Capítulo Quarenta e Sete

285 40 27
                                    

O seu trabalho estava mais do que cumprido. Tinha o testemunho do próprio delegado da confissão de Owen, e ainda a gravação.

Arizona teve que ter o sangue bem frio para não ter revidado o golpe que recebeu, além de ouvir ali sem reagir, sabendo de tudo que aquele monstro havia feito. A advogada não quis nem receber cuidados no pequeno corte, deixou Teddy com o delegado, ajustando os últimos detalhes sobre a audiência que seria marcada com urgência, e a loira foi com o habeas corpus em mãos até o presídio feminino, do outro lado da cidade. Isso sim, era algo mais do que urgente.

Enquanto isso, bem longe dali...

Aria, seu noivo e Henry estavam hospedados num hotel de beira de estrada, tentando resolver o que fazer.

- Eu não posso sair do país sem me despedir da mamãe! - Dizia Aria nervosa.

- Você é idiota ou o quê?! É claro que ela já deve saber de tudo! - Exclamou, batendo na cama.

Henry apenas brincava com seu aviãozinho, e chorava em silêncio. Não tinha muita ideia do que acontecia ali, mas pela surra que havia levado na noite passada porque chorou pedindo o colo da tia, não falaria mais nada.

- A gente não vai passar mais nenhum dia nesse país! Temos uma boa grana, vamos pra Europa que tal?! Nós casamos lá, vai ser perfeito!

- Eu tenho escolha?

- Não! Anda, arruma o resto das coisas desse pivete e vamos pegar a estrada até o aeroporto.

Meio contra a sua vontade, Aria pegou as últimas coisas, e pondo no carro que estava estacionado no hotel, levou Henry quase que a força, tomando cuidado para que seu noivo não ouvisse o seu choro, senão seria outra briga. E assim eles seguiram para o aeroporto, logo após quitar a conta do hotel.

[...]

No caminho para o presídio, Arizona lembrou de fazer algo importante, ligar para Lucia. Estacionou próximo a uma lanchonete.

- Alô?

- Dona Lucia?! É Arizona quem fala...

- Diga minha filha, aconteceu alguma coisa?

- Aconteceu sim! E é muito bom! Eu estou indo soltar a sua filha... Nesse momento.

- Isso é sério, Arizona? Você conseguiu?! - Dizia a senhora emocionada.

- Nós conseguimos, dona Lucia! Nós! - Falava também aos prantos.

- Ai meu Deus! É muita felicidade! E você já está com ela aí?

- Não, estou indo lá agora. Queria avisar a senhora. Não sei, caso queira preparar alguma surpresa.

- Pode deixar! Com certeza! Vou preparar tudo agorinha mesmo! Ai meu Deus! Vou explodir de tanta alegria!

Arizona sorriu do outro lado da linha, era tão bom poder saber que tudo estava se resolvendo.

- Então eu vou indo lá.

- Isso, minha querida. Vá e traga a nossa Callie de volta!

- Tá bem... Até já então! - Despediram-se e a loira desligou o celular, respirou bem fundo, e seguiu caminho até o presídio.

Já Lucia pensava sozinha:

"Essa surpresa vai ser inesquecível!"

E pegando sua bolsa no canto do sofá, e suas chaves, dirigiu-se a saída de sua casa.

Já era fim de tarde, e Robbins finalmente chega ao presídio. Trêmula com a possibilidade de sair com Callie daqui a poucos minutos, ela desceu do carro e pediu para falar com o diretor do presídio, que já estava informado sobre a situação do processo, e apenas esperava a documentação que Arizona possuía. A conversa foi breve, e o tempo parecia que se arrastava para a loira, que esperava num corredor a liberação de Callie.

Em Nome Da Verdade | Calzona VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora