Capítulo Quarenta e Oito

477 38 21
                                    

Lucia nunca havia se imaginado fazendo algo do tipo, mas era por uma boa causa, sabia que aquilo faria sua filha feliz, e ela merecia depois de tudo o que sofreu para proteger o sobrinho.

Depois de tudo feito, ela discou o número do celular de Arizona.

- Alô? - Disse Robbins, encostando o carro na estrada.

- Arizona, minha querida, quero que traga a Callie direto para a casa dela, ok? Mas não fale nada a respeito...

- Tudo bem, sem problemas... - Disse Arizona, olhando de leve para Torres, que mirava a janela do carro.

- Vende-a. - Falou Lucia, de surpresa.

- O quê?

- Vendar os olhos dela, afinal é uma surpresa.

- Tá bem, darei um jeito.

- Um beijo, querida. Não demore, está anoitecendo.

Arizona desligou e abriu o porta-luvas do carro, retirando uma flanela, olhou para Callie e sorriu. A latina sem entender muito, apenas tocou a mão de Arizona, e sorriu de volta.

- O quê você vai fazer?

- Te vendar.

- Mistérios?

- Surpresa!

- Eu devo ter medo?

- Estando comigo, nunca! - Dizendo isso, a loira inclinou-se sobre Callie, vendando seus olhos com cuidado.

- Estou confiando. - Disse, já de olhos vendados.

- Pode confiar.

- Olha, só pra te avisar, quando chegarmos na casa da mamãe, vamos fazer um curativo nesse seu machucado. Você nem me disse o que aconteceu.

Arizona voltava para a estrada em caminho a cidade, que já estava próxima.

- É, foi o Owen, amor...

- Como?! Aquele idiota!

- Calma, calma! Foi na delegacia, eu tinha que ir falar com ele.

- Mas aquele imbecíl, se eu ponho as mãos naquela cara de pau dele... Nem sei o que faço...

- Não se preocupe, ele não vai nos perturbar tão cedo. Foi ele, Callie.

- Ele o quê?

- Ele que fez tudo, ele e o King. Ele que matou Burke...

Torres respirou fundo, e disse:

- Vamos deixar pra conversar sobre isso uma outra hora...

- Não vamos estragar o nosso dia...

- Tá chegando?

- Tá sim amor, não falta muito.

E Robbins estaciona em frente a clínica de Callie, onde nos fundos fica sua residência, simples, mas bem arrumada.

- Chegamos...

- Então eu posso tirar isso dos olhos?

- Não, só quando entrarmos, deixa de ser apressada mulher!

- Tá, tá! - Dizia tirando o cinto de segurança.

Arizona desceu do veículo e foi abrir a porta para Callie

- Vamos bebê, desce, eu te ajudo.

- Assim eu vou me acostumar mal, eu estou avisando.

- Você reclama demais, me deixa te mimar, vai? - Dizia Arizona com uma expressão tão fofa, que se Callie estivesse sem a venda, provavelmente derreteria... Mas isso aconteceu mesmo assim.

Em Nome Da Verdade | Calzona VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora