Deitados na cama lado a lado, conversavam sobre o mais novo caso de Owen. Arizona não estava nem um pouco interessada naquela conversa, mas estava sem sono e preferia deixá-lo falar de outros assuntos, fazendo-o se esquecer de perguntar qualquer coisa que fosse sobre o caso Callie Torres.
Ouvir o marido falar sem parar não a fez sentir sono, ao contrário, ele mesmo havia dormido no meio da conversa. Arizona só notou isto quando ouviu o ruído dos roncos do marido. Resignada, levantou-se e desceu para a sala. Preparou uma dose dupla de whisky e sentou-se na poltrona na sala onde ficava a imensa televisão. Ligou-a e passou a navegar por todos os canais sem interessar-se por nenhum. Novamente pensava no beijo.
E quando ela o fazia, pensava em tudo o que havia sentido naquele momento e no instante seguinte pensava no que aquilo poderia significar, então ela sentia medo. Um medo absurdo. Medo por ter gostado e muito de ser beijada por uma mulher.
Arizona tentava parar, mas imaginar cada instante novamente daquele beijo a estava excitando. Sentiu seu sexo reagir, sentiu o corpo em chamas. Ela então levantou-se e subiu quase correndo as escadas em direção ao quarto.
Aproximou-se de Owen e começou a beijar seu rosto. Ele acordou imediatamente surpreendendo-se com a atitude da esposa:
- O que foi querida, bebeu demais?- Perguntou ele ainda sonolento, virando-se para a esposa que já estava nua sobre seu corpo. Imediatamente ele dispertou e segurando-a pela cintura, deitou-a na cama e aninhou seu corpo sobre o dela beijando-a impulsivamente.
Foi impossivel para ela deixar de comparar o beijo. O beijo era rude, forte, quase agressivo. Os lábios não eram macios, nem delicados, a língua que agora invadia sua boca não era úmida e saborosa.
Ela então, na tentativa de esquecer-se do que havia ocorrido naquela tarde, fechou os olhos fortemente enquanto se deixava ser invadida por seu marido, que já encontrava-se muito excitado.
Mas ao fechá-los, tudo o que surgia em sua frente era aquela boca, aquela língua, aquele beijo interminável, aquelas mãos precionando sua cintura...
E Arizona gozou como há muito tempo não ocorria. Owen, muito empolgado, repetiu o ato sexual por muitas e muitas horas aquela noite. Por muitas e muitas horas Arizona manteve-se de olhos fechados e por muitas horas, vendo-se sendo beijada por Callie Torres.
Naquela manhã tudo estava às mil maravilhas. Owen acordara radiante, beijando Arizona e ainda recordando-se da noite anterior, no momento em que tomavam o café juntos:
- Que bom saber que nosso casamento está bem, querida. - Disse ele piscando-lhe os olhos. - Você esteve maravilhosa esta noite.
- Você... Que foi maravilhoso, querido. - Retrucou ela, sentindo-se culpada. Ela não havia estado na cama com o marido, esteve o tempo todo na cela fria beijando Callie! Isso a estava deixando apavorada. Ela então sorriu para o marido e levantou-se apressada: - Preciso ir, querido. Tenho mil coisas para fazer ainda de manhã.
- Ok. Eu irei em seguida, mas saiba que hoje a noite vamos repetir a dose de ontem. - Provocou ele no mesmo instante em que a enlaçava pela cintura e a sentava em seu colo, beijando-a em seguida.
Ao término do ato de carinho, Arizona ficou observando o rosto do marido, tocou sua barba delicadamente e
inesperadamente falou:- Owen, que tal se você tirasse essa barba? Ficaria mais jovem, seu rosto é tão bonito. Às vezes me sinto casada com alguém de mais idade.
- Quer que eu a tire? Mas você gostava tanto!
- Eu sei, mas quero sentir seu rosto no meu, a maciês da pele do seu rosto tocando no meu, sinto falta e... Nada. É bobagem minha, querido.
- Vou pensar nisso. Agora vá ou irá se atrasar. - Então beijaram-se rapidamente e Arizona saiu em disparada, questionando-se o porquê de sua atitude em relação a barba do marido.
Questionamento do qual ela já tinha a resposta e a resposta era: "Calliope Torres".
No escritório...
- Quero que busque por todos os alunos de Callie que tiveram aula naquele dia. - Disse a loira a Levi, que muito empolgado, a escutava atentamente. - Quero o endereço de todos em minha mesa antes do meio-dia.
- Mas Dra... Já temos os testemunhos deles arquivados dos outros julgamentos e...
- Temos sim, dos alunos que tiveram aula naquele dia. - Então ela o olhou muito segura. - Quero os alunos que não tiveram aula naquele dia, os alunos para os quais ela ligou cancelando a aula. - Arizona viu claramente a expressão de entusiasmo do rapaz, que saiu em disparada.
Robbins então sentou-se preguiçosamente em sua cadeira giratória, voltando-se para a vidraça. Dalí tinha uma vista panorâmica da cidade, parecia tudo tão calmo, tão tranquilo. Mas ela teria que descer a selva de pedras, tinha que sair as ruas a procura de provas que inocentassem sua cliente.
Arizona então repentinamente lembrou-se de algo. Correu então até a outra mesa onde estavam os arquivos do processo, pegou todos e sentou-se na poltrona confortável,
com todos os documentos no colo. Então passou a sussurrar para si mesma enquanto remexia os papéis:- Tem que haver algum momento onde citem a sexualidade dela. Ela não me beijou simplesmente para me amedrontar ou me desencorajar a defendê-la. E mesmo se fosse... O beijo teria sido bem menos... Bem menos intenso ou... - Então, neste momento, ela já não olhava para os papéis a sua frente, mirava o nada, divagava novamente. - Ou será que foi intenso apenas para mim e para ela não passou de uma piada?! - Imediatamente ela balançou negativamente a cabeça. - Como assim intenso para mim?! Arizona, você está louca por acaso? Aiai, Deus. Deixe-me concentrada no que realmente me interessa! - Queixou-se ela antes de voltar sua atenção ao processo. - Algum namorado ou... Namorada. Se ela era assumida ou não, se a família dela sabe... - Ela continuava em suas buscas.
Até que algo lhe chamou a atenção.
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Em Nome Da Verdade | Calzona Version
FanficCalliope Torres, após assumir a culpa pelo assassinato do cunhado, recebe ajuda de dois advogados, fazendo com que os mesmos fracassem em seu caso, assim acabando com a imagem de ambos. Arizona Robbins, após assumir o caso Callie Torres, luta para p...