Capítulo Quarenta e Três

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- Vamos ligar pelo comunicador, pedir que os reforços cheguem logo, está demorando tanto. - Disse Arizona, já pegando o aparelho. - Como funciona isso?!

Thiago pulou para o banco da frente rapidamente, capturando o aparelho, apertou um botão e disse:

- Alô patrulha, câmbio. Viatura 043 precisando de reforços.

- Pedido enviado, em instantes eles devem estar aí.

- Câmbio e desligo.

Robbins olhava para o rapaz indignada.

- Como... Digo... Você... Sabia... Mexer?

- Detetive advogada, tem que saber se virar.

- E o número da viatura?

- Tá enorme aqui ao lado do volante.

Os dois deram as mãos, e torcendo para que tudo ficasse bem, apenas esperaram.

Dentro do cativeiro...

King tratou de tirar as armas dos policias, e as apontou para Rubens, que era o único consciente, já que o mata-leão teve efeito temporário, já Duran, bastante machucado, corria risco de vida, desacordado.

- Vocês não vão conseguir nada.

- Cala a boca, velhote! Isso que dá colocar velhos na policia. Você devia estar dormindo vovô, tá tarde sabia? - Debochava King.

- Continua aí, doutor. Se vier mais alguém, você morre, velho. Olha o que eu tô dizendo. Vocês três morrem, se aparecer mais alguém aqui.

- Mesmo que me matem, o reforço já está vindo. Vão pegar vocês!

- Seremos mais rápidos. Owen, o que pretende fazer com ele? - King já estava olhando o tempo no relógio de ouro no pulso esquerdo.

- Eu acho que não será preciso outro aviso como esse, não é bebezinho?! - Falava Owen, asquerosamente próximo ao rosto de Schmitt. Eu já sei onde você mora, sei tudo sobre você, então se não me ajudar, acho que tanto você como seus amigos vão sofrer.

- Mas eu já disse que não tenho como ajudar cara!

- Na hora certa você vai saber como. - Foi interrompido novamente por King:

- E com o velhote? Matamos?

- Não, mas podemos tentar algo. Pega as coisas do bolso dele.

Um dos capangas de King tirou a carteira do bolso da calça de Rubens.

- Ora vejam só, duas lindas meninas? Seria tão trágico uma morte repentina, não acha?

- Me devolve isso, seu...

- Seu o que?

- Por favor, não façam nada com elas. São tudo pra mim.

- Então, onde se encontra o velho atrevido de minutos atrás? - E Rubens levou um soco no olho esquerdo. - Ninguém fala alto com o Alex aqui.

- Alex Karev... King! E você é Owen? Meu Deus! Eu sabia que os dois estavam juntos, mas assim? E neste caso?

- Você quer morrer mesmo?

E um tiro foi dado para cima, afim de assustá-los.

Schmitt já estava bastante amedrontado com tanta violência.

Não deu outra, após esse tiro, Thiago ergueu-se no banco, decidido a sair do carro, Arizona não iria ficar ali sozinha, e foi junto. Com a cara e a coragem.

Procuraram algo pra se defender no carro, e uma provável arma antiga estava no banco traseiro no encosto do carro. Thiago a pegou, e os dois seguiram em direção ao casebre.

Respondendo ao tiro dado por King, Rubens falou:

- Você pode fazer o que quiser, mas vão pegar vocês! Todos vocês!

- Mas pelo menos todos nós estaremos vivos pra contar a história, já vocês... Não garantimos! - Disse agora Owen, sua vez de interromper.

- Eu tô passando mal! - Falou Levi, seu semblante era tão abatido, e sem vida, completamente pálido, lábios rachados pela sede, e a dor dos ferimentos, já confundiam sua cabeça. O bastante para perder o medo...

- Pouco importa! Acho que você já entendeu o recado, advogadozinho! Então vamos soltar você, bem longe daqui, e estaremos na sua cola, não vamos perder o seu rastro, na hora certa você vai me ajudar. E ai de você se esse nosso "encontrinho" chegar aos ouvidos da sua chefe.

- Deixa ele ir embora! O coitado do garoto vai acabar morrendo assim. - Disse Rubens, vendo a expressão sofredora de Levi Schmitt.

- Não se mete! - E King lhe acertou mais uma pancada.

Enquanto isso, Thiago e Robbins, ambos com medo, se aproximavam do cativeiro. Já podiam ouvir os ruídos das conversas que lá tinham, mas estava escuro demais, lá dentro tinha apenas uma pequena lâmpada, quase se apagando de tão fraca.

Quando os dois estavam na parte de trás do casebre, sorrateiramente, pode-se ouvir o barulho das sirenes do tão sonhado reforço chegando. Mas infelizmente, aquilo serviu para assustar tanto os bandidos, como os inocentes, fazendo assim com que a pequena tábua que segurava a parte traseira da casinha caísse, chamando a atenção de todos dentro da pequena casa, e no total reflexo, um tiro foi disparado pelos bandidos, e outro por Thiago. O tiro acertou um dos dois.

Imediatamente, Rubens conseguindo se soltar, agarrou Owen, tentando tirá-lhe a arma da mão. King completamente desnorteado, tentava achar as chaves do carro, iria fugir dali o mais rápido possível, pois o som das sirenes se aproximava, um dos capangas estava ferido, e o outro correu.

Arizona não sabia o que fazer, se ajudava Thiago sangrando ao seu lado, ou se desamarrava Schmitt, que também tinha sinais de agressão, a camisa suja de sangue, os machucados na boca e no rosto, ou se ajudava Rubens.

Vendo que o policial estava com dificuldades, pegou um pedaço de madeira recostado sobre uma pequena mesa, e atirou sobre a cabeça do homem ainda mascarado.

King estava armado, mas no susto tão grande, nem lembrava disso, assim que achou a chave de seu carro, a pegou e saiu em disparada, em fuga, deixando um de seus homens, caído, baleado no chão.

Thiago estava escorado no casebre, se equilibrando, o tiro havia pego em seu peito do lado direito. Estava perdendo muito sangue, mas mesmo assim, foi caminhando lentamente até Schmitt, e com o restante de força que ainda tinha, desamarrou o rapaz, e abraçados fortemente, ele disse:

- Você está bem?

- Melhor do que você. Vem, deixa eu te levantar. - E Schmitt foi levantando o detetive, o levando até Arizona e Rubens, que olhavam assustados para o corpo do homem desacordado no chão.

Quando De repente...

Em Nome Da Verdade | Calzona VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora