Cap 9.

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Pov Arizona.

- Então...- falei fechando a porta e sinalizando para ela sentar em um poltrona que ficava próximo a minha cama.

- Não sei por qual motivo eu achei que vocês fossem dividir o quarto.- ela deu um risada divertida para mim.

- Nem se me pagassem. - eu ri também.

- Callie me contou o que fez no consultório e que está fazendo de tudo para se redimir com você mas não esta dando certo.

- Ainda bem que ela sabe.- falei tirando os meus saltos.

- Olha, Arizona, eu nunca tive problemas com nenhuma de minhas noras, e eu sei também que vocês foram contra isso, mas a questão aqui não é vocês e sim elas.- apontou para a minha barriga.- A Callie é uma idiota e as vezes pensa com a cabeça errada, e a gente sabe disso, mas eu tenho certeza de que as meninas vão mudar ela nisso, mas, isso só vai acontecer se você deixar ela fazer parte disso, não pense em você, pense nelas, as gêmeas merecem ter as duas mães e não uma só.

Ela falava e eu tentava segurar as lágrimas.

- Tudo bem.- disse simples ainda tentando não chorar.- Você tem razão.

- Ei, não chora, eu só estou conversando com você.- Lúcia enxugou minhas lágrimas.

- Eu sei, é que eu não consigo parar de chorar esses dias.- falei com a voz embargada.

- É assim mesmo e é disso para pior.- ela riu.- Obrigada por deixar a burra da minha filha se aproximar, e ah, vocês fazem um belo casal, eu vi na tv.

- Não somos um casal.- falei enxugando minhas lágrimas.

Fiquei mais um tempo ali conversando com ela até que ouvimos a Callie chegar e a Lúcia desceu par falar com a filha.

Callie havia mandando fazer um banheiro só para mim, e ela mesmo que o desenhou para me dar comodismo. Depois de um longo banho de chuveiro eu coloquei um baby doll que ainda coubesse em mim e desci as escadas chegando na sala.

- Cadê sua mãe?- perguntei vendo a mesmo jogada no sofá mexendo no telefone.

- Ela saiu tem uns 5 minutos, mandou um beijo para você e para as meninas.- falou e eu afirmei me sentando ao seu lado.- Olha, Arizona, eu errei e peço desculpas por isso, eu realmente quero tentar me redimir com você, porque eu, eu quero estar nessa do seu lado, essas filhas também são minhas, esses coraçõezinhos que tá batendo também pulsa o meu sangue nas veias delas, então, você querendo ou não, eu vou estar presente pra elas e se você deixar eu vou estar presente pra você também, porque, droga, eu te amo e vamos ter um bebê, vamos ter uma família, eu quero ser uma família, mas se não for isso que você quer, tudo bem, mas essas meninas ainda são minhas e pelo menos na vida delas eu vou estar presente você querendo ou não!

- Tudo bem, eu iria dizer que você pode participar e que tem consulta amanhã a tarde.- falei simples.

- Posso?- perguntou com um brilho no olhar e eu afirmei.- Posso passar a mão na sua barriga?

- Pode.

Ela se achegou para perto de mim e devagar subiu a blusa do meu baby doll levando sua mão quente até minha barriga, no exato momento em que isso aconteceu as meninas começaram a se mexer e eu vi os olhos dela se encherem de lagrimas.

- Ui.- falei em tom de dor e ela me olhou.- As vezes dói.

- Vou tomar banho para a gente jantar.- ela disse tirando a mão da minha barriga. 

Cheguei na minha empresa no dia seguinte esperando que eu não me estressasse, mas como nem tudo são flores eu já cheguei com problemas.

Meredith havia me passado que um dos funcionários da construtora da Callie errou os cálculos e não daria para fazer a iluminação do jeito que eu havia planejado. Como o carro dela estava no conserto e eu teria que passar lá para buscar ela de carro e já sabia que me estressaria com ela.

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