Capítulo Vinte e Quatro

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Arizona saiu do quarto em direção a sala de espera, onde alguém a esperava.

- Eu tentei te ligar, mas o seu celular só dava desligado, então eu resolvi vir pessoalmente.

- Nossa, é que eu não trouxe carregador e eu... - Robbins não esperava uma visita de Richard, afinal era domingo.

- Não explique, doutora. Como ela está? - Perguntou iterrompendo a loira.

- Está melhor, amanhã volta para o presídio.

- E sobre o caso, não é necessário que eu te avise sobre os riscos.

- Eu sei, Richard. Não se preocupe, eu estou fazendo tudo certo.

- E a família dela? Eu cuidei para que as visitas não fossem restritas. Quem passou a noite aqui?

- Er... Eu. - Coçou a cabeça. O que o chefe poderia pensar?

- Arizona, Arizona... Eu não tenho nada haver com a sua vida pessoal, mas tome cuidado. E o Owen?

- Ele... ele está em casa, eu acho. Eu preferi ficar.

- Cuidado pra que esse caso não atrapalhe o seu casamento. Você sabe que o amor de vocês é raro.

- Richard, eu não estou fazendo nada demais, chefe.

- Espero, Arizona... Espero.

Webber informa Robbins sobre a hora do julgamento, seria pela manhã, daqui há exatamente duas semanas.

Pouco tempo, pensava a loira, tinha muita coisa para descobrir.

Despediu-se de Webber, passou no refeitório e comeu um sanduíche natural. Voltando ao quarto, pegou Torres de pé, mexendo na sua bolsa.

- Mas... O que é isso, Calliope?!

- Não, não é nada do que você está pensando, Ari. Eu só... - Robbins pegou a bolsa da mão de Callie, e na hora algo caiu no chão. - Era só um presentinho.

- É lindo.

- Quero que leve pra você. - Era um medalhão daqueles em que tinha duas fotos. Arizona não abriu, mas mal sabia ela que não era apenas um presentinho, talvez a ajudasse em algo. Robbins guardou o presente de Callie e a abraçou em agradecimento. - É algo muito importante pra mim, tá? - Falava a morena, de mãos dadas com Arizona, indo até a cama.

- Pode deixar, eu vou cuidar direitinho. Vou te entregar quando te soltarem.

- Aiai, Arizona, não sei não...

- Por que você não me conta? Eu posso ajudar. Se você me ajudar, eu posso conseguir.

- Eu não posso! - Disse, sentando-se na cama.

- Mas porquê? Só estamos eu e você aqui!

- Não insiste, Arizona, eu não posso! Você pode até conseguir, mas sem a minha ajuda.

Robbins ficou brava com aquilo. Claro que se Torres dissesse a verdade, a loira poderia resolver tudo.

"Mas qual o motivo pra essa latina teimosa não querer me ajudar? Aliás, se ajudar?"

"Arizona Robbins... Sua vida está uma bagunça."

A advogada se sentou na poltrona emburrada, sua carreira dependia da "boa vontade" de Callie em ajudá-la. Estava se sentindo uma idiota com toda essa situação.

Já Callie apenas torcia para que a loira se lembrasse da medalha e a visse, e logo. Quanto antes melhor. Não podia dizer nada a Arizona, se ela pudesse...

"Se eu pudesse, loirinha, se eu pudesse!"

E assim se passou a noite, Arizona sentada na poltrona e Callie olhando para a janela do quarto.

Robbins ligou o celular, viu mais uma ligação de Owen, e dessa vez um número que fazia tempo que não dava notícias, Teddy.

A loira guardou o celular, não iria retornar uma ligação no meio da madrugada, mas logo cedo ligaria. Poderia ser importante.

E assim, mais um dia raiou. E este, seria decisivo para ambas.

Em Nome Da Verdade | Calzona VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora