- Você está escondendo algo, Calliope. Não sei o que é, mas vou descobrir.
Callie de repente mostrou-se irritada com a última frase de Arizona, então num movimento ágil, ela aproximou-se dela e segurou-a pelos ombros, encostando-a na parede:
- Acha que eu não teria coragem de matar alguém? Experimente me provocar, Dra! - Arizona prendeu a respiração, queria gritar por socorro, mas não o faria, não demonstraria medo algum por Callie. Isso iria atrapalhar tudo, então ela apenas ficou olhando-a. Podia sentir o hálito de menta vindo da boca de Callie.
Mantiveram-se nessa proximidade por alguns instantes, que para Arizona pareceram horas.
Inesperadamente, Calliope aproximou mais ainda seu rosto do rosto de Arizona e seus olhos percorriam os dela, depois passou a mirar-lhe os lábios. Instintivamente Arizona mordeu o lábio inferior em sinal de tensão.
- E se eu beijasse você agora, Dra? O que você faria? - Perguntou a queima roupa num sussurro quase inaudível.
- Você não seria capaz de fazer isso. Pode se complicar mais ainda.
- Diga-me, Doutora. Acha que tenho algo a perder? - E nesse momento Callie capturou os lábios rosados e macios de Arizon.
Ela, entretanto não reagiu, teve que raciocinar rápido. Não iria cair no jogo de Callie, não se intimidaria. Deixou-se ser beijada, mas para sua surpresa, seus pensamentos agora não estavam no caso, ou nas artimanhas de sua cliente, mas naquele beijo.
Sentia os lábios macios e delicados. A sincronia com que eles se moviam, o gosto de menta, a saliva que umedecia e tornava o beijo gostoso, saboroso naverdade.
Arizona surpreendeu-se ao sentir a língua sedenta de Callie invadir sua boca e clamar pela dela. Arizona sucumbiu e uma batalha de línguas úmidas aconteceu no mesmo instante em que Callie enlaçou a cintura de Arizona e a trouxe para mais perto.
Ela apertava o corpo de Arizona contra o seu num gesto de desejo intenso. As bocas pareciam ter vontade própria, não se separavam, moviam-se mais e mais intensamente. Arizona não pensava, só agia, aqueles lábios doces a estavam enlouquecendo.
Arizona acompanhava cada movimento, sentia totalmente aquele beijo. Então, da mesma forma repentina que havia começado, também terminou quando Callie afastou-se bruscamente.
Arizona sentiu uma estranha sensação de abandono, não estava entendendo, não conseguia entender nada. Continuou imóvel, recostada contra aquela parede fria.
Callie, sem ao menos olhar Arizona voltou-se para a porta e começou a gritar e a chutar a mesma:
- Me leve daqui, a reunião acabou! - Imediatamente a porta se abriu e eles a pegaram rapidamente algemando-a e voltando-se para Arizona, um deles perguntou:
- Tudo bem, Dra? - Ela ainda estava perdida, um pouco impressionada com o que havia acabado de acontecer, ainda estava apoiada na parede observando Callie, que já estava deixando a cela:
- Sim. Está tudo ok, obrigada.
Ela então pegou sua pasta preta e deixou a cela.
O policial que ficou para trás para fechar a cela, pôde ver as manchas de sujeira que havia na camisa verde de Arizona, e apenas riu baixinho. Talvez imaginando o que pudesse ter acontecido.
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Em Nome Da Verdade | Calzona Version
FanfictionCalliope Torres, após assumir a culpa pelo assassinato do cunhado, recebe ajuda de dois advogados, fazendo com que os mesmos fracassem em seu caso, assim acabando com a imagem de ambos. Arizona Robbins, após assumir o caso Callie Torres, luta para p...