Enquanto isso, Owen estava inquieto em casa. Havia dado uma ordem ao tal "amigo" misterioso. Estava nervoso, será que estava fazendo a coisa certa? Agora não importava mais, já iria ser feito mesmo.
Esse amigo era chamado pelos mais conhecidos, de "King", mas seu nome mesmo era Alex Karev. Era metido com tudo de ruim, era processado por tráfico, assassinato, sequestro, tentativa de homicídio, mas nunca era julgado.
Com o dinheiro das drogas que vendia, sempre burlava a lei ou subornava alguém. Owen havia tentado acusá-lo em em um processo a alguns anos atrás, mas para conseguir sair inocente, pagou a Owen, o que deixou um vínculo de "amizade" entre os dois, mas alguns "acordos" surgiram desde então.
Enquanto Joana fazia seus exercícios de musculação, Callie, como não podia fazer malhação, apenas a olhava. Estava cansada daquilo, de não poder sair dali.
Queria poder correr livre por uma paisagem, se possível com uma boa companhia e adivinhem que companhia? É, ela mesma, doutora Robbins, única habitante dos pensamentos daquela latina.
Precisava ver Arizona, queria olhar nos seus olhos, eles lhe faziam tanta falta. Quando estavam no hospital, pôde ver que a loira realmente estava sendo sincera nos seus sentimentos, esteve sempre ao seu lado. Brigou com o marido para poder estar ali, aliás:
"E que maridinho mala!"
Torres sorriu do seu pensamento. Estava apaixonada, e como podia isso? Por sua advogada, que mais parecia uma boneca, aliás, uma Barbie.
"Que bela confusão, isso sim. Mas é a confusão com os olhos mais lindos que já vi"
Nesse momento, a latina teve uma ideia. Saiu apressada da pequena sala de musculação, nem respondeu aos chamados de Joana, lhe perguntando onde iria.
Aproximou-se de uma das guardas que fazia a segurança da área aberta e disse:
- Eu preciso falar com o diretor!
- Sinto muito, mas você deve saber das regras, não pode falar com ele.
- Mas é urgente! Vamos, fale a ele que é a Callie!
- Eu não posso, sinto muito.
- Mas eu preciso falar com uma pessoa. Eu acabei de fazer uma cirurgia, vamos, preciso de ajuda. - Dizia Torres suplicante.
- O máximo que posso fazer, é pedir que a enfermeira lhe atenda.
- Então me leve até ela.
Levi e Teddy sentaram-se em um pequeno sofá da sala, já Arizona, sentou numa poltrona próxima aos mesmos. Aria estava a frente de todos.
- Então, podem começar? O que vieram fazer aqui?
- Eu vou ser bem direta. - Disse Arizona segura, afinal, o seu lado advogada não havia morrido.
- Seja, por favor.
- Qual o seu envolvimento no homicídio ao qual sua irmã é considerada culpada, até agora?
- Mas o que isso?! Está me acusando, doutora? Na minha própria casa? - Aria levantou-se surpresa da cadeira.
- Não é isso, apenas quero conversar. Nada formal.
- Sente-se, por favor, senhora. - Disse Levi, agora vendo o nervosismo de Aria.
- Mas é claro que não tenho nada haver com aquele crime horrível. Nem eu, nem a minha irmã. Ela é inocente!
- Então como explica o seu sumiço na hora do crime? Onde estava? - Agora falava Teddy, que lia o relatório feito por Levi e Arizona, na tarde anterior.
- Eu não tenho por que dar explicações a vocês!
- Por favor, senhora, estamos apenas tentando salvar a sua irmã. - Disse Levi, sempre acalmando as coisas.
- E salvando-a, pondo a culpa em mim?
- Claro que não. Estamos investigando todos os pontos, apenas. Por favor, colabore.
- Está bem. Eu estava na casa do meu noivo, Fred, que por acaso está lá em cima.
- E, mais alguma pessoa, além dele, viu você lá? - Perguntou Arizona, analisando bem cada movimento, e expressão de Aria.
- Eu... Eu não sei. Não reparei em alguém. - Disse confusa.
- E, sobre, Fred, podemos falar com ele?
- Ele ainda está dormindo, está de folga do trabalho hoje.
- E trabalha em que, o seu noivo? - Perguntou Robbins novamente, sem tirar os olhos de Aria.
- Ele... er... trabalha por conta própria.
- Sei, e o seu filho, onde está?
- Lá em cima, com ele.
- E o relacionamento deles, é normal?
- Sim, o melhor possível.
Na mesma hora, Arizona recordou-se da cena que vira da primeira e única vez que tinha estado naquela casa. Presenciou que o noivo, havia batido na criança por um motivo banal.
"É esse o melhor tipo de relação possível?! Tem alguém mentindo aqui."
Quando Arizona iria pronunciar-se, seu celular toca, interrompendo a conversa.
- É, só um minutinho. - Pediu levantando-se e indo até próximo a janela para atender o celular. - Alô?
- Doutora Robbins?!
- Sim, sou eu, quem fala?
- Sou eu, o diretor Pedro. A senhora pode vir até o presídio?
- Como? Mas aconteceu algo?
- Eu não sei bem, mas a sua cliente disse precisar falar com você urgente. Fez o maior escândalo na enfermaria. Como tenho uma relação mais próxima da senhora e do seu marido, resolvi fazer este "favor".
- Não, tudo bem. É que eu estou no meio de uma reunião. Será que pode ser a tarde?
- Olha, não é querendo insistir, mas ela está desesperada.
- Tá, tudo bem diretor. Chegarei o mais breve possível.
Despediram-se e Arizona ficou preocupadíssima, será que algo havia ocorrido a Callie?
Comunicou aos amigos, Teddy e Levi, e pediu encarecidamente que eles continuassem a "conversa" com Aria, sem a presença dela, já que eles estavam totalmente por dentro do processo, não seria nada difícil.
Pediu também que voltassem de táxi, já que eles haviam ido no carro de Arizona.
Então a loira seguiu em direção ao presídio...
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Em Nome Da Verdade | Calzona Version
FanficCalliope Torres, após assumir a culpa pelo assassinato do cunhado, recebe ajuda de dois advogados, fazendo com que os mesmos fracassem em seu caso, assim acabando com a imagem de ambos. Arizona Robbins, após assumir o caso Callie Torres, luta para p...