidamente. Não queria que ela me odiasse mais ainda. Não queria que suas lágrimas fossem por minha culpa. Peguei pesado em dizer tudo aquilo e me arrependo por ter aceitado esse acordo, nem sei se a patty vai realmente cumprir com a sua palavra e não pensei nas consequências direito.

- Dani recebemos as convocações - minha mãe apareceu com uma carta em mãos

- E o pai ? - sentei

- Temos que contar a ele. De um jeito ou outro ele iria saber - se sentou ao meu lado

- Por que ela não assume que sente o mesmo por mim ? - me referia a piralha

- Daniel é díficil acreditamos em algo que nunca sentimos. Loren dava estar confusa assim como você, acho que precisam de um tempo - ela acariciou meus cabelos

- Não estava nos meus planos me apaixonar ou coisa e tal, ainda mais pela minha meia irmã - ela riu

- Nem sempre está nos planos da gente mas quando você percebe já aconteceu - riu

- Bem isso - suspirei

Ouvimos um barulho. Passos no corredor e a porta do quarto dela se fechando.

- Seu pai chegou - ela suspirou

- Quer que eu conte ? - segurei a mão dela

- Não eu sei lidar com o chilique que ele vai ter - rimos

- Boa sorte - deitei denovo

- Não vou precisar querido - ela piscou

Saiu do meu quarto e fechou a porta.

Loren

- Loren Duane Triss eu sou o advogado que está cuidando do seu caso - estendeu a mão - Sou Oswaldo Guttemberg.

- Por que diabos eu ainda estou aqui ? - apertei sua mão forte

- Estavam analisando seu caso. Irão começar a interrogar algumas pessoas e...

- Depois de uma semana ? Que merda estavam fazendo ? Eu iria apodrecer aqui ? - dei chilique

- Poderíamos conseguir um...

- Só me tire daqui advogado - bufei

Eu tinha um advogado. Poderia pedir a ajuda dele para achar os parentes da Val ou cuidar do caso dela também. Isso eu iria fazer...

- Vim te informar, que você será questionada também - ele analisava uns papeis

- Doutor...

- Só Waldo, sem formalidades - sorriu

- Então Waldo, eu gostaria que o senhor analisasse um caso, ou encontrasse umas pessoas para mim.

- Sou advogado não detetive - ele riu

- Tanto faz. Tenho uma amiga aqui traficante, ela pegou 10 anos de prisão e não tem notícias do filho, mãe e talls. Como o senhor é advogado, sei lá poderia procurar saber disso pra mim - sorri

- Por quê ? - arqueeou as sombrancelhas

- Digamos que ela é minha anjinha endiabrada.

Garota Encrenca[Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora