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Depois do abraço coletivo, nós nos separamos enquanto nos encarávamos, eles sorriam fracamente e eu apenas chorava como uma criança que teve seu doce preferido roubado.

— Não chora, Billie Eilish. — o Luka empurrou meu ombro de brincadeira. — Talvez eu sinta falta de vocês. — ele disse, revirando os olhos e nós rimos baixinho.

— Sério? Porque eu não vou sentir sua falta nenhum pouquinho. — a Andi disse, zombando e logo riu.

— Pro carro, Luka! — o pai dele passou por nós com uma expressão séria, nem sequer nos olhou nos olhos. — Não vou repetir! — disse já um pouco distante.

O Luka pegou suas malas que estavam ao seu lado e antes de começar a andar, nos olhou por uma última vez, principalmente para seu irmão, que fez um gesto com a cabeça, se despedindo.

— Adeus, pessoal. — ele sorriu fraco e logo começou a se afastar enquanto puxava suas grandes malas.

Observamos o mesmo sumir no corredor e depois, eu me virei para encarar o colombiano, o meu colombiano.

Eu fui até ele e dei um selinho no mesmo, fazendo-o sorrir para mim e limpar uma lágrima solitária que estava escorrendo pelas minhas bochechas.

— Amber, você pode me acompanhar até minha sala? — a diretora se aproximou, chamando minha atenção.

Olhei bem no fundo de seus olhos por um momento, até que assenti respeitosamente. Eu não tinha porque sentir raiva dela, ela não tinha culpa de nada.

Ela podia ser a diretora, mas realmente não tinha como sempre estar a frente de coisas tão sérias sozinha, infelizmente o conselho tinha que estar presente.

— Por que só a Amber? — o Dixon perguntou, franzindo a testa.

— Tudo bem, seja o que for, eu vou nessa e te conto depois. — eu disse e sorri sem mostrar os dentes.

Ele assentiu depois de hesitar por alguns instantes e eu comecei a seguir a diretora, que andava calmante.

Assim que entramos na sua sala, dei de cara com meu pai, sua acompanhante e aquele garoto de antes que me disse aquelas coisas que fiquei pensando por um bom tempo.

— Bom, fiquem a vontade! Eu vou sair, assim podem conversar com mais tranquilidade e também privacidade. — a Celina disse educadamente e saiu sem demora.

Olhei para o meu pai que estava se aproximando da janela que oferecia a vista da área externa do colégio.

Ele ajeitou o terno, melhorou a postura e não demorou muito para se virar novamente, mantendo os olhos fixos no meu rosto.

A modelo sorriu falsamente para mim e logo depois pareceu repreender o garoto ao seu lado, que murmurava algo enquanto olhava para mim de forma atenciosa.

— Bom, deixe-me apresentá-la! — meu pai começou a falar se dirigindo a mim. — Essa linda mulher se chama Sofia e esse é seu filho, Daniel. — ele disse e me virou cuidadosamente para olhar para os dois. — Mas suponho que vocês já se conheçam. — suspirou e olhou com desdém para o garoto.

A mulher chamada Sofia se levantou do sofá em que estava sentada, arrumou seu vestido colado e me olhou, tentando uma expressão amigável.

Ela era bonita, eu não podia negar.

— Na verdade não, Ricardo. — o garoto disse em tom zombeteiro. — Nós só nos vimos uma vez. Quer dizer, a Amber só me viu uma vez.

Nossa, parece até que você estava me vigiando!

— Amber, tenho algo para contar. — meu pai disse, ignorando totalmente o garoto. — Sofia e eu iremos nos casar no próximo final de semana, no domingo para ser mais exato.

Escutar isso foi como se tivesse levado uma facada no peito. Meu pai iria se casar de novo? Eu não estava acreditando no que tinha acabado de ouvir. Não estava!

E como assim ele iria se casar no próximo final de semana?

Por que diabos ele não me avisou isso antes? Se ele vai se casar com essa mulher, eles já devem ter um bom tempo de relacionamento, não?

Eram tantas perguntas!

Fui até a janela, olhei vagamente para a área externa enquanto respirava fundo, tentando não surtar, tentando não fazer nenhum tipo de escândalo.

— Espero que sejamos boas amigas, Amber, ou até mesmo mãe e filha! — eu não consegui segurar a minha raiva depois de ouvir a Sofia falar isso.

Corri até ela, parando na sua frente, ficando pouquíssimos centímetros de seu rosto entupido de botox.

— Escuta aqui Kim Kardashian de Chernobyl, você nunca, jamais vai tomar o lugar da minha mãe, entendeu? — perguntei, gritando. — Entendeu ou quer que eu...

Meu pai me puxou, me colocando atrás dele e depois se virou, olhando para mim de forma furiosa.

— Desculpa mãe, mas eu gostei do "Kim Kardashian de Chernobyl"! — disse Daniel enquanto se acabava de rir. — Boa, irmãzinha!

Sem olhá-lo nos olhos, pois não conseguia quebrar o contato visual com o meu pai, eu levantei meu dedo do meio para ele.

— Me desculpe, Amber, não foi minha intenção... 

— Conversamos depois em casa, mocinha. Eu mesmo virei te buscar na sexta feira. — meu pai me disse, impedindo sua noiva de continuar falando. — Teremos um jantar no sábado e eles estarão presentes, espero que aproveite para pedir desculpas por sua falta de educação! — ele sussurrou no meu ouvido. — Seu namorado que mais parece um bandidinho pode ir também.

Eu fiquei parada e sem falar nada depois de ouvi-lo.

Ele se afastou e puxou Sofia cuidadosamente, saindo da sala.

— Nos esbarramos por aí, gata. — o Daniel piscou para mim e fez o mesmo que eles, me deixando sozinha e com uma raiva inexplicável dentro de mim.

Festinha no próximo cap👀

H?🔥

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