Capítulo Dezenove

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Ficou olhando-a por alguns instantes e viu Callie recostar-se na parede, ainda nua, mirando o teto.

Via que ela não estava sendo sincera no que havia acabado de dizer, estava tentando afastar-se. Lembrou-se imediatamente do que seu estagiário Levi havia lhe dito sobre a vida pessoal de Calliope, onde havia comentado sobre o fato de ela nunca se envolver com ninguém.

Sentiu o coração apertar, percebeu que estava sendo descartada. Então se aproximou de suas roupas que estavam espalhada pelo chão e muito magoada, começou a vestir-se.

Torres continuou imóvel, ali colada na parede, ainda podia sentir a pele de Arizona contra a sua, seu cheiro, seu gosto.

Então, de repente, sentiu mãos tocarem suas pernas.

Abriu os olhos imediatamente e viu aquela linda mulher de joelhos a sua frente, afastando suas pernas.

Quis afastar-se imediatamente, mas era tarde, o desejo já tomava conta de seu corpo no momento em que viu Robbins tocar os lábios em seu sexo.

O toque era inseguro, mas excitante. Callie então sentiu a língua macia invadir seu íntimo e num impulso alucinado, segurou os cabelos loiros de Arizona, arqueando os quadris contra aquela língua úmida, rendendo-se totalmente à paixão.

Robbins delirava com a experiência nova, sentia o gosto suculento de uma mulher, sentia o gosto de Callie e adorava.

A cada minuto sentia seu sabor em sua boca e isso a encorajava, a induzia a ser mais ousada. Então ela passou a sugá-la e foi como se chupasse uma fruta doce, que se desmanchava em sua boca audaciosamente.

E então, neste momento, sentiu a boca ser inundada pelo mel do orgasmo de Calliope, e Robbins sentiu-se a mulher mais feliz do mundo ao sentir que proporcionara a Torres o mesmo prazer que antes ela havia lhe dado.

Olhou para cima e deparou-se com os olhos brilhantes da morena, que a olhavam de maneira intensa enquanto ainda arfava e transpirava.

Arizona mantinha-se de joelhos, ainda beijando aquela fenda quente e os olhos se encarando, não havia nada a dizer.

Elas sabiam exatamente o que estavam sentindo e o que estava acontecendo. Naquele momento, as palavras eram desnecessárias, como nunca antes havia sido entre elas. Não se era preciso ser mágico, ou adivinha para saber o que elas sentiam naquele momento.

Em Nome Da Verdade | Calzona VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora