Arizona saiu do quarto em direção a sala de espera, onde alguém a esperava.
- Eu tentei te ligar, mas o seu celular só dava desligado, então eu resolvi vir pessoalmente.
- Nossa, é que eu não trouxe carregador e eu... - Robbins não esperava uma visita de Richard, afinal era domingo.
- Não explique, doutora. Como ela está? - Perguntou iterrompendo a loira.
- Está melhor, amanhã volta para o presídio.
- E sobre o caso, não é necessário que eu te avise sobre os riscos.
- Eu sei, Richard. Não se preocupe, eu estou fazendo tudo certo.
- E a família dela? Eu cuidei para que as visitas não fossem restritas. Quem passou a noite aqui?
- Er... Eu. - Coçou a cabeça. O que o chefe poderia pensar?
- Arizona, Arizona... Eu não tenho nada haver com a sua vida pessoal, mas tome cuidado. E o Owen?
- Ele... ele está em casa, eu acho. Eu preferi ficar.
- Cuidado pra que esse caso não atrapalhe o seu casamento. Você sabe que o amor de vocês é raro.
- Richard, eu não estou fazendo nada demais, chefe.
- Espero, Arizona... Espero.
Webber informa Robbins sobre a hora do julgamento, seria pela manhã, daqui há exatamente duas semanas.
Pouco tempo, pensava a loira, tinha muita coisa para descobrir.
Despediu-se de Webber, passou no refeitório e comeu um sanduíche natural. Voltando ao quarto, pegou Torres de pé, mexendo na sua bolsa.
- Mas... O que é isso, Calliope?!
- Não, não é nada do que você está pensando, Ari. Eu só... - Robbins pegou a bolsa da mão de Callie, e na hora algo caiu no chão. - Era só um presentinho.
- É lindo.
- Quero que leve pra você. - Era um medalhão daqueles em que tinha duas fotos. Arizona não abriu, mas mal sabia ela que não era apenas um presentinho, talvez a ajudasse em algo. Robbins guardou o presente de Callie e a abraçou em agradecimento. - É algo muito importante pra mim, tá? - Falava a morena, de mãos dadas com Arizona, indo até a cama.
- Pode deixar, eu vou cuidar direitinho. Vou te entregar quando te soltarem.
- Aiai, Arizona, não sei não...
- Por que você não me conta? Eu posso ajudar. Se você me ajudar, eu posso conseguir.
- Eu não posso! - Disse, sentando-se na cama.
- Mas porquê? Só estamos eu e você aqui!
- Não insiste, Arizona, eu não posso! Você pode até conseguir, mas sem a minha ajuda.
Robbins ficou brava com aquilo. Claro que se Torres dissesse a verdade, a loira poderia resolver tudo.
"Mas qual o motivo pra essa latina teimosa não querer me ajudar? Aliás, se ajudar?"
"Arizona Robbins... Sua vida está uma bagunça."
A advogada se sentou na poltrona emburrada, sua carreira dependia da "boa vontade" de Callie em ajudá-la. Estava se sentindo uma idiota com toda essa situação.
Já Callie apenas torcia para que a loira se lembrasse da medalha e a visse, e logo. Quanto antes melhor. Não podia dizer nada a Arizona, se ela pudesse...
"Se eu pudesse, loirinha, se eu pudesse!"
E assim se passou a noite, Arizona sentada na poltrona e Callie olhando para a janela do quarto.
Robbins ligou o celular, viu mais uma ligação de Owen, e dessa vez um número que fazia tempo que não dava notícias, Teddy.
A loira guardou o celular, não iria retornar uma ligação no meio da madrugada, mas logo cedo ligaria. Poderia ser importante.
E assim, mais um dia raiou. E este, seria decisivo para ambas.
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Em Nome Da Verdade | Calzona Version
Fiksi PenggemarCalliope Torres, após assumir a culpa pelo assassinato do cunhado, recebe ajuda de dois advogados, fazendo com que os mesmos fracassem em seu caso, assim acabando com a imagem de ambos. Arizona Robbins, após assumir o caso Callie Torres, luta para p...