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Parte I.

Daniel Duane Triss

E a pirralha volta a ser a mesma de antes e ataca novamente. Confesso que prefiro assim pois sei que é ela, o ruim nisso tudo é que vou ter de comprar cuecas novas mas tudo bem.

Levanto e me arrumo, pego a mesada que venho guardando e saio do quarto. Bato na porta da pirralha e nada. Bato mais algumas vezes e nada.

- Ei mãe cadê as chaves reservas da casa ? - pergunto ao ver minha mãe na porta de seu quarto, com um roupão e uma cara de quem acabará de acordar.

- Tá na gaveta, lá cozinha filho - ela responde.

Desço as escadas seguindo para a cozinha e abro as gavetas do armário até achar um chaveiro com várias chaves diferentes. Pego-o e subo, abro o quarto da pirralha e entro, subindo encima dela que logo protesta ao sentir meu peso.

- Seu Moby Dick sai do meu quarto! Afinal quem autorizou você à entrar ? Vaza daqui ou vou te dar uma surra - ela me bate no peitoral, tentando me empurrar.

- Eu que deveria te bater né criatura pois você ferrou com as minhas cuecas - ela para e começar a rir descontroladamente.

Reviro os olhos.

- Melhor que você compra novas, aquelas já estavam velhinhas e bem que você está precisando renovar - gargalha.

- Vamos no shopping comigo - peço autoritário.

- Não, agora sai pra mim poder voltar a sonhar com o Taylor - ela me empurra.

- Quem é esse Taylor ? - arqueio as sobrancelhas.

- Meu futuro marido Taylor Caniff - ela responde sorrindo boba.

- É Mesmo ? Pede pra ele te levar ao Mc Donalds e tals - levanto a olhando.

- Vou comer tudo que tiver direito - ela levanta apressada e me empurra pra fora do quarto. - quinze minutos eu desço, não vá sem mim babaca.

- Eu posso ficar aqui, nada que eu já não tenha visto - sorrio malicioso.

Na hora ela fecha a porta na minha cara e desço sorrindo, relembrando da nossa primeira vez. Os minutos passam e quando estou pra subir impaciente por esperar tanto a mesma aparece, linda, usando um short jeans escuro, uma blusa de basquete, um all star preto e os cabelos soltos. A minha pirralha linda.

- Já pode parar de me comer com os olhos. Vamos logo que eu tô com fome - diz com as mãos na cintura.

- Me diz quando você não tá pirralha - rio.

- Quando estou dormindo. Se bem que às vezes, a comida aparece nos meus sonhos... - bufo.

Maluca.

Que tu gosta.

- Vamos vai. - puxo-a antes que acabamos desistindo e não indo a lugar algum.

Saímos de casa, andando um do lado do outro. Passo meu braço ao redor da sua nuca e ela sorri. Seguimos o caminho assim, um desfrutando da companhia do outro. Entramos no shopping e seguimos para a praça de alimentação, ela senta e manda que eu faça os pedidos. Nada folgada. Observo-a sentada, mexendo no celular e os olhares masculinos em sua direção. Pego os pedidos após pagar e sento, colocando na frente dela.

Garota Encrenca[Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora