Em Nome Da Verdade | Calzona Version

Capítulo Trinta e Cinco

Na casa de Aria, o celular toca, e ela pede licença para atender mais distante. Teddy e Thiago, apenas acenaram com a cabeça concordando.

- E então? Eles ainda estão aí? - Questionou ma voz masculina.

- Sim, estão. Eu os seguro o máximo? - Falava baixo para que não fosse ouvida.

- Faça o que puder, mas não deixe que eles saiam, e em hipótese alguma, que chamem a polícia, ok?

- Ok, a loirinha advogada está vindo pra cá. A seguro também?

- Ela principalmente.

- Tá certo.

E mais essa chamada misteriosa foi encerrada...

E Aria voltou a sentar-se no sofá junto aos dois esperando Arizona chegar. Seu noivo e seu filho ainda dormiam.

Levi, agora já amordaçado, restava-lhe apenas esperar. Os dois homens conversavam sobre besteiras, coisas que não dava para entender, Schmitt pedia a Deus para sair dali o mais rápido possível.

Owen, que já havia saído de casa, encontrou-se com King próximo a um posto de gasolina, onde dali pegaria a pequena estrada de terra onde levaria ao cativeiro, onde Levi estava. Deixou seu carro ali, e entrou no carro preto de King, sem trocar nenhuma palavra para não levantar suspeita alguma.

Tudo feito rapidamente, e eles seguiram até o lugar, Owen apenas olhou para King, e jogou no banco de trás um envelope laranja, provavelmente o pagamento.
King como bom negociante, disse:

- Depois confiro, se faltar um nota, já sabe, certo, doutor? - Avisou, sempre usando de uma ironia invejável.

- Você sabe que pago bem.

E mais uma vez o silêncio reinou. Não demorou muito e eles desceram do carro. Owen e King cobriram o rosto, não queria, nem podiam ser reconhecidos.

Robbins chegou a casa de Aria, e como todos a esperavam, a atropelaram de perguntas.

- Aonde você foi esse tempo todo, Arizona? - Perguntou Teddy, a abraçando.

- E por quê demorou tanto? Num caso desses, tempo é o que menos temos. - Falou Thiago, apenas levantando-se do sofá.

Até Aria se pronunciou, cínica, no mínimo.

- Já estava pensando que tinham te pagado.

- Calma, gente, eu estou bem. O problema é o Levi, certo? - Dizia, tentando organizar as ideias. - Vocês não falaram com a família dele, não né?

- Como, Arizona? Não temos o telefone, e não poderia pedir que você fizesse isso sem ser pessoalmente. - Falou Teddy, sentando-se novamente.

- Ainda bem, porque a família dele nem é daqui, e já perderam o contato faz tempo, poderia gerar problemas para ele. - Aria gesticulou para que Robbins também sentasse. Estava perto do almoço e a loira estranhou que o noivo, nem o filho tivessem acordado. Mas no momento, Levi lhe preocupava mais. - Tá, tamos ter calma. Uma coisa de cada vez. Altman, você viu a placa do carro?

- Não, mas o Thiago viu, e descobrimos que é alugado.

- Ok, e ligaram para a empresa perguntando no nome de quem?

- Não, nem pensamos nisso, não é Teddy?!

- Então liguem, a polícia, tenho meus contatos, mas prefiro avisar quando soubermos quem está alugando o carro.

- O Owen poderia ajudar, não Arizona?

- É, vou ligar para ele. - "Espero, que pra isso ele sirva"

A advogada tentou o celular, mas logo lembrou que estava escondido entre suas coisas, desde a mentira do soco que ele havia levado no nariz, então ligou pra sua casa. Um, dois, três, toques, e nada. Ninguém em casa.

Teddy e Thiago conseguiram o nome de quem havia alugado o carro, poderia ser apenas um "laranja", afinal, ninguém nem sabia se era mesmo um sequestro. O nome era: Pablo Monteiro.

Robbins, depois que desistiu de falar com Hunt, ligou para seu amigo delegado, pedindo que a ficha desse tal Monteiro, fosse tirada, seria um favor, primeiramente. Logo, se encontrado algo, iriam a casa dele.

O plano era:

Altman iria ao apartamento de Schmitt, já que ele deixou sua pasta com os documentos e as chaves de sua residência. Arizona, rapidamente conseguiria o endereço dele, e assim Teddy ficaria encarregada de receber algum telefonema, caso o sequestro fosse confirmado.

Robbins e Thiago iriam encontrar o Monteiro, e assim chegar ao carro onde estaria Levi. E daí sim, com apoio policial, achar o rapaz.